Ballerina • H.S

Capitulo 13 •Parte 1

— Harry,minha irmã está sumida,não acho que seja um bom momento pra sair! - seus olhos permaneceram em meu rosto,observando os meus traços e antes de eu terminar minha frase suas esmeraldas descansaram em meus lábios falantes.

— Ficar em casa não adiantará nada,não é? - ainda concentrado em minha boca,ele disse como se fosse algo óbvio,talvez fosse,mas não o daria o prazer da vitória. Ele não poderia chegar em casa dizendo que temos um encontro sem ao menos questionar minha disponibilidade,então me mantive firme em minha posição.
— Preciso ficar com meus pais,me desculpe. - comecei e com as mãos em seu peito,tentei distanciar seu corpo do meu,mas a tentativa foi constrangedoramente mal sucedida,quando mesmo eu fazendo força,seu corpo não se móvel.

— Se quando chegarmos,ela ainda não tiver aparecido,eu ajudo a encontrar. Posso conversar com algumas pessoas que conheço... - a sobrancelha castanha de Harry arqueou-se,e seu sorriso aumentou ao ver minha expressão de convicção mudar para uma aparente de dúvida e hesitação. — Eu prometo... - apertou mais minha cintura, e o lugar o qual pressionava esquentou sob o fino tecido do pijama ilustrado de gatinhos infantis.

Pigarrei antes de me concentrar no momento e finalmente conseguir voltar a falar. — Tá... Só- pigarreei novamente conseguindo me distanciar de seu corpo quente,procurando meus raciocínios perdidos,no chão da sala. – só espera aqui enquanto eu me troco. Eu - falei e arrumei meu fios atrás da minha orelha,que queimava assim como minha cintura. - Eu já volto.

Corri,subindo a escada de dois em dois degraus até chegar a porta do meu quarto. Não pude deixar de olhar a porta do quarto dos meus pais,mas sem saber bem o que fazer adentrei o meu,sendo acolhida pelo quente acolhedor do meu cantinho.

Caminhei até a janela a abrindo para ver como o tempo se encontrava. Frio,como sempre e chuvoso também. Arranquei o pijama no meio do quarto e corri para o banheiro sendo arrebatada pelo frio que vinha da janela. Com um rápido banho,sai me trocando rapidamente,colocando um sobretudo,botas,e luvas, o traje de uma original Londrina. De cara limpa,apenas usando o meu perfume preferido,deixei meu quarto e desci para o andar inferior,avistando um Harry concentrado nos pequenos quadros que decoravam a pequena estante sob a TV. Ao notar a minha presença,ele virou-se e sorriu ao ver minha figura bem agasalhada. Caminhei até ele e meus olhos descansaram na foto a qual ele antes observava. Uma fotografia minha,de Corine e Bella, estávamos posando para a foto,no dia qual havíamos ido para a Escócia,passar a ano novo na casa da nossa tia avó,Margaret.

— Suas irmãs? - ele perguntou em um sussurro,como se não quisesse incomodar as criaturas que posavam sorridentes na fotografia.

— Sim. - sussurrei assim como ele observando as três meninas sorridentes. Três morenas,todas exibindo sorrisos verdadeiros,o meu com uma grande janela causada pela falta de dentes. Corine,com os pequenos dentes repletos de sorvete de chocolate e Bella,sendo a mais velha,ria da cena das duas crianças que brincavam na hora da fotografia.

— esta é Corine...- apontei para a menina que desde pequena já exibia grandes fios negros e reluzentes. — E está...- o nome de Bella ficou entalado em minha garganta, e precisei de um tempo para poder conseguir dizer o nome da moça que tanto me trazia alegria e tristeza. — Esta é Bella...

— Eu sinto muito. - os dedos de Harry seguraram os meus que involuntariamente ainda apontavam para o rosto da moça,pressionando- os contra os seus dedos quentes,ele disse sinceramente,notando a minha emoção ao falar sobre a moça. — Eu sinto muito,Allyce.
Seus dedos pressionaram mais os meus e em seguida os levou até seus lábios depositando um demorado beijo sobre os dedos ossudos.
— Eu sei... - falei suavemente observando o rosto do moço prostrado sobre minha mão gelada. Sorri quando seus olhos prenderam os meus e após se levantar retomando sua postura,ele sorriu e em seguida depositou mais um beijo ,porém, desta vem em minha testa fazendo-me aspirar seu cheiro inebriante.