Part. 11

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   Acordo sufocada, olho para os lados,  o sol ainda está nascendo, Jack está agarrado à mim, olho o relógio, são 6h00, meu sono se foi. Tiro os braços e pernas de Jack de envolta de mim, e levanto-me para ir ao banheiro, tomar um banho, no caminho para o banheiro, o desconforto dolorido de não ser mais virgem segue comigo.

Meu banho é rápido, visto minhas roupas, e calço meu sapato, pego minhas coisas, e desço. Todos ainda estão na cama, "não vou ficar aqui, preciso de um tempo para pensar no que aconteceu nas últimas 24h".

As ruas estão desertas, apenas uma menina magra, de olhos grandes azuis, e cabelo preto na rua, eu. O desconforto ainda está presente, não sei se choro ou sorrio, pelo acontecimento de ontem, bom, prefiro mater minha cara fechada de sempre. Passo por um ponto de ônibus, meu inconsciente, diz para que esperamos para ir de ônibus, mas meu subconsciente diz para ir a pé, sigo meu subconsciente, não quero chegar logo em casa, preciso pensar. Meu celular está comigo, mas hoje ele não vai fazer muita diferença, se me ligarem, tanto Jack quanto Samara, não irei atender. Pra falar a verdade, pela primeira vez em dois anos, sinto falta do Ryan, éramos melhores amigos, mas depois da "paixonite" , acabamos nos afastando, e ele ficou muito diferente também, muito idiota e estúpido. Mas independente disso, resolvo ligar para ele, que atende ao segundo toque.

               LIGAÇÃO
- Alô?

- Ryan? Oi!

- Mia, oi, quanto tempo né, precisa de algo?

- Sim, você pode vir me buscar?

- Claro, onde você está?

- Hum, deixa eu ver o nome da rua, Palmeira, esquina com a rua Moreira, sabe onde é? 

- Sei sim, espera ai, eu já chego, quer que eu leve alguma coisa? Porque agora não vai ter nada aberto, são 6h e 55min, está muito cedo.

- Bom, se você tiver vodka, e whisky, eu aceito, e alguma coisa pra comer também!

- Tá, espera, daqui a uns vinte minutos estou ai, beijo.

Ele desliga, sento em um banco na pequena pracinha da rua. Fico observando o nada, o dia está cinza, e o ar bastante úmido, daria tudo pra estar com meus fones de ouvido, meu moletom, e um dos meus confortáveis All Stars, meu cabelo está solto, meu corpo começa a tremer, caramba que frio. Alguns minutos depois, Ryan chega com seu carro, é um HB 20, preto, é, ele é filhinho de papai, e filho único, dou de ombros, fazer o que né, sou filha única e não tenho carro.

Ele desce, e vem até mim, com um sorriso ridículo no rosto, ele está usando uma calça jeans preta, um moletom preto, e um All Star preto, a boca vermelhinha como de costume ( natural), e o cabelo extremamente preto, bagunçado, brilhando, assim como seus olhos extremamente pretos também, sua pele é a única coisa branca em meio a tanto preto. Corro até ele e o abraço, que saudade estava desse idiota. O seu abraço é o mais aconchegante que alguém poderia ter, ele me ergue do chão e me rodeia.

- Nossa, como eu estava com saudades de você Mia!- ele diz ao me colocar  no chão.

- Ah! Eu que o diga!

- Bom, quer sair daqui?- ele diz com os olhos nos meus.

- Quero!- ele pega minha mão, e me conduz até o carro, entramos.

- Para onde vamos?- ele diz com as mãos ao volante.

- Pra qualquer lugar, só me tira de perto da "civilização" .

- Você quem manda!- ele começa a dirigir - Eu trouxe o que me pediu, e an, trouxe também algumas roupas.

- Você o que? - dou um pulo - Caramba Ryan, como eu te amo! Mas espera, como você sabia que eu queria, se eu não falei pra você trazer?

- Mia, nós já fomos melhores amigos, e quando eu digo melhores amigo, é melhores amigos mesmo, eu te conheço.

- Aram, sei!

- Bom, na verdade você tem muita sorte, lembra da minha prima a Diana? - faço que sim com a cabeça - Então, ela levou lá pra casa algumas roupas para doarmos, que ficavam curtas para ela. E bom, ela é mais alta que você, então vai servir e vai sobra pano ainda, e ela é magra, então na cintura vai ficar de boa!

- Ah, entendo, quando eu tinha quatorze e ela doze, já era do meu tamanho quase passando.

- Pois é, mas ela cresceu muito mais daquela vez, ela já tá do meu tamanho, e ela só tem quinze anos.

- Nossa, ela vai ser muito alta.

- Pra ser muito alto pra você não precisa ter mais que 1,65 né, você tem quantos? 1,55?- ele diz debochando.

- 1,59!- digo e reviro os olhos.

- Ah, não precisa ficar brava, as baixinhas são as mais lindas, e você é tão pequena, mas não se preocupe, você tem um corpo lindo!

- Ah, quem dera, corpo lindo é o da Samara!

- Bom, na verdade o corpo da Samara, é o que nós meninos chamamos de gostosa, ela tem uma bunda tamanho médio, bem redondinha e empinadinha, as pernas bem definidas, cinturinha, e peitos tamanhos médios, mas lindos. E você não, você tem o corpo bonito mesmo, bunda redondinha, pernas nem grossas bem finas, tem uma cintura normal, e tem peitos pequenos, mas são lindos!

- Nossa, valeu!- digo

- Ora Mia, para com isso, saiba que eu como homem, prefiro os peitos pequenos, eles cabem na boca.

- Argh, Ryan!!- exclamo, ele ri.

O resto do caminho é em silêncio, ele dirige bem, pra um garoto de dezoito anos, já estamos longe da cidade, olho a hora, são 7h45min.

- Onde a gente vai? - pergunto.

- Não se preocupe, já estamos chegando, faltam uns 7km.

-Tá- digo, volto a ficar em silêncio, nos últimos 10km, não encontramos carro algum, e agora ele pegou uma estrada de chão, abandonada, porque tem muito mato no caminho, depois de uns 15min   acredito eu ter passado, ele encosta o carro no fim da estrada, o lugar tá cercado de matos, e tem uma floresta à frente.

- Chegamos!- diz ele saindo do carro, eu saio também.

- É aqui?

- Não exatamente, você já vai ver, agora vem, me ajuda a pegar as coisas.

Ele abre o porta malas, tem duas garrafas de vodka, três de Budweiser, e uma de tequila, tem também uns dez pacote de Doritos, uma sacola de roupas femininas, umas roupas dele, uma toalha xadrez, e duas toalhas de banho. Pegamos tudo, ele vai em direção à pequena floresta, eu o sigo, atravessamos.

- É aqui!- ele diz pondo as coisas nos chão.

É lindo, tem um lago a uns cinco metros de distância, o chão é terra macia, e em volta de tudo aquilo, várias montanhas lindas, o sol já nasceu, está quente aqui, não está como na cidade um dia cinza e nublado, aqui está calor, e tem uma brisa muito suave.

- É lindo Ryan, como conseguiu achar esse lugar?

- Ah, você sabe, um grande mágico nunca conta seus truques.- ele ri - agora me ajuda a arrumar tudo aqui!

Depois de arrumarmos tudo, pego a sacola cheia de roupas, e vejo o que tem de interessante lá, tem alguns moletons, alguns shorts, dois tops. Resolvo tirar aquele vestido, vou atrás de uma árvore e peço para que o Ryan não me olhe, tiro meu sutiã, ponho o top, e um short, os dois caem muito bem em mim, volto para lá, ele já está só de calção.

- Vem, vamos entrar na água!- ele diz, e me estende a mão.

- Vou esperar mais um pouco, vai você!- e ele entra, me sento pego uma garrafa de vodka, abro e viro, ai que delícia.

- Opa, vai com calma ai!- Ryan diz e tira a garrafa da minha boca, e toma em seguida, ponho minha mão em meus olhos para tapar o sol do meu rosto, e olho para ele. - Vamos comer primeiro!

Como Meu Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora