CAPÍTULO IV

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Estava tendo um sonho descomplexado quando escultei a voz da Maria me chamando. Ela me sacudia sem o mínimo de delicadeza.
Grunhir, cobrindo a cabeça com o as cobertas.
Não queria mesmo acordar agora; aquela cama estava tão quentinha e macia...

__ Maria__ choraminguei__ você não perde essa mania...

__ Já dormiu muito! Anda, acorda!

__ Acho que já acordei, mas estou mais do quê disposta à enverter o quadro.

Escutei Maria bufar, exasperada.

__ Então levanta!

__ Não.

Minha Adorável amiga, podia ser tão irritante as vezes!

__Vamo, Fê! Quero te apresentar uns amigos meus. Você vai adora-los!

Tirei as cobertas do meu rosto num sobressalto.

__ Tá falando sério? Meu, eu não vou receber ninguém de cara inchada!

__ Para, vai! Não sei como você pode reclamar da sua cara! É tão linda que até dói! Vamos, chega de preguiça, se não, vou trazê-los aqui no quarto!

__ Quer morrer, sua chata?

Ela riu.

__ Senti tanta saudades de você!__ confessou, me abraçando, pulando em cima de mim.

__ Tá, eu também. Mas tenho que dizer que está me sufocando!

__ Ha! Foi mal!

Rimos as duas, enquanto ela me largava e eu levantava.

__ Então, eu vou deixar você se trocar, mas não demora, em!

Revirei os olhos.

__ Até parece que eu me chamo Maria Eduarda!

Ela deu-me a língua. Um hábito que eu também havia adquirido nos anos em que fizemos faculdade juntas.
Quando ela fechou a porta, peguei meu celular e mandei mensagem pra minha mãe dizendo que cheguei bem e que amanhã ligaria, fui até o banheiro fazer o que tinha que ser feito, escovei os dentes, lavei o rosto e tentei dar um jeito nos meus cachos, pois dormi com eles molhados, o que resultou em um emaranhado de fios rebeldes.
Minha mãe vivia pegando no meu pé, por conta dos meus cabelos, dizendo que eu tinha cachos lindos e devia cuidar melhor deles.
Sorri, saudosa.
Mãe.
Bem, definitivamente, era bom se eu a tivesse escutado.
Mexi na cabeleira de todas as formas que me veio na cabeça. Só havia um jeito. Recorrer para um coque.
E foi o que fiz.
Coloquei uma bermuda azul clara, camiseta sinza e sapatêniz azul marinho.
Esfumei os olhos, passei rímel, pó e um pouco de gloss.
Perfume, relógio, celular... Ótimo. Pronto; agora me sinto apresentável.
Ao entrar na sala, fiquei surpresa.
Não era apenas um ou dois amigos que estavam na sala. Eram mais ou menos 7 pessoas desconhecidas que, agora, olhavam para mim, com expectativa.

__ Olá... __ cumprimentei-os.
Uns responderam-me com um "oi" outros com "boa noite", mas as expressões foram variando em seus rostos.
Alguns, curiosos, outro interessados e uma menina loira, de estatura mediana e olhos azuis claro,  especulativa.

Maria deu pulinhos.

__ Gente, essa é a Fernanda. Minha amiga de São Paulo. Agente já é amiga alguns anos. Fê, vem__ ela puxou-me pela mão para seu lado, para o centro da sala grande__ amiga, esse feio aqui, é o Guilherme. Agente se conhece desde quando éramos pirralhos.

Ela apontou para um homem bonito de cabelos e olhos castanhos claros, devia ter 1,75 de altura... Mais ou menos isso, seu sorriso era muitos charmoso. Eu até o acharia lindo, mas seu nariz era desproporcionalmente grande para seu rosto quadrado.
Ele se levantou e me deu dois beijos em ambas as partes do rosto.

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⏰ Última atualização: Feb 21, 2018 ⏰

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