Cap. 4 _ Anahy

2.7K 171 14
                                    


      Essa semana passou ate que rápido, desde que cheguei a minha tia não deixou eu sair sozinha, mais hoje não tem quem me segure em casa. Semana que vem começa as minhas aulas na nova faculdade e eu ainda não fui ver como são as coisas por lá, tenho que ver minhas aulas, ver qual vai ser a minha sala e essas coisas, os horários. Fiz minha escrição pela internet e liguei para confirmar a vaga, só tenho que assinar uns papeis e começar as aulas, minha tia parece um falcão, de cinco em cinco minutos ela vem aqui ver se estou mesmo em casa, eu falei que queria sair, ver o bairro as pessoas, mais ela surgiu, disse que não podia sair sem ela saber e também porque era muito perigoso eu sair sem conhecer a cidade, gente eu tenho GPS pra isso.

      Meu primo não conhece a cidade e mesmo assim ela não disse nada para impedi-lo, fez foi incentivar, fiquei com tanta raiva e ele ainda rio da minha cara, filho da mãe, isso é muito injusto, ela acha que ainda não sei me proteger? Poxa, já faz três anos que aquilo aconteceu e ela ainda acha que não sei me defender, foi por isso que fiz aulas de defesa pessoal e Magno ainda me levou nos treinos dele de Box e jiu jitsu, acabei gostando e resolver fazer, hoje ninguém se mete comigo sem levar uma bela surra, kkkkkk, por ser gordinha a maioria me acha lerda ou um alvo fácil. Bando de babacas.

      Hoje nós teremos visita, minha tia disse que pessoas muito importantes viram para o jantar e que era pra mim me arrumar muito bem, como se já não fazia isso por conta própria. Não conhecemos ninguém nessa cidade, pelo menos eu não conheço, minha tia me diz que eu  e Magno nascemos aqui, eu fui embora ainda criança, um bebê, então eu não lembro é de nada. Pois bem, vamos conhecer os amigos de titia, kkkkkkk.

      Tomei um banho relaxante, sequei meus cabelos e me arrumei, uma roupa simples, calça jeans escura, uma bota de salto médio e  uma camiseta branca, estava muito quente, fiz uma make básica para casa mesmo e sequei a juba, estava terminando de colocar os brincos quando minha tia disse que eles estavam quase chegando, então ainda não chegaram, minha tia queria ser a anfitriã perfeita, queria que todos estivessem prontos antes da campainha tocar, e como não sou dessas, termino de me arrumar tranquilamente, estou saindo de meu quarto quando esbarro em Magno no corredor.

      -- E ai, esta muito nervosa? _ ele perguntou já nervoso, e por que eu estaria nervosa, não é Jesus.

      -- Por que estaria, vamos conhecer Jesus por acaso? _ eu rir e ele nada. – Por e você esta tão nervoso, são só amigos de sua mãe, nada de mais. _ eu disse pegando em sua mão tentando acalma-lo.

      -- Você não entende, é que hoje vou reencontrar o meu pai, não o vejo desde que eu tinha cinco anos. _ nossa e eu achando que meu tio estava morto ou tinha abandonado eles. –- Eu sei o que pensa mais ele não nos abandonou agora eu sei a verdade. _ ele me encara por um bom tempo como se quisesse me falar alguma coisa.

      -- Por que esta me olhando assim quer me dizer alguma coisa? _ pergunto já preocupada.

      -- Não, deixa pra lá. _ ele diz e se desencosta da parede. –- Vamos você sabe como mamãe é. _ nem deu tempo dele terminar, a campainha toca e ele trava no alto da escada. –- Eles chegaram. Você acha que meu pai vai gostar de mim? _ nunca vi meu primo tão inseguro, é de dá dó.

      -- Mais é claro que vai e se ele não gostar eu e você vamos dar uma surra nele. _ a gente rir e isso acaba descontraindo um pouco.

      -- Obrigado. _ ele diz e me abraça, retribui o abraço um pouco sem jeito. Essa cidade esta transformando meu primo e pra melhor, não sei se fico feliz ou com medo.

      Respiramos fundo e descemos a escada, meu primo vai à frente e minha tia pega em suas mãos, eu desço logo em seguida e minha tia também pega em minha mão. Tem quarto pessoas na sala, um homem alto e moreno, a cor dos olhos é idêntico ao de meu primo, esse com certeza deve ser seu pai, ele é um coroa bonito. Ao lado dele tem um garoto, deve ter uns desses seis ou dezenove anos, não sei ao certo, ele fica me encarando, já estou ficando com raiva disso e sem jeito, segurando o seu ombro tem outro homem, mais alto que o tal pai de Magno, ele também me encara com um olhar serio e uma mistura de amor e ternura, louco isso tudo, ao lado dele tem uma mulher que assim que bato os olhos nela é como se já a conhecesse, estranho.

O Legado da Hibrida Suprema - 1 Livro (DEGUSTAÇÃO)(Duologia Legado Supremo)Onde histórias criam vida. Descubra agora