Capítulo 5 - Segredos sobre Lee Gongju

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    Antes de entrar dentro do carro, Wonshik mandou uma mensagem para Hongbin avisando-o que iria fazer uma visita 'surpresa' para Leo e que tudo fora invenção da doutora. Guardou o celular e tomou seu lugar no banco do motorista, a doutora já havia colocado o cinto e agoniada com a ansiedade estava começando a descontar em suas roupas demonstrando o quão nervosa estava.

— Se acalma, você não vai ver o presidente. — General ligou o carro e seguiu em direção a porta do estacionamento. —É só o Leo. — continuou pela avenida principal por alguns minutos. A Doutora permaneceu em silêncio por longos minutos, olhando pela janela focando em outra coisa, evitando seus pensamentos sobre quem iria ver.

—Você tem razão, aliás é só minha experiência!—Sorriu meio sem jeito.

— Eu realmente não entendo esses cientistas malucos.

—Yah! isso é um termo pejorativo e muito feio por sinal!—Gongju olhou para o motorista furiosa.

— Perdão, mas vocês falam dessas coisas que vocês criam como se fossem filhos, eu realmente não entendo.— Wonshik riu da própria piada, sozinho. Gongju preferiu ignorar e olhar pros arranha-céus de Seul.

—Meu... filho.— Sussurrou, tão baixo que Wonshik com sua percepção fora do normal não ouvira. Ligou o som do carro, ajustou a frequência em uma rádio qualquer, aproveitando que ele não havia escutado e fazendo o distrair. Tinha dito por impulso algo que estava preso dentro de seu coração, ele chorava só pelo fato de lembrar que seu filho a esperava, ela sorriu. Fechou os olhos e seguiu o resto do caminho em silêncio, ouvindo apenas as músicas da rádio.

Hongbin corria com um monte de coisas em, Sanggojae. Leo apenas observava o que o rapaz estava fazendo por e instinto acompanhava-o pelos cômodos como se fosse um vira-lata fiel. A obra prima ainda permanecia confuso, era muita coisa acontecendo com ele ao mesmo tempo, sentia-se estranho quando lembrava da menina que o fez sorrir. Adorava sentir aquele calor tomando conta de seu coração, infinitas sensações que o fazia querer se aproximar mais da moça.

— Sua mãe tá vindo. — Hongbin interrompeu os pensamentos de Leo passando correndo com as roupas do Hyuk que havia recolhido no quintal. — Ela veio saber se eu estou realmente cuidando bem de você. —Sorriu.

—Por que não consigo lembrar de mais coisas?— Olhou para o rapaz.

—Leo... é bem complicado... — Hongbin largou o que estava fazendo e sentou-se ao lado do rapaz confuso.

— O que me impede de entender?

— Talvez, a frustração, medo, dor. Sentimentos. — Hongbin olhou para Obra Prima com ternura pois começar a ter sentimentos o levaria a ser diferente.

—Eu lembro de pouca coisa, por exemplo quando mais novo ela brincava comigo em um parquinho mas não consigo ver seu rosto, por que não lembro de mais nada? Eu sofri algum tipo de acidente?

— Leo... lembranças de quando era mais novo?— Hongbin estava chocado, não sabia que a Doutora seria capaz de fazer tal coisa. Ele pensou no decorrer da fabricação da Obra Prima que ela colocaria memórias falsas, ou algo pra suprir sua necessidade de sentir-se um ser humano algo padrão no tipo de software presente na IA do Leo, comprovando que não importa o que fosse a Doutora conseguia sempre surpreendê-lo a cada dia que passava.

— Sim, porém poucas. — Hongbin não conseguia dizer mais nada. Estava chocado tanto pela atitude da doutora quanto pela comprovação de sua experiência.

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