Part. 15

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#Motivo da " raiva" que temos da Beatriz:

Meus motivos:
Eu entrei nesse colégio, no 9º ano. E desde sempre eu soube que a Sam odiava Beatriz; talvez por eu ser amiga da Samara, Beatriz nunca gostou de mim também.

Ela é o tipo de garota que bom, eu nunca gostei. Ela é snob, metida, e se acha melhor do que os outros pelo simples fato de ser rica.

Sempre que ela passava por mim, me olhava torto, e batia no meu ombro. Mas okay, eu não ligava muito pra isso, a gente discutia as vezes, mas a gota d'água, foi na primeira série, no aniversário da cidade.

Eu sempre fui considerada a melhor aluna, e no aniversário da cidade, todo ano, as escolas vão para o centro da cidade, onde fica montado um palco, e uma escola sorteada fica encarregada de organizar o evento. E aquele ano caiu a nossa escola, e por eu ser uma boa aluna, fiquei encarregada do discurso, ou seja, um discurso que eu iria organizar e eu iria ler.

Mas quando eu fiquei encarregada disso, a Beatriz não gostou, e ela queria porque queria fazer o discurso, representando o colégio; a diretora falou que só em um imprevisto de eu não poder ir, ela faria, coisa que claro, não iria acontecer.

Eu fiquei durante dias e dias organizando o discurso, eu estava mais ansiosa que nunca.

Além de o colégio organizar o evento, e fazer o discurso que seria apresentado por mim. Nós tínhamos que homenagear as profissões da cidade.

Flashback on :

Como o combinado, era pra estar no centro da cidade - onde já estava tudo organizado - às 8h00 da manhã. Eu estou vestida de cirurgiã, toda de branco.

Eu estou sentada em uma das arquibancadas, vendo algumas apresentações de outras turmas; meio nervosa por fazer um discurso diante da cidade toda. Eu fiz uma folha inteira, com frente e verso escrito.

Quando do nada, sinto um líquido escorrer pela minha camiseta branca, me levanto rápido, antes que pingue na minha calça - também branca -, olho para a frente, e lá está, parada a minha frente, Beatriz com a expressão preocupada, e a mão na boca.

- Mia, me desculpe, mesmo!

- Tá, mas e agora? Minha camisa!

- Eu tenho uma camisa branca na minha bolsa. Vem, vamos ao banheiro, eu empresto para você, rápido daqui a pouco você tem que fazer o discurso!

Ela diz me puxando, minha camiseta que antes era totalmente branca, agora boa parte dela era roxa, e fedia a suco de uva.

- Toma, vista isso, rápido, eu seguro seu discurso!

- Cuidado para não trancar essa porta. Essas portas são difíceis de abrir! - digo fechando a porta.

Visto a camisa limpa, agradecendo pela Beatriz naquele momento. Quando eu tento abrir a porta, não abre.

- Hey, Beatriz! Abre a porta, já me troquei! - digo empurrando a mesma.

Nada de Beatriz, nada de discurso, nada! Ela simplesmente me trancou no banheiro. Meu estado? Bom, a maquiagem que eu fiz impecável de manhã, está borrada. Meus olhos estão ardendo de tanto chorar. Minha voz está rouca de tanto gritar.
De tanto sofrer, talvez eu tenha cansado, e acabo caindo no sono.

Acordo com algumas batidas na porta; de repente ela se abre.

- Hey menina, o que tá fazendo trancada aqui? - uma senhora de uns quarenta anos pergunta.

- Que horas são? - respondo ela com outra pergunta.

- São quase seis da tarde.

Não consigo controlar, as lágrimas caem, e eu saio correndo dali. Só quero chegar em casa, e esquecer que aquilo aconteceu.

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⏰ Última atualização: Jun 20, 2018 ⏰

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