Silêncio

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De volta a sua, Christopher deita-se sobre sua cama e começa a pensar no quão linda era aquela garota e o quanto o fazia lembrar de sua querida esposa .

- Tudo isso poderia ter sido impedido por nós Julian, mas principalmente por você. Se tivesse sido mais cauteloso, não teria sido enganado por aquele desgraçado. – Pensou o ex detetive. – Mas com o tempo, mesmo tendo sido difícil, eu pude compreender que só o culpava por algo que eu mesmo deixei de fazer, a minha estupidez levou a isso tudo, e serei eu a termina-la.

Mas neste momento, estou precisando de um bom banho... E talvez uma xícara de chá.

O banho durou cerca de uma hora. Ele ficara mais calmo, ainda mais depois de uma dose de chá que havia feito com pressa antes mesmo de sair de casa hoje.

Christopher começou a vasculhar os inúmeros arquivos em busca dos possíveis suspeitos na época das investigações feitas por ele e principalmente seu amigo. A lista não ajudara muito.

O primeiro era o falso médico chamado Francis Tumblety que, atualmente nem ao menos sabia se estava vivo. Não se sabia mais nada dele. O seguinte suspeito era o Doutor e antigo amigo da dubla George Powell. Finalizando pelo Príncipe Alberto Victor e mais um amontoado de pessoas que afirmavam incessantemente serem o assassino por meio de cartas e falsos depoimentos. Situações assim influenciavam pessoas em busca de tirar proveito do caso, o que perturbara mais ainda as investigações.

E, juntando aos seus suspeitos, Christopher adicionou os nomes Louis Murray, Stephen Ward, o abrigo denominado de The Night refugi, do qual dezenas de mulheres eram hospedadas lá, e por final a delegacia de policial de Westminster, Scotland Yard.

Ele sabia muito bem que essa lista não poderia ser vista por ninguém. O fato de se ter membros de todo um departamento possivelmente envolvidos nisto dificultará mais ainda as coisas.

Ele já estava a parar de mexer nos arquivos quando virá uma folha que estava um tanto quanto rasurada e aparentemente esquecida nos arquivos. Ao abrir com cuidado para não rasgar, o ex-policial lera um pequeno texto que nela continha. O que o deixara deveras animado.

"Venho a anotar por meio desta carta que um dos possíveis suspeitos fora retirado de minha lista. Seu nome: Ryan Davies, diretor do Teatro onde minha irmã Daisy trabalhou por um tempo. O motivo pelo qual optei por fazer isso poderá ser visto como errôneo e inaceitável por alguns. No entanto neste momento, não tenho certeza sobre minhas convicções e fundamentos, pois além de não ter ouvido sequer um devido interrogatório, temo que acabar usando meu emocional completamente abalado em meu trabalho seja fundamental em meu fracasso, infelizmente".

Julian Wiltgen.

Detalhes do caso Jack estripador.

Departamento de policia de Westminster.

- É... Tu fostes um tanto quanto estúpidos ao fazeres isto, meu amigo. É demasiadamente compreensível termos depois de anos as mesmas convicções e crenças – Pensou Christopher, com um sorriso fraco.

Ele passara parte da noite estudando e analisando os inúmeros detalhes de que se tinha em mãos. Seu nervosismo e ansiedade estavam à flor da pele como nunca antes. Quanto mais o tempo passava mais ele estava decidido a mostrar o colar e a carta a jovem com que conhecera horas atrás. Christopher pode perceber em seus olhos o quanto ela sofrera com aquilo, elas provavelmente eram muito próximas, mas esse não era o momento, não agora. O ex-detetive sempre usara a razão em vez da emoção em quase todas as coisas que fazia. Isso o trazia muita confiança e satisfações. Mas tudo isso acabou com o tempo. Não havia mais momentos de felicidade profissional e nem engrandecimento pessoal.

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⏰ Última atualização: Oct 24, 2020 ⏰

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