Regrinha de três | 3RACHA

❨·🎠·❩ RDT : O1 Chᥲρtᥱr.

⋆◜𝐑𝐞𝐠𝐫𝐢𝐧𝐡𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐮𝐦, 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐞 𝐭𝐫𝐞̂𝐬◞⋆

Estou um pouco preocupado com você, rapaz, as cicatrizes que estão no seu rosto já estão melhorando, mas as marcas profundas que estão na sua mente, não sei quando vão sair. Você é um homem ferido, rapaz! 

⭌ Vadio - Crônicas de um babaca.

⎗∘•°.: | 🎠] »ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ O1.

⋆◜ᴏ ᴘᴏssɪᴠᴇʟ sᴀɴᴛɪsᴛᴀ ᴄʜᴏʀᴀ̃ᴏ
ᴇ ᴏ ʀᴏᴍᴇᴏᴢɪɴʜᴏ ᴇ ᴊᴜʟɪᴇᴛᴀ ᴄᴏᴍ ᴘᴀ̃ᴏ. ◞⋆

Era difícil para o nosso protagonista descansar um pouco mais do que o recomendado. Já vamos deixar bem claro, antes mesmo de começar a desenrolar essa história nada romântica e apaixonante. Han Jisung, mais conhecido por seu nome legalmente brasileiro Handerson de Jesus, nascido na Malásia, na região de Penang e criado e vivido no nosso querido Brasil, na nossa amada e respeitada Bahia, nunca, em nenhum momento de sua vida, tinha tido um dia em completa paz.

Camaçari, a sua terrinha amada era lotada nas férias, sua casa vivia cheia de gente que ele nem ao menos conhecia, já que a sua amada família tinha uma bela pousada bem em frente a praia famosa entre grupos de turismo e quando o nosso querido baiano decidiu se mudar para são Paulo, em busca de sua própria dependência financeira ele se viu em seu próprio inferninho, o caralho do seu vizinho era como um carrapicho preso em suas pernas, era irritante, quase impossível de se livrar sem grandes esforços.

Mas esse assunto, é conversa pra outro dia.

Jisung tinha acordado mais cedo do que o habitual, sim, havia chegado o dia da semana mais esperado por qualquer trabalhador assalariado, era sexta feira e como um brasileiro raíz, ele estava se preparando para sextar da forma mais tranqueira possível: Indo ao mercado e comprando uma goiabada para comer junto do queijo e do pão de leite que o senhor Januário havia trago de Minas, cara, como Jisung amava o seu querido chefe, Seu Januário.

Na realidade não havia bem ''sextado'' pro boy, já que ele trabalhava de domingo a domingo em um bar de esquina chamado ''Pé de galo" mas não se enganem, não era um ponto qualquer que chamava a atenção de velhos alcoólatras, era o ponto principal dos alcoólatras em geral, de todas as idades e Han amava trabalhar ali pelo fervo no início de sexta que terminava no final de domingo.

Mas é claro que tinha um motivo: Ele ganhava uma gorjetinha fácil de umas velhas safadas e de uns héteros meio enrustidos.

Mas isso nem ao menos vem ao caso nesse momento, já que ele enfrentava uma fila enorme no mercadinho do bairro, ele odiava filas, mas parece que de alguma forma, as filas chamavam a sua atenção, mas por sorte outro caixa se abriu e logo conseguiu comprar a benção da goiabada que tanto almejava.

No caminho para a casa começou a cantarolar uma música do Costa Gold que havia lançado há algumas semanas atrás e logo que chegou até a calçada cumprimentou a Dona Marcela, que lavava a fachada de seu pequeno sacolão.

Nossa, a Dona Marcela, uma mulher que segundo Jisung - e o resto da rua toda- tinha uma bunda abençoada, cheia de glória e alegria. Por Deus, a bunda daquela mulher era de outro mundo, grande, redonda, sem nenhum tipo de defeito, aquilo sim representava a felicidade brasileira após um sextou digno, uma felicidade grande e farta.