aquela viagem

2

Chegando ao local que me foi indicado levei um baque havia na poltrona do corredor 1 deus grego. Parei em frente a ele e disse: eu poderia me sentar ali por gentileza?
Abri o sorriso mais gentil e cordial que pude, ele me olhou dos pés à cabeça com uma intensidade tão grande que conseguiu me deixar sem ação então me respondeu com um tom de voz rouco e forte : hum!
Aquele foi o primeiro indício de que aquela viagem não teria um final costumeiro.
Sempre tive um fraco por caras marrento e aquele era o típico marrento/gostoso. Com um olhar firme, barba por fazer e um ar de quem não está nem aí pra nada. Ele era incrivelmente charmoso e insuportavelmente marrento.
Relatei a ele o motivo que me fez mudar de lugar recebendo novamente mais um Hum!
_ Posso sentar me naquela poltrona?
_ Pois sente se!! foi sua resposta.
Achei que ele tivesse ao menos a decência de levantar se para que eu pudesse ocupar o assento da janela mas ao perceber que ele não fez menção nenhuma de levantar se decidi eu mesma dar um jeito de resolver a situação só não contava com a partida do ônibus fazendo com que eu caísse sentada no colo do meu simpático mais novo companheiro de poltrona. Muito menos com o fato dele segurar em minha cintura e sussurrar em meu ouvido: cuidado tu podia ter caído nunca local menos seguro e confortável.