Capítulo 25

6.2K 499 7
                                    

         Meu pai um assassino? Não pode, eu não conseguia processar tudo isso meu pai não mataria alguém. Ele... Ele é bom de mas pra fazer tal coisa.

Eu sei que meu pai é um pouco fechado e está sempre em seu mundo, mas eu o amo e sei que não mataria ninguém.

— meu pai não mataria ninguém - falei e vi raiva nos olhos de Cristopher

— isso é o que você pensa, seu pai não é o anjinho que você pinta que é - falou saindo da cozinha

....

Fui para a faculdade e não me concentrei em momento algum nas aulas, as palavras de Cristopher não saiam da minha cabeça.

Então no intervalo peguei um taxi e fui direito para a casa do meu pai, com toda a certeza estaria em casa pois desde que se reformou do trabalho como bombeiro só ficava em casa e saia muitas poucas vezes.

Bati duas vezes e na terceira batida ele abriu e sorriu assim que me viu

— papai - o abraçei e em seguida entrei

— como vai filha? - falou enquanto nos sentamos frente a frente

— bem papai - o fitei — precisamos conversar pai - fui rápida

— sim claro filha, senti sua falta.- falou

— pai o Cristopher... Ele... Ele disse que o senhor é um assassino! - falei e a respiração do meu pai ficou abafada

— pai o senhor está bem ? - perguntei preocupada e ele fez que sim com a cabeça

— acho que está na hora de você saber porque nunca fui com a cara de Cristopher - ele começou e eu senti meus batimentos mais rápidos

— filha eu e Manuel Alundra... O pai de Cristopher nos conhecemos desde Pequenos nós eramos inseparáveis, os melhores amigos então o tempo passou e a gente cresceu Manuel tornou - se um empresário de sucesso e eu era apenas um bombeiro - falou meu pai e continuou dizendo

— mas a amizade não acabou, nos casamos e a esposa de Manuel não gostava de mim então nós decidimos não envolver nossas famílias na nossa amizade, nós eramos amigos mas a esposa dele não sabia que continuavamos com a nossa relação de amizade e sua mãe conhecia Manuel mas também não se viam muito , ela era um anjo e não se metia, eu sabia que Manuel tinha dois filhos Luana e Cristopher, ele falava muito de Cristopher seu orgulho- fez uma pausa

— continue por favor , papai - falei

— Ele também sabia que eu tinha uma filha - me fitou com carinho —  Manuel era muito bom e me ajudava muito, mas mesmo assim eu o invejei porque tudo na vida dele dava certo e na minha não , então Manuel começou a criar um vício em jogos ele sempre ia pra o bar jogar e me levava junto com ele e numa noite tudo aconteceu... Eu estava com muita sorte e ele não, eu ganhei dele todos os jogos e consegui muito dinheiro, Manuel inconformado não queria parar e propos um último jogo ele tinha certeza que ganharia de mim.

— e depois?

— ele disse que se ele ganhasse recuperaria todo seu dinheiro e eu de tão cruel que era disse que ficaria com a casa dele caso eu ganhasse e com o dinheiro que já havia ganhado, Manuel não quis apostar a casa dele, era perigoso de mais, ele não podia arriscar o bem estar da família mas os homens ao redor começaram a chama -lo de fraco e no calor do momento Manuel aceitou, e ele ganhou tal como previa mas eu fiz trapaça e pareceu que eu tivera ganhado o jogo, foi muito fácil enganar Manuel e aqueles homens pois estavam todos bêbados menos eu,  Manuel saiu do bar sem rumo e eu fiquei como vencedor - não acredito que meu pai fez isso que cruel — mas eu não ficaria com a casa eu só  ficaria com o dinheiro que havia ganhado mas Manuel saiu tão rápido que não tive como falar com ele e então deixei pra o outro dia , mas no outro dia foi tarde de mais pois a notícia de que o empresário Manuel Alundra havia tirado sua vida na madrugada já estava circulando nos jornais, televisão e em tudo que se usava para fazer comunicação e então minha vida nunca mas foi a mesma. Manuel havia se enforcado por culpa minha.

...

Continua....

Nós confiamos tanto nas pessoas que amamos que pensamos até que são perfeitas  e acabamos esquecendo que são humanos!

(1)Aliança De Amor [ COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora