TALVEZ NADA SEJA O QUE PARECE

8. Só Percebi Que Sou Boa Demais Para Gastar Meu Tempo Com Detenção.

[Boa Leitura!]

Os dias foram se passando, e finalmente, o médico me deu alta.

— E então, como se sente? — Perguntou Noah.

Agora eu e Noah estávamos no carro (nem me pergunte de quem), e ele me conduzia até a minha casa (ainda tenho pesadelos com a morte de meus pais ali).

— Maravilhosa, meus pais morreram, tenho um irmão para criar, sofri uma tentativa de assassinato, e serei uma inválida por pelo menos mais dois meses. Estou realmente perfeita! — Falei sarcasticamente.

— Nossa, eu só queria ajudar. — Se desculpou.

Agora eu estava me sentindo culpada.

— Desculpe Noah, não foi minha intenção ser grossa, mas estou muito sobrecarregada, ainda estou tentando entender todas as coisas malucas que estão acontecendo. Até três meses atrás, minha maior preocupação era uma patricinha/comedora de criancinhas, e a implicância da minha mãe com a minha roupa. E agora, sou legalmente responsável por uma casa, pelas contas dela, e pelo meu irmão. Meus pais morreram, eu sou a reencarnação de um rei demônio lunático e como se não bastasse, tem alguém por aí tentando me matar. Eu realmente não estou bem. — Expliquei tudo se pausas para respirar, por isso tive que tomar um grande fôlego depois.

Noah suspirou.

— Eu sei, eu sei, foi muito idiota da minha parte perguntar. — Disse ele.

Coloquei minha mão em seu ombro, tentando consola-lo.

— Eu sei que você só quer ajudar. E eu não saberia o que fazer se não fosse você. — Falei gentilmente.

Ele não disse nada, e o resto da viagem foi em silêncio.

Chegamos em cada e Nicolas saiu de casa, correndo até mim e quase me derrubando ao me abraçar.

— Opa, vai com calma garotão, sua irmã ainda não está completamente boa. — Repreendeu Noah amigavelmente.

Nicolas se afastou de mim, sem geito, e murmurou um “ desculpe ”.

— Ora, deixe o garoto! Eu estou com uma perna quebrada, mas não sou uma moribunda! — Ralhei com Noah.

Nicolas soltou uma risada baixa vendo Noah tomar uma mini-bronca minha.

Entramos em casa enquanto eu ouvi Nicolas falar de como foi a escola.

Estranhamente, ele não parecia se lembrar de nossos pais.

Fiz uma nota mental de perguntar sobre isso mais tarde quando estiver sozinha com Noah.

Então... Acho que esqueci de contar que depois do "acidente" Noah decidiu que moraria conosco.

Bom, eu que não vou negar proteção.

Não importa o que o Noah fala sobre eu ser poderosa e bla-bla-bla,  enquanto eu não souber como desencadear todo esse "maravilhoso poder", eu vou precisar de toda a segurança possível.

A única coisa que eu não gosto é que terei que ir para a escola, e sinceramente?

Não tô com cabeça pra isso não.

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-— ESTÁ NA HORA DE LEVANTAR! VAMOS ACORDAR, TRIX, LEVANTA DESSA PORRA, NICOLAS, VAI ESCOVAR ESSES DENTES, QUE TÔ SENTINDO O CHEIRO DAQUI... BEATTRIX, E JA MANDEI VOCÊ LEVANTAR DESTA MERDA DESSA CAMA! — Berrava Noah, mais parecendo uma doido desvairado do que meu amigo.