LEONARDA CIANCIULLI - A saponificadora de Correggio

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Nascida em 14 de abril de 1894, na cidade de Montella, na Itália. Leonarda era filha de Mariano Cianciulli e Serafina Marano.

Se conta que aos 14 anos, Serafina foi estuprada e obrigada a se casar grávida, e por esse motivo abominava a filha. Leonarda dizia que sua infância foi uma completa infelicidade: sofrendo de epilepsia, dizia ela que sua mãe era uma megera e, por isso, tentou suicídio várias vezes.

Em 1917, aos 23 anos, se casou com Raffaele Pansardi, mas o casamento não era aprovado pelos pais de Leonarda, que já haviam prometido sua filha ao seu primo. O jovem casal viveu até 1927 em Lauria, mas em 1930 procuraram outro lugar pra viver, e assim, foram para Correggio.

Uma suposta maldição lançada por sua mãe, a condenando a uma vida de sofrimentos, se misturou a uma profecia de uma cigana que dizia que ela teria filhos mas que todos morreriam

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Uma suposta maldição lançada por sua mãe, a condenando a uma vida de sofrimentos, se misturou a uma profecia de uma cigana que dizia que ela teria filhos mas que todos morreriam. E a previsão se tornou verdade. Leonarda perdeu seus 13 primeiros filhos. Numa tentativa de se livrar da maldição, ela procurou por bruxas e feiticeiros, e após a intervenção de uma "bruxa", Leonarda finalmente teve seu primeiro filho vivo, Giuseppe.

A vida seguiu e Leonarda teve mais filhos: Bernardo, Biaggio e Norma. Mas seu preferido era Giuseppe que aos 11 anos, apresentou para sua mãe uma cigana que, ao ler a palma de suas mãos, diz: "Em sua mão direita eu vejo a prisão e na esquerda, o manicômio judiciário."

Durante anos, Leonarda sofreu com pesadelos nos quais perdia seus filhos. E, após um desses pesadelos, ela chega a conclusão que seu filho Giuseppe corria muito perigo, já que ele estava na idade certa para lutar na Segunda Guerra Mundial.
Para manter a vida de seu filho a salvo, Leonarda decide realizar sacrifícios humanos. E sua reputação de boa mãe, aliada á confiança que as pessoas tinham nela, tornou seu trabalho de conseguir vítimas bem mais fácil.

Sua primeira vítima foi a romântica Faustina Setti, de 73 anos, que apesar da idade, ainda sonhava em encontrar seu príncipe encantado. Ela morava sozinha e era a vítima perfeita. Em 20 de dezembro de 1939, Leonarda a convidou para um chá em sua casa com o pretexto de lhe apresentar um homem rico que era amigo de seu marido e estava na cidade. Faustina foi morta com golpes de machado; Cianciulli picou seu corpo em nove partes que dissolveu em soda cáustica para fazer sabão, e o sangue recolhido numa bacia que misturou com ingredientes formando uma massa de bolo.

Leonarda só voltaria a matar dez meses depois.

Clementina Soavi, 55 anos, foi morta em 5 de setembro de 1940. Enganada com uma falsa promessa de emprego. O método de descarte do corpo foi o mesmo da primeira vítima.

Dois meses depois, em 30 de novembro de 1940, a Saponificadora de Correggio encontrou sua terceira e última vítima. Virgínia Cacioppo, 53 anos, era ex-cantora de ópera, aposentada, solteira e vivia sozinha. Leonarda a abordou dizendo havia um emprego no teatro de Florença e que ela poderia conseguir a vaga.
  

   Vinte e quatro horas depois do assassinato, Leonarda começou a vender móveis e roupas da vítima

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   Vinte e quatro horas depois do assassinato, Leonarda começou a vender móveis e roupas da vítima. Tal comportamento fez crescer os boatos na cidade de que as três mulheres desaparecidas foram mortas por Cianciulli.

  Não recebendo mais notícias de sua irmã, Albertina (irmã de Virgínia) foi até Correggio e deu queixa de seu desaparecimento na delegacia local.
É aberta uma investigação e descobre que todas as mulheres foram vistas a última vez entrando na casa de Leonarda, mas isso não provava nada.

Em março de 1941, conseguiu um mandato de busca na casa dos Cianciulli, encontrando roupas das desaparecidas escondidas no quarto de Giuseppe, e temendo que o filho fosse acusado pelas mortes, Leonarda confessa.

Em março de 1941, conseguiu um mandato de busca na casa dos Cianciulli, encontrando roupas das desaparecidas escondidas no quarto de Giuseppe, e temendo que o filho fosse acusado pelas mortes, Leonarda confessa

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  Cinco anos depois, em 12 de junho de 1946, o tribunal de Reggio Emília, após duas horas e meia de deliberação, às 13h15min, o juiz a condena a 30 anos de prisão e 3 anos no manicômio

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  Cinco anos depois, em 12 de junho de 1946, o tribunal de Reggio Emília, após duas horas e meia de deliberação, às 13h15min, o juiz a condena a 30 anos de prisão e 3 anos no manicômio. Giuseppe foi absolvido por falta de provas.

- Leonarda nunca cumpriu sua pena em regime fechado, permanecendo até dia morte (15 de outubro de 1970) no hospital psiquiátrico de Aversa

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- Leonarda nunca cumpriu sua pena em regime fechado, permanecendo até dia morte (15 de outubro de 1970) no hospital psiquiátrico de Aversa.

- Foi diagnosticada com Transtorno de personalidade histriônica e narcisista, traços sádicos, esquizóides e paranóides.

- "Eu não matei por ódio ou ganância, matei apenas por amor de mãe."

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