Narrado pelo Dave.
Sinto saudades da faculdade, dos meus amigos, da minha casa, da minha cama e das festas.
Ficar o dia todo aqui é muito chato mano.
- Eu tô doido pra saí daqui! - digo para a minha mãe que está sentada em uma cadeira ao lado da minha cama lendo um jornal.
- Você só tem cinco dias aqui! - diz ainda encarando o jornal.
A minha sorte é que a Naomi veio me ver nesses cinco dias. Hoje em dia não se acha uma mulher assim.
Como minha mãe disse, eu tenho cinco dias aqui, continuo a mesma coisa, mas o médico me falou que não irei ficar com sequelas. Graças a Deus.
- Independente mãe! - digo revirando os olhos.
- Dave, tenha paciência, tudo irá se resolver! - fala colocando o jornal em cima da mesa.
Ter paciência em uma situação dessa, não é nada fácil.
Eu me sentia inválido, mesmo o médico dizendo que tudo iria ficar bem. Mas eu queria voltar a ir à faculdade, não quero ter que trancar - lá, mas não será possível eu ir pra ela, nesse estado.
Minha mãe olha no relógio e se levanta.
- Já vai? - pergunto rapidamente.
- Sim! A Naomi já deve está aqui. - diz me dando um beijo no rosto e saindo de dentro do quarto.
Eu tô achando um milagre minha mãe não ter a expulsando daqui, talvez tenha gostado dela.
Escuto o barulho da porta sendo aperta e viro minha cabeça para olhar quem está olhando. E lá vem ela, linda como sempre.
Naomi estava com um moletom cinza do Coldplay, uma calça jeans azul escura bem justa e all star preto. Seu cabelo está solto e ela está sem maquiagem.
- Olá Dave! - diz fechando a porta e se aproximando de mim.
- Oi loira mais linda! - arranco um sorriso seu.
Nenhuma das mulheres que " dizem" gostar de mim, fez o que a Naomi está fazendo.
Ela sorriu e se sentou na cadeira.
- Sua mãe me contou que você já quer saí daqui! - disse Naomi me encarando.
- Minha mãe é fofoqueira hein! - digo dando um sorriso.
Foi a primeira vez que eu dei um sorriso, despois que entrei nesse hospital.
- Adorei conhecer sua mãe e a sua irmã! - suspirando lentamente.
- Fico feliz por ter gostado da sua sogra e da sua cunhada. - digo piscando pra ela, que corou na hora.
Se eu pudesse levantar, iria dizer essa palavras com alguma flor na mão e daria a ela. Mas infelizmente estou imóvel.
- Você é bem engraçado Dave!
- Mas não foi uma piada! Estou falando sério.
Por quê será que as pessoas nunca acreditam em mim, ou melhor as mulheres, principalmente de lá da faculdade. Já perdir as contas do número de garotas que eu falei algo sério e não acreditaram, falaram que era piada.
Lembro de uma, que era do mesmo curso que eu. Os caras de lá da sala, nenhum tinha interesse por ela, mas eu tinha. Ela sentava sozinha na sala, tirava as notas mais altas, passava o intervalo sozinha com um livro na mão. Ela era maravilhosa, exatamente do jeito que eu gosto.
Um certo dia no intervalo, meus amigos me desafiaram a ir falar com ela ( sim, eu ainda não tive uma oportunidade, mesmo sendo da mesma sala), eu não tinha coragem, mas pelo fato de eu adorar desafios, eu fui falar com ela.
Nesse dia ela estava sentada sozinha ( como sempre), na lanchonete da faculdade. Estava com um livro na mão e com uma xícara na outra. Parecia muito concentrada no livro que estava lendo.
Ela estava linda como sempre. Vestia um vestido florido bem colorido, usava uma sandália de couro, seus cabelos negros estavam presos em um coque, usava um brinco de pena em uma orelha só, na outra usava um alargador dourado, que parecia ser o número 16. Estava sem maquiagem e sem batom também.
O dia estava ensolarado, eu não sei como ela estava tomando algo quente, nessa calor.
- Vai logo Dave! - Diz um amigo meu impaciente.
- Relaxe meu bother! - digo com uma voz suave.
Ele e mais dois amigos vão ficar em uma mesa próxima da dela pra olhar tudo, enquanto os outros estão do lado de fora.
Respiro fundo e começo a andar em direção a ela. Estou muito confiante, até mesmo na hora em que tropeço no pé de alguém e, acabo caindo em cima dela, fazendo a xícara cair no chão e derramar o chá todo no chão.
Meu queixo está em uma das coxas macias dela, gostosa ela hein! Ela coloca o livro em cima da mesa e, olha pra mim, que rapidamente me levando.
- É... Me Descuuuuul...pe. - estou muito nervoso.
Meu coração deve ter se soltado, porque sinto que ele está preste à saí pela boca.
- Você tá bem? - ela se levanta e me oferece a sua mão.
Olho pra suas mãos brancas, suas unhas estão bem feitas, pintas de rosa bebê. Não demorei muito e peguei a mão dela.
Peguei impulso e me levantei.Todos da lanchonete olhavam pra nós, com certeza meus amigos devem estar caindo na risada.
- Estou bem sim!
É... me deeesculpe... - digo passando a mão no meu cabelo.- Sem problemas! - ela me respondeu sorrindo.
Anww que sorriso mais lindo.
Um funcionário da lanchonete limpa o chão que estava todo molhado de chá e volta deixa nos dois sozinhos.
As pessoas que estavam a nossa volta pararam de olhar pra gente, inclusive meus amigos.- Qual seu nome? - tomo coragem e pergunto.
- Aurora e o seu? - diz pegando o livro e colocando dinheiro na mesa.
Que nome lindo, esse nome de princesa, apesar que ela é uma. Uma princesa intelectual.
- Dave!
Ela sorri.
- Quer saí comigo hoje à noite? - pergunto, mas já espero um não.
Eu sou muito negativo mano.- Quero! Eu te mando a localização da minha casa e o horário no Insta.
Agora eu tenho que ir.Ela pega o livro e guarda dentro da sua mochila preta de couro, se aproxima de mim e me dá um beijo no rosto.
- Tchau! - digo a ela.
Me sinto realizado sabia?
Achava que iria receber um não.Corro pra contar aos meus amigos, que estão bebendo cerveja na praça da faculdade.
- Voltei meus manos! - digo com um sorriso branco estampado no meu rosto.
- Hummm, olha o sorriso do moleque! - diz um e todos riem.
- Um sorriso que vocês queriam ter né!
Então, deixa eu contar.
O gostosão, maravilhoso aqui, consiguiu! Vou saí com mina hoje.Todos olham pra mim e riem.
- Já paga a próxima rodada de cerveja pra nós né!
- Paguem vocês!
Vou gastar meu dinheiro com cerveja nada. Se fosse pra pagar baseado pra todo mundo eu pagava.
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All Of The Stars
RomanceAll Of The Stars, é uma música do Ed Sheeran, a minha favorita. Essa música me inspirou a escrever esse livro, que vai contar a história de Taylor e Lorenzo, que vão se conhecer por acaso e, por mais consciência ainda iram descobrir que são da mesm...