Homens maus

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-- Mike. -- El gritou pelo seu nome em meio ao susto. Mike caiu em sua cama, e em seu rosto só avia dor, uma dor imensa. -- Mike. -- Vou sua camisa branca encharcar de sangue, uma grande mancha vermelha, com um buraco de tiro. Mike já começava a apagar, mas antes pode ouvi-lo sussurrar:
-- Atrás de você.
El então se virou rapidamente para onde tinha vindo o tiro e levou um susto com o que viu. Um cara alto com o rosto coberto pelo capacete e um uniforme que El conhecia muito bem, o mesmo uniformes dos caras maus...Eram um dos caras maus que El sempre temeu, e que Mike sempre prometeu protege-la.
-- Quem você? -- Perguntou com medo e raiva, até mesmo derramava lágrimas.
-- Seu pior pesadelo. -- O voz era grossa e desconhecida. O cara mau começou a se aproximar e El para se defender tentou usar seus poderes, mas antes conseguisse ouviu outro disparo, mas baixo que o primeiro. El então começou a sentir-se fraca, e usar os poderes era impossível.
-- Mike. -- Sussurrou seu nome, quase apagando. Sua visão começava a ficar turva, e logo já não tinha mais consciência de nada.
-- Não se preocupe, vou cuidar da sua namoradinha. -- O cara sussurrou no ouvido de Mike que estava pouco consciente, mas que com certeza ouviu, até mesmo soltou um gemido como se quisesse dizer algo.

(...)

Mike acordava algumas vezes, mas logo apagava. Quando abria seus olhos via várias luzes, sirenes, e ouvia muito barulho não identificáveis. Conseguiu sussurrar algumas palavras, em meio ao seus apagões, e todas elas eram chamando por sua El. Mike ainda não tinha entendido o que aconteceu com El ou com si mesmo. Só lembrava de estar aos beijos com sua namorada e de repente um barulho muito alto e depois foi tomado por uma dor imensa. Era uma dor agoniante, uma dor insuportável que nem sequer conseguia manter seu corpo em pé, apenas desabou. Mas essa não foi a pior dor da noite, a pior foi ouvir El gritar seu nome desesperada e tinha certeza que ela chorava, Mike odiava ser um motivo para tirar lágrimas suas. E depois a segunda maior dor foi ver que El estava em perigo, ele prometeu que isso nunca iria acontecer, prometeu que os homens maus nunca a machucaria. A culpa doía mais que tudo, então se ele levou um tiro nesse noite, a dor de quebrar uma promessa pra El doía mais que uma bala no meio das costelas.
Apagou novamente, e dessa vez quando acordou já estava no hospital sendo levado às presas em uma maca. Várias vozes mais não entendia nenhuma delas, apenas uma, a que parecia ser de Hopper, logo percebeu que ele segurava forte em seu braço e disse:
-- Eu vou trazer ela de volta, garoto, não se preocupe. -- Ouviu não o deixava tão bem como Hopper pretendia, era Mike que devia fazer isso, era Mike que devia proteger sua El e a manter segura, mas não podia, não conseguia nem ao menos mexer, não conseguia mexer um músculo de seu corpo, como faria pra trazer-la de volta? Mike sentia novamente que a estava decepcionando.
Hoje Mike se deu conta que todos os seus pesadelos de perder El, de só ouvi-la gritar pelo seu nome e não poder ajudá-la. Hoje os pesadelos de Mike se tornaram reais.
Mike apagou novamente, sabendo que só acordaria horas depois, mas até lá Esperava que Hopper fizesse algo, já que Mike não podia, Hopper era a única opção.

(...)

Um dor imensa no braço, e sensação de que não podia se mexer. El então começou a abrir os olhos devagar sentindo suas pálpebras passarem, quando sua visão turva voltou ao normal, percebeu que estavam eu uma sala pouco iluminada, as paredes eram feitas de metal, e tinha apenas a cama em que estava deitada, um colchão velho e duro que nem lençóis tinha. Quando tentou mover seus braços não conseguiu, estavam acorrentados como algemas que estavam tão apertadas que marcavam seus pulsos.
-- Mike. -- El gritou pelo seu nome mesmo sabendo que era impossível dele estar lá para ouvi-la, mas estava com tanto medo, e Mike sempre seria a pessoa que procuraria quando estivesse com medo, porque de alguma forma ele tinha o poder de fazer o medo ir embora. El tentou usar seus poderes para quebrar as correntes, mas não funcionava, só se sentia mais fraca tentando isso, mas nada de funcionar.
El então começou a chorar de repente pelo medo de quem a tinha sequestrado, e por Mike. A última vez que o vou estava com tanta dor e havia tanto sangue, El estava com medo de perdê-la. Se ele morresse o que lhe restaria? Ele era o único que a entendia e mesmo que ela parecesse um mostro para todos os outros, Mike pensaria o contrário, é sempre veria o melhor dela, e sempre a trataria como uma pessoa normal...Sempre a trataria com amor como ninguém nunca a tratou, se o perdesse estaria sozinha e a vida não faria mais sentido...El não teria mais motivos para viver.
De repente a porta se abriu, a assustando.
-- Só pra avisar que não vou te machucar. -- Aquela voz grossa soou. -- Quero dizer, se você for boazinha e não me der motivos para te machucar vai ficar tudo bem. -- O cara então ascendeu as luzes deixnado tudo claro até demais, tanto que a luz incomodava os olhos. El deu uma boa olhada em seu rosto mais não reconheceu em nenhum lugar. Com o tamanho da cicatriz em seu rosto que até merecia que tinha sido mordido pelo um urso bem na bochecha, com certeza se lembraria dele. -- Já teve ter reparado nela né? -- Apontou para a cicatriz. -- É, quando aqueles bichos evadiram o laboratório eu não tinha para onde fugir, e quando menos esperava um deles me atacou, tive sorte, eu podia estar morto. -- O cara se sentou na beira da cama, e El apenas o olhava fixo sem desviar o olhar e sem pronunciar uma palavra. -- Agora, vamos conversar garota, vou te contar porque está aqui...

Continua...

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