three

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- Como é? - Taehyung elevou o tom da voz assim que ouviu aquilo. Se curvou logo em seguida como desculpa aos presentes alí pela altura de sua voz.

- Sim, nós vamos para o Japão. Como você ouviu, a empresa de lá está passando por momentos difíceis e os funcionários não estão dando conta, então, nós iremos lá para tomar conta dos negócios por um tempo. - O pai de Taehyung disse calmamente e a cabeça do filho já doía com a ideia. Ir para o Japão não era fácil.

- É necessário que seja por dois anos? - O mais novo perguntou meio tristonho mas mantendo a pose.

- Sim, meu filho. - Seu pai afirmou o encarando, percebendo a chatiação do filho. Taehyung não queria deixar a Coreia, Taehyung não queria ir para um país novo, Taehyung não queria deixar Hoseok. - Bom, obrigada pelas informações, eu ligarei para a empresa assim que acertar tudo por aqui. Estão dispensados. - Sr. Kim agradeceu, os adiministradores do Japão se curvaram para ele e sairam da sala. Taehyung queria gritar. Ele não sabia o que fazer e isso estava o deixando louco.

- Eu não acredito. - Sussurou para sí mesmo, mas seu pai ouviu, se aproximou do filho vendo o mesmo fechar os olhos fortemente.

- Nós precisamos fazer isso, entendeu? Irei pesquisar passagens o mais rápido possivel. - O pai comentou e Taehyung revirou os olhos.

- Você não liga, não é? - A voz de Taehyung se fez presente, fazendo seu pai levantar a cabeça ao escutar o que o filho disse. - Você não liga para a minha opinião. Você não liga se eu tenho um relacionamento aqui. Você só se importa com essa maldita empresa. - Seus olhos marejados se encontraram com os do pai. Sr. Kim tentou dizer algo, mas Taehyung logo o cortou. - Não, mas tudo bem. Eu não tenho voz nessa empresa, eu não tenho escolha. - Se levantou, caminhando até a porta e parou ao ouvir seu pai.

- Filho...

- Compre logo essas malditas passagens!! - Gritou saindo da sala rapidamente. Se dirigiu para sua sala, assim que entrou trancou a porta e em seguida se permitiu sentar no chão encostada na mesma enquanto lágrimas caíam sobre seu rosto. Ele não queria deixar Hoseok de jeito nenhum, mas essa separação poderia servir de prova para que eles percebessem como anda o relacionamento deles, como eles ainda se amam e precisam mudar as atitudes.

(...)

Faltava 30 minutos para o voô de Taehyung sair rumo ao Japão e ele já se encontrava no aeroporto com suas mãos suando. Seu pai estava sentado em um dos assentos enquanto lía um jornal. Era o dia seguinte da reunião e Taehyung ainda não teve coragem para ligar para Hoseok avisando do ocorrido. Ficou nervoso ao olhar o horário no visor do seu celular, o horário do trabalho de Hoseok. Se sentiu um idiota por não ter lígado á noite, preferindo pensar em como seria sua rotina em outro país. Taehyung pensou seriamente, e achou que deveria pelo menos avisar Hoseok disso, mesmo que atrapalhe seu trabalho.

Se distanciou um pouco de seu pai puxando a mala junto à sí, pegou o celular com as mãos trêmulas e apertou no contato de Hoseok. Demorou alguns segundos, mas logo o mais velho atendeu.

- Que foi? Estou ocupado agora. - Taehyung ouviu vozes ao fundo junto de talheres batendo no mármore, Hoseok havia ído para a cozinha para atender sua chamada.

- E-eu sei, está na cafeteria, certo? - Perguntou com o coração batendo forte contra suas costelas, nada foi ouvido do outro lado da linha.

- Taehyung, eu preciso ir. - O mais novo se desesperou ao ouvir isso.

- Não! Será rápido, eu juro. - Respondeu e ouviu a respiração de Hoseok do outro lado, esperando que ele continuasse a falar. - Eu só queria te avisar que eu irei ficar dois anos no Japão por causa da empresa do meu pai. - Nada foi ouvido do outro lado e Taehyung tratou de continuar. - Meu voô sai daqui vinte e cinco minutos. - Os olhos de Taehyung começavam a marejar, tirou o celular da orelha verificando se a chamada ainda estava ativada, e estava. - Eu te amo. - Disse por fim e encerrou a chamada escondendo o rosto com as mãos. Se afastou assim que sentiu seu pai se aproximar. - Irei ao banheiro, já volto.

Enquanto Taehyung lavava o rosto e respirava fundo, Hoseok estava paralizado ao telefone enquanto a cozinha do café funcionava ao seu redor.

- Jung? - Sua chef o chamou e o mesmo saiu do transe, se curvando para ela em seguida.

- Me desculpe. - Voltou a sua postura, seu coração acelerava. Segundo ele, ele não viveria sem Taehyung. - Será que eu posso sair mais cedo hoje, por favor? Desconte do meu salário!

- Você está louco? A cafeteria está cheia! Volte ao trabalho, Jung. - Mandou-o e o mesmo ficou aflito, previsava ir até aquele aeroporto.

(...)

- Tudo bem, pode ir, Jung. - Finalmente sua chefe o liberou após muito insistir, rapidamente tirou seu avental com as mãos suadas. Pegou o celular pedindo um taxí, olhou para o horário, ele só tinha oito minutos.

Já fora da cafeteria viu o taxí se aproximar e correu até ele, entrou no carro pedindo ao motorista para o levar até o aeroporto o mais rápido possivel. Ele não tinha muito tempo.

(...)

Depois de pegar um trânsito horrivel, finalmente chegou ao seu destino, jogou o dinheiro para o motorista e saiu do carro correndo para dentro do aeroporto. Ao adentrar, olhava todos os lados perdido, tentando achar Taehyung. Olhou o visor do celular, três minutos.

Correu para a central de embarque, ainda olhando para os lados, avistou poucas pessoas alí, e nada de Taehyung, o deixando desesperado. O visor foi desbloqueado, dois minutos. Colocou a mão na testa respirando fundo, frustrado e cansado, não dava mais, Taehyung já havia partido.

Apenas sentiu suas lágrimas descerem seu rosto, se misturando com as pequenas goticulas de suor. Seu rosto que antes era sorridente e brilhante, agora que o seu brilho foi embora, não tem porque estar feliz.

Sad Boy → kth + jhsOnde histórias criam vida. Descubra agora