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profundo do inferno. Esses últimos, receberam do diabo o conhecimento, poder e os envia para a terra, onde trabalham para o mal. Entretanto, as fadas da terra e do mar seriam em sua maioria seres belos e bondosos, que não causam nenhum dano, se as deixarem em paz e lhe permitirem dançar em seus anéis feéricos a luz da lua com sua doce música, sem ser molestadas
com a presença dos mortais.
Os escandinavos contam de forma mitológica, que foram os vermes que surgiram do corpo em decomposição do gigante Ymir, que se converteram em:
elfos claros, elfinas e elfos escuros. O verme é símbolo de vida que nasce da podridão. É ainda, símbolo da transição da terra para luz, da morte para a vida, do estado larvar para o vôo espiritual.
Todo o norte da Europa possui um rico conhecimento sobre as fadas, assim como as Ilhas Britânicas e de igual maneira, não são ignoradas na Alemanha,
já que ali são conhecidas pelo nome de Norns, fiandeiras ao estilo das Parcas gregas.
Na França encontramos a Dame Abonde, uma fada, cujo o próprio nome já invoca a abundância. Na Itália é venerada como Abundita, uma Deusa da
Agricultura. Em terra romana ainda, é muito conhecida a figura mítica da fada Befana, cuja função é estabelecer uma ligação das famílias atuais com seus
antepassados, com uma troca de presentes. Ocupa, portanto a função de uma educadora-pedagoga que recompensa ou pune as crianças na época natalina.
Befana é a Grande Avó que preside várias fases de desenvolvimento das crianças.
A "meia natalina" que todos nós, mesmo aqui no Hemisfério Sul, penduramos nas portas ou lareiras, não é só um lugar para depósito de presentes, mas tem
o poder de invocar Befana, que tal como Frau Holda e Berchta visita as casas no período do Natal, recompensando todo aquele menino ou menina que foi bem comportado durante todo aquele ano.
Conforme a tradição mítica, Befana chega voando em uma vassoura, intensificando sua associação com as plantas e os animais, que antigamente
eram considerados sagrados e muito utilizados como tótens.
Befana voa do Reino das Fadas, para trazer presentes e alegria ao mundo dos homens.
Já dizia o inglês William Shakespeare, que há mais coisas nesta terra do que alcança a nossa precária percepção. Carl Jung complementa, ao afirmar que existe e sempre existiu, um realismo mágico contraposto a todo o mundo real.
É justamente através da dualidade destes opostos, é que se estabelece uma função reguladora. Se o ser humano não oscilar entre estas oposições, o
espírito morrerá.

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