A Rainha De Preto

3• pronta para o reinado

Coragem é a capacidade de agir apesar do medo, do temor e da intimidação. Deve-se notar que coragem não significa a ausência do medo, e sim a ação apesar deste.

Bem, talvez foi a ideia mais impulsiva que poderia ter tido, mas... bem.. não poderia acreditar que a ideia de exterminar todas as mulheres que diziam que tinha algum poder. Bem, sei que o mundo tem maldade, mas séria a mais pura crueldade de todos. Aquela mulher salvou uma criança, um milagre, que a igreja e nem o próprio Deus, se houver um, fez.
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Catrine- boa menina, nos vemos em 2 dias.

Audrey - certo, em 2 dias.

Todos presente levantaram-se e com a saída do clero. Meu pai bateu a grande porta, com vários detalhes em dourado e prata. A sala era fria, escura. Toda formada com pedras e sua claridade era devido às grandes janelas de madeira escura que estavam abertas, permitindo a entrada de luz solar. Havia uma mesa com doze lugares no meio. E algumas poltronas na lateral esquerda, próximas da porta. E em uma das paredes, tinha as conquistas de Scarboroug e em outra, pinturas e armas. Logo na entrada, havia uma armadura totalmente montada, seria de um guerreiro que ajudou o rei em muitas decisões difíceis, Daniel II, deixando seu legado para seu filho mais velho, Daniel III. Por algum motivo, minha mãe sonhava que me casasse com aquele rapaz.

Daniel era bem bonito, bem, não tinha visto muitos rapazes para ter tanta certeza e ser tão seletiva, mas de todos, ele era o mais bonito. Ele era bem alto, não tão magro, mas não gordo. Era bem branco, olhos verdes e cabelo bem liso escuro. É um dos melhores guerreiros que temos. Costumávamos brincar quando éramos pequenos, corríamos pelos pátios e jardins. Com 15 anos, ele foi meu par no meu baile de comemoração. E como presente, me deu meu primeiro beijo. Porém seu pai, viu isso e o castigou, foi contra as regras do castelo e acabou mandando o jovem cavalheiro a ir para Hammer.
Daniel, nunca mais falou comigo. Talvez, por falta de tempo. Ou por me culpar por isso. Faz 3 anos que não o vejo.

Rei Artur - AUDREY! Está enlouquecendo? Eles são a igreja, se descobrem, vão matá-la. Imagina, a rainha de Scarboroug é morta queimada viva na praça.

A bruxas boas, eu sou uma delas. Quando descobrir ainda era pequena, deveria ter oito anos, no máximo, quando começou aparecer. No começo minha pele ficava muito fria e tudo aquilo que encostava se congelava. Há dois tipos de bruxa: aquelas que fazem apenas bruxaria, ou seja, escolhem. E aquelas que nascem com poderes, no caso, eu.
Nasci com o poder da neve, gelo e tempestades.
Há alguns anos atrás, usava luvas para proteger e evitar acidentes. Hoje aprendi controlar, Não preciso daquelas luvas.

Bateram na porta com muita força, quem seria? Mas é claro, a não menos esperada Rainha Constance Lockasia de Galena.
Minha mãe se metia e defendia em todos assuntos envolventes a igreja católica.

Rainha Constance- POSSO LHE PERGUNTAR PORQUE CATRINE SAIU BRABA DO CASTELO?

Audrey- fui contra as ideias da igreja.

Rainha Constance- Artur! Faça algo!

Rei Artur era um dos homens mais corajosos e de mente aberta que possam imaginar. Não precisava de motivos para me defender e apoiar minhas ideias, pois, pensava igual a ele.
Sua aparência chegava a assustar quem não o conhecesse. Era muito alto e bem forte. Seus cabelos eram compridos e sua barba sempre bem feita e comprida. Quase nunca usava a coroa real e nem as vestes da realeza. Sempre trajado pelas vestes de um verdadeiro guerreiro. Carregava em seu bolso direito uma espada preta, toda preta, que por incrível que pareça, sempre estava afiadíssima, dada pelo seu pai Athemio IV. Sim, Artur é o primeiro de sua geração e o último também. Seu único filho homem é Sebastian. Nome dado pela minha avó materna que cuidou dos gêmeos assim que nasceram.
Ter dois filhos ao mesmo tempo não é tão comum, uma benção. Porém as mulheres, poucas sobrevivem e se sim sobreviverem, é um milagre divino.