Lar para nós

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-Sabe Heughan, não é vergonha nem uma ligar o GPS? - Falei impaciente. Estávamos à uma hora rodando, e nada de chegar a esse restaurante. Eu sei que era um dia especial, nosso primeiro ano de casados, e era óbvio que ele queria me agradar, mas não havia necessidade de atravessar Glasgow por um jantar, eu teria me contentado com sushi e vinho em casa e depois cama. Mas ele não.


- Sam, nós estamos perdidos, não seja teimoso. Disse quase implorando.


-Amor eu já disse está tudo sobre controle, estamos chegando, paciência - disse Sam, pegando minha mão e beijando. - tenho certeza que você vai adorar.


-Espero mesmo que esse restaurante seja excelente como você diz- falei com um pouco de irritação na voz. Ele percebeu meu humor e apertou mais um pouca minha mão, transmitindo confiança.


- Está bem - disse, vencida - Agora mãos no volante.


-Sim senhora- disse fazendo continência, e fechando o rosto numa tentativa de parecer serio e concentrado, mas que no final só pareceu engraçado e bobo.


Peguei o celular para, ver as notícias no Twitter, e constatar que o mundo ainda era um lugar fudido, quando me dei conta tínhamos entrado em uma rua larga e bem iluminada. Havia casas grandes com jardins que tinham no mínimo três árvores. Era um lugar bonito.


Olhei para o Sam finalmente, ele estava radiante como se não pudesse


conter a felicidade. Era óbvio que não havia nem um restaurante naquele lugar, quando abri a boca para perguntar o que estava acontecendo, ele parou o carro e disse:


-Pronto chegamos!


- Chegamos onde? Que lugar é esse?- tínhamos parado em frente a um portão de madeira com um muro de cerca viva. Sam sai do carro e abril a porta pra mim e me ajudou a sair. Eu estava confusa e isso deve transparecido no meu rosto, porque de imediato Sam me abraçou e me deu um beijo demorado no rosto. Ele andou na minha frente até o portão onde remexia no bolso da jaqueta de couro marrom. Ele se aproximou do portão tentando abrir.


- Sam o que você tá fazendo? Tá ficando louco, tentando arrobar o portão dos outros?- disse tentando impedi-lo.


- Só é invasão, quando não somos os donos da casa!


- Do que você tá falando? O que seguin...- antes que eu terminasse a frase, balançou um jogo de chaves perto do meu rosto. Ele abriu o portão.


- É nossa! Vem eu vou te mostrar, é linda, espaçosa e tem seis quartos.- falava um Sam entusiasmado. Eu estava em choque, que foi preciso dele me conduzir até há entrada da casa. Puta merda a casa era enorme no estilo vitoriano com grandes janelas, pintado de amarelo em tom pastel, com telhado marrom , ela era toda cercada de árvores.


Quando passei pelo hall de entrada tive realmente noção de como era grande, a sala de visitas tinha até uma lareira.


- Então gostou?


- Eu estou surpresa.


- Surpresa boa ou surpresa ruim?


- É claro que eu gostei. Mas por que você, não falou que ia compra uma casa? Eu poderia ter ajudado na compra, ainda tenho metade do dinheiro da casa de Los Angeles.


- Não, eu queria compra essa casa pra nós, pra família que vamos ser um dia, queria te dar isso, eu quero que você tenha orgulho de mim.


- Eu tenho orgulho de você, eu te amo - disse beijando ele.- você vai me mostrar o restante da casa?- ele me puxou pela mão e me levou para o lugar que seria a cozinha. E era, ela era modulada e espaçosa como toda a casa. Vimos cada cômodo do andar de baixo.

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