Capítulo 3

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Cheguei à recepção do hospital e perguntei pela vovó, a moça me disse que ela estava recebendo os procedimentos de urgência. Meu coração parou fiquei sem reação. Ela pediu se eu estava bem disse que sim, que queria notícias dela, naquele momento Suzy veio até mim e me abraçou forte.

Suzy era uma mulher de 53 anos de idade, de pele mulata é enfermeira aposentada ela e vovó eram amigas de longa data. Desde que vovó começou a ficar doente e descobriram as causas, Suzy sempre ficou ao lado dela dando força e ajudando no que precisa-se. E agora mais uma vez ela estava aqui, do lado da amiga dando todo o apoio e ajuda possível. Não gosto nem de imaginar o que seria de mim todos esses anos sem a ajuda dela com relação à vovó. Tê-la aqui me dava uma sensação de segurança, mesmo que o momento seja de aflição e preocupação extrema.

Suzy _ Ela vai ficar bem Sam, tenha esperança.

_ O que aconteceu com ela? Preciso saber como ela está?

Suzy _ Não sei. Eu cheguei na sua casa e a encontrei caída no chão da cozinha desacordada, chamei o serviço de emergência rapidamente, depois tentei te ligar, mas você não atendia. A ambulância chegou e rapidamente os para médicos realizaram os procedimentos de primeiros socorros e a trouxeram para cá. Desde então ela está lá dentro. Quando você me ligou ela já tinha entrado.

Fiquei sem chão, minha avó é tudo pra mim, não posso perder mais uma pessoa amada na minha vida. Eu preciso dela comigo. Ficamos naquela sala de espera um bom tempo, até que uma enfermeira veio até Suzy.

Enfermeira _ A senhora é o que da paciente?

Suzy _ Sou amiga, mas este aqui é o neto que mora com ela. Disse apontando para mim. A enfermeira me olhou e disse.

Enfermeira _ Me acompanhe, por favor, o doutor quer conversar com vocês.

O que esta acontecendo? A vovó já foi hospitalizada outras vezes, mas não foi tão grave quanto esta parecendo. Seguimos a enfermeira pelo corredor branco – odeio hospital, não tem cor, tudo branco, chega a dar calafrios na espinha, chegamos numa porta, ela abriu e pediu que entrássemos.

Pessoa_ Olá Sam! Olá Suzy! Seria uma satisfação e alegria recebe-los aqui, mas devido as circunstâncias devo dizer que não é nada animador vê-los aqui. Sentem-se, precisamos conversar.

Respirei fundo e sentei-me na cadeira em frente à mesa do doutor William Mackenzie, Suzy me acompanhou e sentou-se também. Meu coração parecia que ia sair pela boca de tanto nervosismo e preocupação.

_ Me diz doutor como ela está? Como minha avó está?

William _ Calma Sam!... Calma nada estava a ponto de ter um piripaque de nervosismo e ele me pede calma. _ Sam!.. Respirou fundo, fez uma pausa e continuou. _ As notícias não são nada animadoras. Dona Elizabethy teve uma parada cardiorrespiratória muito grave, ela ficou um bom tempo sem respirar, então totó o corpo ficou sem receber oxigênio, creio que não preciso te falar o que acontece quando isso ocorre né? Você tem um vasto conhecimento sobre medicina mesmo sendo tão jovem ainda.

Aquelas frases caíram como uma bomba sobre mim, as coisas estavam piores que eu pensava, fiquei sem reação, sem ar, abri a boca para falar, mas nada saiu. Eu sabia o que aquilo significava minha avó quase morreu. Quando o sangue para de circular pelo corpo, o oxigênio não é levado as células e consequentemente ao cérebro, tudo para, a pessoa fica inconsciente e se não for realizado o reanimamento por massagem cardíaca ou por desfibrilação, dependendo o caso em que o paciente se encontra a morte é certa. Minha avó quase morreu, não posso acreditar. Nesse momento lágrimas tomam conta do meu rosto.

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