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Hora de voltar para o hotel e chamar um táxi. Provavelmente quando eu chegar à casa dos Bartholy já terá anoitecido.

Eu Tiro minha mala do porta-malas, pago o táxi e fico parada por um momento observando o carro ir embora.

Assim que eu passo pelos portões noto a impressionante propriedade. Definitiva eu não esperava por isso!

Uma imponente Mansão em um imenso terreno se ergue diante de mim.

Deve ser bacana morar num lugar que parece um palácio! Parece até com uma mansão de contos de fadas. É até melhor do que aquelS mansões de Hollywood.

De repente o vento bate sacodindo as folhas das árvores. Não é muito animador.

O barulho da água na fonte adiciona um toque assustador a já pesada atmosfera.

(Ahm... Nem estou com medo viu!)

Eu sinto um arrepio e olho por cima do ombro. O jardim está submerso na escuridão, eu mal posso ver meus próprios pés. Eu procuro na minha bolsa pelo meu celular.

Eu disco o número dos Bartholy e ouço o telefone chamar.

(Vai atende, sejam bonzinhos, atenda o telefone!)

Eu tento diversas vezes e nada.

Quando eu olho para o céu noto uma enorme nuvem preta encobrindo a lua, e quase morro de susto quando ouço um lobo uivando a distância.

Tudo bem, eu estou com medo! Eu posso sentir uma força sobrenatural aqui. É esquisito...

Eu desligo o telefone, e caminho em direção a casa, guiada pelas luzes das janelas.

Se continuar assim, minha imaginação e eu vamos sair correndo daqui rapidinho. Essas coisas esquisitas são combustível para minha imaginação fértil.

Eu seguro no corrimão da magnífica escada de pedra que nos leva à porta de entrada e enquanto eu subo, tenho a estranha impressão de que estou sendo observada.

Eu acho que vejo alguma coisa brilhando...

Não pode ser, estou imaginando coisas.

Uma vez no topo da escada, eu tento me acalmar. De repente ouço un barulho estridente, que me assusta ainda mais. Então eu me viro.

(Tem alguém me seguindo?)

Eu não consigo ver ninguém. Apenas eu e minha sombra. Eu me aproximo e ergo minha mão para bater na porta, mas sinto um novo calafrio, que me faz hesitar.

O que é isso? Não tem campainha, apenas uma aldrava em formato de gárgula de metal com um aro em sua boca.

(Parece até que os donos desta casa estão em um tenebroso folclore. Acordem, nós estamos em 2018, não na idade média.)

Respirando fundo eu pego a aldrava e Bato três vezes. O som parece ecoar pelas paredes.

Depois de alguns minutos esperando eu me sinto uma tonta, e avanço para bater novamente a porta.

Sem necessidade... A porta se abre me fazendo dar um pulo. De repente eu me encontro diante de um magnético par de olhos amendoados.

Eu não o conheço, eu nunca o vi antes, mas há algo nele que me fascina.

(E me intimida!)



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