O reencontro...

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Hoje, acordo em plena manhã de céu nublado, minhas pupilas se dilatam, os batimentos cardíacos aceleram e você volta em minha mente. Lembro-me daquele pequeno momento em que nós nos esbarramos. Ao fechar os olhos vejo você, cabelos curtos e cacheados, olhos castanhos que seduziam, sua delicadeza ao pegar as coisas do chão. Não há palavras para expressar o que sinto ao lembrar. Ao pegar aquele broto que você deixou cair dentre as páginas do livro, que guardo até hoje, penso na remota possibilidade de nos encontramos de novo, de me encontrar com o meu universo particular novamente. Tantas pessoas me passaram nesse longo período, mas só pensava em você e, sempre na esperança de revê-la, aguardo sua chegada.
Hoje, acordo em plana manhã de céu nublado, minhas pupilas se dilatam, os batimentos cardíacos aceleram e não esperava rever você, levanto, tomo meu banho, arrumo minhas coisas e saio para o trabalho. Quando tomo coragem para descer as escadas do metrô, uma mulher, cabelos curtos e cacheados, olhos sedutores e sua delicadeza! Eu balancei a cabeça para ter a certeza se era você mesmo ali, e sem dúvida era você. Meu coração disparou! Sem pensar duas vezes sigo em sua direção, toco em sua pele macia e pergunto se gostaria de tomar um café com um estranho em quem esbarrou um dia. Ela abre um sorriso avassalador e aceita meu pedido. Naquele momento, por dentro, sinto fogos explodindo, pois nem acreditava que ela tinha dito “sim”. Tirei meu cartão do bolso e dei a ela que agradeceu e saiu.
Passam horas e horas até dar o horário da minha saída do trabalho. Tinha esperança dela ligar ou mandar uma mensagem para mim, mas até agora nada... Arrumo minhas coisas, pego o elevador e vou para o carro. Chegando em casa, meu telefone toca: é ela. Naquele momento tinha perdido todas as esperanças de que ela não ligaria para um estranho qualquer que esbarrou no metrô. Atendi ao telefone na maior felicidade, querendo mostrar calma pela voz: ela queria sair! Sem pensar duas vezes aceitei e combinamos que eu iria passar na casa dela as 20:00 e já eram 19:30.
Ao desligar o telefone, sinto o sangue correr em minhas veias numa velocidade surpreendente. Pode ser besteira da minha parte ficar tão animado para esse primeiro encontro, contudo eu sentia algo maravilhoso por dentro. Corro para dentro de casa, tenho 20 min apenas para me arrumar, vou direto para o chuveiro. Termino de me arrumar e vou em direção ao carro, ligo para aquecer o motor e me pergunto: “Como vou buscar ela sem seu endereço?” Ligo rapidamente para ela meio sem graça, peço seu endereço e entro no carro a caminho de sua casa. Chegando lá, dou duas buzinadas, quando de repente ela sai, vestido azul escuro cheio de brilhos, aqueles cachos perfeitos molhados e balançando, seus olhos claros e um sorriso igual ao que eu vi no metrô, abro a porta do carro e vamos ao restaurante.

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⏰ Última atualização: Feb 18, 2018 ⏰

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