•Prólogo•

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Alguns dizem que o mar é refúgio do imprevisível, um local onde segredos obscuros e relíquias poderosas se encontram

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Alguns dizem que o mar é refúgio do imprevisível, um local onde segredos obscuros e relíquias poderosas se encontram. No entanto, os deuses sabem que tudo está sujeito aos caprichos de Poseidon.

O senhor dos oceanos caminhava pelos corredores de seu palácio, onde as flores reluziam como preciosas joias. Estava maravilhado com a beleza das raras rosas azuis de seu jardim, as pétalas pareciam cintilar sob a luz aquática. Uma brisa suave soprava, carregada com o aroma de água salgada. Um dia favorável e tranquilo, um belo sinal de que Poseidon estava de bom humor.

Seus guardas acompanhavam cada passo, mantendo a segurança, mesmo que proteger uma divindade fosse desnecessário. Rumores afirmavam que o deus era reservado, enquanto outros já diziam que ele era um tanto abusado. Buscava sempre entretenimento ao lado de várias mulheres.

— Senhor Poseidon. — Chamou um dos guardas.

Poseidon parou, lançando um olhar frio em sua direção. Odiava ser interrompido em sua caminhada matinal. Às vezes, desejava sumir e abandonar as responsabilidades para trás, mas sabia que seus irmãos o repreenderiam se o fizesse.

— O que foi? Aconteceu algo? — perguntou o deus imponente. Seu olhar para o jovem guarda deixava claro o desejo de não ser incomodado.

— Os mares ao redor de Atenas estão conturbados, diversos mortais relatam terem visto monstros. — Gaguejou o jovem de cabelos negros, ajoelhando-se em respeito ao deus.

Poseidon revirou os olhos; estava exausto. Quase todos os dias, ouvia relatos sobre bestas marítimas que assolavam a orla dos grandes portos gregos.

— Estou cansado. Se eu tivesse uma solução, já teria resolvido. Não ouse me perturbar mais com esse assunto. Se alguém estiver aprontando comigo, punirei e condenarei ao inferno. — Gritou, já farto de ser questionado sobre tais problemas. — Não sou o único deus aqui; meus irmãos podem lidar com isso.

O jovem silenciou-se e Poseidon continuou sua caminhada pelo corredor, observando as paredes de mármore detalhadas com cristais e corais. A suave luz do sol atravessava a barreira criada para proteger Atlantis, iluminando o palácio.

Há muitos anos, Atlantis foi fundada próxima ao mar Egeu e algumas ilhas. Poseidon criou uma barreira para ocultá-la dos olhos mortais, mantendo assim a lei dos deuses de não se revelarem à humanidade. Com o passar das eras, optou por submergir a cidade no oceano, protegida pela barreira contra a água, monstros e olhos humanos.

Ele prosseguiu caminhando até se deparar com uma grande porta negra. Por meio de movimentos lentos de sua mão, abriu e encontrou uma joia azul no centro da sala. Tinha o formato de uma estrela-do-mar e estava protegida pelos sigilos mais poderosos. Aquela pequena relíquia era seu tesouro mais valioso. O toque leve do deus dos mares fez com que ela brilhasse intensamente.

Conhecida como Joia dos Oceanos, concedia ao seu dono total controle sobre as águas. Forjada com parte dos poderes da titã Gaia, a pequena pedra auxiliava Poseidon a manter o equilíbrio dos mares.

A Ascensão Da Noiva Amaldiçoada - SÉRIE NOIVAS- DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora