Será?

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Ayla, que demora! - Exclama a Allie, provavelmente a mãe dela.

Desculpe, mãe.. Eu fiquei presa no banheiro. - Diz Ayla com um sotaque um pouco diferente.

Sear a olhava desconcertada, não sabia o motivo. O estilo dela nunca foi o seu.

O jantar seguiu com algumas conversas paralelas entre eles, e as vezes Sear percebia um olhar diferente parar nela, e ela sabia de quem era.

20:38

Sear já tinha descoberto que a menina era meses mais velha, tinha clínica em São Paulo, morava lá, e era lésbica -Apenas um palpite rsrs-

Jade não pode vir, filha? - Diz Mary

Pois é, mãe - Dando meio sorriso diz Sear

Você não está com uma cara muito boa. - Diz Ayla com olhar preocupado.

Sear se perguntava por qual motivo Ayla está se preocupando com ela. Afinal, acabaram de se conhecer.

Quando todos acabaram, ajudaram a tirar a mesa e Sear foi na varanda respirar um pouco e ver se havia alguma mensagem importante.

Havia algumas de Jade que a mesma apenas apagava sem olhar, pensava em bloquear, mas gostava de conseguir ignorar.

Por que ela não veio, vocês brigaram? - Diz Mary chegando na varanda.

Terminamos tem uns meses. - Diz um pouco seca.

Por que não me disse nada? - Diz Mary colocando as mãos por cima das mãos da filha.

Não gosto de tocar muito nesse assunto, eu poderia esquecer esses anos que vivi casada com ela. - Diz Sear entre os dentes.

Quer que eu chame aquela menina pra conversar com você? - Diz Mary sorrindo.

Não, mãe. Eu já vou me despedir de todos e ir embora, está tarde e amanhã tenho que estar na empresa.

Poxa, tem muita coisa pra fazer filha? - Diz Mary com uma cara de triste.

Até que não, tudo bem eu fico mais um pouco. - Diz Sear se rendendo a mãe.

Ou até dormir, hein... - Mary diz soltando uma risada gostosa e saindo da varanda.

Sear se apoia no batente, puxa um cigarro de sua caixinha de couro, acende o mesmo e dá alguns tragos. 

Isso mata, você sabia? - Diz uma voz desconhecida entrando/saindo até a varanda. 

Sear dá uma olhada com desleixo, vê a garota do banheiro parando ao seu lado. 

Muitas coisas matam, a morte chega para todo mundo. Tudo no seu momento. Acredita que as pessoas que não fumam também morrem? - Diz em tom de ironia para a moça.

Que defensiva. - Diz a menina indo se retirar da varanda. 

Sear revira os olhos e puxa a menina pelo braço com cuidado e um pouco de agressividade. Fez com que a menina se virasse para ela, voltando para seu lado.

Fica aí, foi mal. Ayla né? - Diz Sear na tentativa de se redimir. 

Ayla olha Sear alguns segundos, e logo concorda com a mesma. 

Sear apaga o cigarro ainda pela metade e joga fora, tacando o mesmo pela rua. A garota da um sorriso acompanhado com um olhar que analisou o rosto de Sear inteiro. 

Ayla tinha um estilo diferente, um estilo mais macho sabe. 

Sear gostou disso.

Far away.Onde histórias criam vida. Descubra agora