Eu andava pelos corredores do segundo andar, da casa da Pamela sem que tivesse pedido permissão ou fosse anunciada. Eu praticamente tinha sido criada naquela casa. Por um erro de cálculo, eu nasci na casa errada. Ou a Pam foi quem nasceu na casa errada. Difícil dizer. Éramos vizinhas desde sempre. E mais que apenas vizinhas, éramos primas, melhores amigas, confidentes, quase irmãs. Como eu disse, um erro de cálculo.Parei em frente a porta do seu quarto e sem bater abri uma fresta e enfiei a cabeça para dentro do ambiente em tons pastéis. Pamela estava deitada em sua cama enorme, meticulosamente arrumada, pela empregada, claro! Ela não teria toda essa habilidade e cuidado. Pam não notou a minha chegada. Ela estava distraída com os fones de ouvido nas orelhas que, se eu a conheço bem, e sim, eu a conheço, estavam do último volume. Pamela estava de vestidinho e com as pernas cruzadas balançava o pé no ritmo da música em seus ouvidos. Em suas mãos uma revista sobre moda completava sua distração.
Entrei no quarto agradecida pelo ar condicionado ligado. Era dezembro e estava bem calor. O que em Canoas queria dizer, a visão do inferno. Quando me aproximei, ela me notou e sorriu alegremente. Me joguei ao seu lado deitando em sua cama de princesa. Nossos cabelos se misturaram em uma confusão loira sobre a colcha bege. Até certo ponto, éramos parecidas fisicamente. Cabelos loiros ondulados, embora os meus fossem mais curtos, na altura dos seios, e os dela chegassem à cintura. Tínhamos a pele muito branquinha. Qualquer sol nos deixava avermelhadas. Nossos olhos eram azuis, mas os meus contavam com o auxílio de óculos de grau para desempenhar sua total função. Eu não sou ninguém sem meus óculos, ou lentes de contato em caso de festas. Mas nossas semelhanças acabavam por aí. Pam tinha 1,68 metros de altura. Eu era cinco centímetros mais baixa. Eu tinha o corpo estilo mignon. Já Pam era gordinha. Estilo ampulheta, com seios fartos e quadris largos.
O engraçado é que embora, por exigência da sociedade, meu corpo estivesse mais próximo do padrão de beleza estabelecido por eles, de nós duas, Pam era quem mais se sentia confortável com seu corpo. Ela não tinha nenhum problema com seus quilinhos a mais. Já eu, desejava uns quilos para quem sabe ter um corpo menos parecido com o de uma adolescente, coisa que eu já não era mais.
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