Um simples esbarro...

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O sol se pondo no céu... Na rua, barulhos de motores, buzinas, carros, trens, prédios vomitando operários, um esbarrão apressado, uma troca de olhares... Ela.
Pupilas se dilatam, batimentos cardíacos aumentam, e na minha cabeça a pergunta! Esbarrei em minha outra metade ?
Não! Não foi a carência ou a pressa em me completar, que me levaram a encará-la assim! Foi a novidade de, naquele momento universo de urgências, eu encontrar o meu particular. De tantas pessoas que me passam, de tantas que se esbarram, não são todos os estranhos que fazem desaparecer ao redor de si o barulho, o operário, a buzina, o trem. Por isso esta vontade imensa de, segundo, dizer mais que as desculpas que a minha timidez falou. E nem terminei de falar a vi dando as costas e sai. Eu quis  girar o corpo e te acompanhar. Mas, a vergonha me aprende ao chão e vejo longe, a sumir.
O sol se pondo no céu... Na rua, barulhos de motores, buzinas, carros, trens, prédios vomitando operários, um esbarrão apressado e ... não! Nem hoje, nem em nenhum outro dia, meu universo se fez em particular. Busco em olhares o dela, e mais uma vez não o vendo, sigo de volta pra casa.
No passo curto, de ritmo lento penso... Porque não fui atrás de você? Por que não te convidei para o cachorro-quente do metrô? E, de novo cada segundo daquele encontro é repassado, em minha memória. Pupilas se dilatam, batimentos cardíacos aumentam e na minha cabeça a pergunta que você não vai ouvir: quer ser meu universo particular ?

Do universo ao particularOnde histórias criam vida. Descubra agora