Deitada na minha cama, eu pensava em todos os momentos que passamos juntos. Fui me guiando por doces memórias e sendo levada a um paraíso sem fim. Peguei uma caneta e um papel e comecei o que pra mim seria meu último lamento a ti.
" Mark Brüch,
não sei o que fazer, muito menos se devo falar.
Meu coração palpita tanto dentro de mim, que não dá pra controlar.
As vezes tento te esquecer, mas só consigo me preencher...
De suas memórias, seus beijos, seu carinho, seu sorriso.
Eu tento me afundar no azul do mar, mas só consigo me encontrar na imensidão do seu olhar.
O que devo fazer?
Para onde correr?
Se ao tentar me encontrar, eu me pego a procurar.. Uma pista do seu sorriso, dos seus passos.
Se precisar imaginar, uma vida a desenhar, certamente estará lá..
Segurando minha mão e me guiando na escuridão".
Não era exatamente o que eu queria que soubesse, mas é difícil te ver com ela, só conseguia pensar em planos, para acabar com toda essa felicidade da Soraya.
Me sentia uma pessoa má, bem cruel por sinal. Só pensava na minha felicidade e que você seria meu a qualquer custo.
Hipnotizando, estava tudo girando. O que estava acontecendo?
De repente, abro os olhos, tudo escuro, sem claridade, será que eu tinha morrido? Pois que minha passagem pro inferno seria garantida eu já sabia principalmente depois de tudo que desejei contra Soraya.
Fui caminhando, quando cai. Não sabia o tamanho, mas fui rodando, rodando, sem enxergar. Coisas me encostavam, mão me acorrentavam e eu não conseguia me mexer. Estava cercada de vozes, corpos e todos me conheciam. Mas eu não enxergava ninguém.
Berrei seu nome, a fim de te encontrar no meio da escuridão, mas senti meu coração jorrar sangue pra fora do meu corpo.. A dor que me deu em não te encontrar foi cruel.
Depois de tanto despencar, cai. Senti todos os meus ossos quebrados até o momento que não senti mais nada.
Quando por fim abri os olhos, Dr. Fernandez estava a minha frente junto de minha mãe e de Mark.
- Mark? O que faz aqui?
- Fiquei desesperado quando sua mãe me contou.
- Só me abraça, por favor.
Minha mãe e o Dr. nos deixaram a sós para discutir meu diagnóstico. Me sentia tão confortável nos seus braços, que não sabia agir de outra maneira a não ser implorar sua volta.
- Mark, eu te amo.
- Eu também te amo, Lucy.
- Não me abandona, preciso de você.
- Eu não vou a lugar nenhum meu amor. Fica tranquila.
- Mas e a Soraya? Eu estou confusa.
- Deixe ela pra lá. Depois conversamos. Procura descansar, eu estou aqui pra você.
Uma semana se passou, e o Mark estava praticamente morando na minha casa, até que eu me recuperasse por completo ele não sairia do meu lado. Estava feliz, mas tinha medo do que iria acontecer.
Numa noite fria, deitamos aos beijos, e foi quando novamente tudo aconteceu. Senti seu corpo grudado no meu, me acalentando, me tocando. Fazendo com que eu me sentisse viva em cada partícula de mim.
Me realizei ao te encontrar nú na minha cama como se fosse a primeira vez. Me deitei por cima de você e não consegui mais parar de te beijar. Você ia me tocando, me apertando, chupando meu pescoço e intercalando com beijos molhados que sabia que eu amava e como de costume, me arrepiou por inteira.
Só conseguia gemer seu nome, numa profunda saudade de te sentir dentro de mim, te sentir contraindo dentro de mim e cada vez mais ereto. Acelerando a cada nova entrada, e me segurando com suas mãos fortes.
Acordei novamente com algo furando meu braço. Quando me vi, estava internada, no hospital da cidade. Olhei minha mãe chorando e dando graças a Deus por eu ter acordado.
- Mãe, cade o Mark? ele tava aqui agorinha.
- Filha, ele não veio.
- Onde ele está? Ele foi dormir comigo
- Filha, ele não está aqui, ele não sabe que você está mal. Ele está no México, em um evento com a Soraya.
- Então quer dizer que eu estou ficando maluca?
- Sim. Está alucinando.
Me pus a chorar como nunca antes, a enfermeira veio me trazer comida e eu não conseguia tocar. Tremia e chorava com tanta força, que o Dr. Fernandez apareceu preocupado, pensando que pudesse ser mais um surto de alucinação.
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Tormenta: Um Amor Por Simpatias
Teen FictionTormenta: Um Amor Por Simpatias A madrugada é fria. O sentimento é deserto. A visão é escura. O coração é fraco. A vida é confusa. O horizonte não é mais tão belo. A paisagem mudou, os gostos se foram, a vida se transformou. Esquisito? Talvez...