#7 - no battery

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i can't help but think of what we could be.

Jungkook sentou em seu sofá e fixou seu olhar na enorme tv em sua frente. Seus olhos doíam tanto e sua garganta não estava em uma situação diferente. Ele permaneceu com o celular em sua mão.

Ele não conseguia chorar da forma que queria. Não conseguia gritar e por pra fora toda dor infundada que estava sentindo. Era uma dor que ele jamais havia experimentado.

Foi acordado de seus pensamentos quando o noticiário apareceu do nada em sua tv. Sua visão ficou tão turva, ele logo limpou seus olhos com as costas da mão e olhou atentamente o noticiário.

- Droga. - disse baixinho.

📺 Nós ainda não sabemos o que de fato aconteceu. Ouve troca de tiros, os policiais estavam com armas silenciadas e os assaltantes não. Haviam mais de 4 homens armados na residência.

- Jimin, por favor esteja bem. - suplicou para os deuses.

📺 Os policiais encontraram o corpo da filha mais nova em um dos carros, ela estava a caminho da casa e foi pega ainda na estrada.

CEO Park e toda sua família foi encontrada morta. Infelizmente ninguém saiu com vida.

Nossas sinceras condolências aos familiares e amigos das vítimas. Sentimos muito.

Voltaremos em breve com mais informações.

---- xx ----

Jungkook, ainda com os olhos vidrados na tv, ouviu aquele último anúncio como se dependesse dele para continuar existindo.

- Todos. - olhou para tv, imagens da família Park passavam na tela em um minuto de silêncio.

Ao ver Jimin sorridente em uma das fotos que ali passavam, conseguiu finalmente gritar e por pra fora toda angústia que sentia por ter falhado terrivelmente com aquele rapaz, mas além disso, além de tuuuudo isso, a dor da chance perdida foi o que mais doeu no peito do moreno.

< flashback >

- Ele definitivamente faz o meu tipo. - disse Jungkook ao seu melhor amigo. - Olha aquele sorriso, Tae, puta merda.

- Vai falar com ele, cara. O máximo que você pode receber é um não.

- Não sei se vale a pena.

- Olha aquela bunda, tem certeza que não vale a pena?

Jungkook sorriu ao encarar o amigo e sair em direção ao loiro sentado em uma das inúmeras cadeiras que tinha no bar.

- Se eu te pagar uma bebida, você me diz o seu nome?

- Eu já bebi tanto que não vou lembrar de nada que aconteceu hoje, mas obrigado.

- Eu te conheço de algum lugar.

- Talvez dos seus sonhos, sou como um anjo... apareço nos sonhos de todo mundo.

- Costumo gostar de gente convencida.

- Então procure outra pessoa. - os olhos de Jimin caíram sobre o corpo de Jungkook, logo o fazendo mudar de opinião. - Quer dizer, não não.

- Mudou de ideia?

- Um pouco.

- Qual seu nome? - debruçou seus braços no balcão e encarou Jimin.

- Não vai ser tão fácil.

- Suspeitei que não. - Jungkook virou-se já impaciente. Não sabia lidar com gente bebada.

- Me de o seu número, se eu me lembrar de você amanhã eu te ligo.

Jungkook sabia que nunca receberia tal ligação, mas ele arriscaria.

- Claro. - pegou o celular das mãos do loiro e deixou seu número nem nome na discagem rápida.

Assim Jungkook fez e logo viu o loiro se afastar, indo em direção à saída.

< flashback >

- Jimin, o seu nome era Jimin e você me ligou. - tombou sua cabeça para trás e chorou ali mesmo, tentando relembrar de cada detalhe daquele dia, daquela conversa e daquele sorriso.

last call • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora