Vida ou Morte

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    Depois de se beijarem, Gabriela e Bruno voltam ao cômodo onde a menina sempre estava presente, e o homem encontra um papel no livro da namorada.

-Valorize, e procure amar quem está do seu lado. Não deixe de amar, pois o amor é o sustento da vida, e a vida... é o sustento de cada um. Fala Bruno lendo o papel.

-Quem escreveu isso? Pergunta Bruno sorrindo.

-Eu... Quando estava em um dos piores momentos da minha vida. Responde Gabriela.

-Me desculpe te fazer lembrar esses momentos, mas, que momento foi esse que te fez escrever algo tão puro e verdadeiro? Pergunta Bruno.

-Quando eu descobri o câncer! Responde Gabriela.

-Ah... Eu sei que isso é muito delicado pra você meu amor, desculpa ter te perguntado! Fala Bruno abraçando Gabriela.

-Tá tudo bem, eu já superei isso. Apesar de ás vezes achar que não tenho cura, sei que posso alcançá-la. Diz Gabriela dando um meio sorriso.

-Você vai alcançá-la! Eu sei que vai! Fala Bruno sorrindo.

-Hum, isso me lembra uma história. Diz Gabriela pensativa.

-Sobre? Pergunta Bruno.

-Sobre um amigo que conheci no hospital! Responde Gabriela.

-Amigo? Eu quero saber mais! Fala Bruno com ciúmes.

    Gabriela ri quando percebe a cara de ciumento de Bruno.

-Promete que não vai questionar as palavras que eu vou usar? Pergunta Gabriela.

-Prometo! Responde Bruno.

-Então... Tudo começou um ano atrás, na época que descobri meu câncer. Eu fiquei muito depressiva, e o mais esquisito, é que ficava bem melhor escrevendo e lendo. Fala Gabriela.
-Eu não queria me tratar, mas meus pais acabaram me convencendo de ir ao hospital! Quando eu cheguei lá, vi uma ala para pacientes que sofriam de câncer.
-A minha mãe entrou comigo na ala, e enquanto eu andava para minha maca, via várias crianças e uns dois adolescentes desacordados. Enquanto eles dormiam, enfermeiras lhe aplicavam enjeções.
-Então eu cheguei na minha maca e me deitei. No outro dia, tinha um menino me observando dormir. Eu olhava pra ele, e ele olhava pra mim com um olhar de encanto. Até que eu decidi falar com ele, e nós dois fomos conversando até mais tarde.
-Depois de alguns meses no hospital, o garoto, que se chamava Téo, iria passar por uma cirúrgia, arriscada. Antes dele ir, me fez um pedido o qual eu nunca me esqueçi.

-Pera, pera, pera... Não é o que eu tô pensando né? Pergunta Bruno.

-Ele me pediu em namoro, e eu não gostava dele da mesma maneira que ele gostava de mim. Eu fiquei de dar a resposta no outro dia, mas... Responde Gabriela.

-O que houve? Pergunta Bruno.

-Eu não sabia que não iria vê-lo no outro dia e... nem nunca. Responde Gabriela chorando.

-Eu sinto muito! Fala Bruno abraçando Gabriela.

-Eu também Bruno, ele não merecia morrer. Fala Gabriela limpando as lágrimas.

-Olha pra mim: você vai conseguir vencer tudo isso, porque eu tô com você! Diz Bruno.

-Obrigada por estar do meu lado. Fala Gabriela dando um meio sorriso.

            NA EMPRESA DE PAULO:

-Como assim? Perfurar? Pergunta Paulo enquanto olha o seu notbook.
-Não pode ser! O Bruno não vai sair vivo dessa, porque eu não vou deixar!

    Paulo fala com Felipe através dos rádios e os dois planejam a morte de Bruno.

                     NO EDÍFICIO:

    Anoitece, e todos vão comer. Felipe enrola Bruno e o leva até um canto isolado. O rapaz chega por trás de Bruno e se prepara para matá-lo lhe apontando uma faca. Até que Gabriela e Fernanda chegam na hora.

-O que é isso? Pergunta Fernanda.

-Felipe, porque você está com essa faca apontada para o Bruno? Pergunta Gabriela.

-Sinto muito em dizer, mas... Eu cansei de bancar o bom com todos vocês. Responde Felipe.

-Como assim? Pergunta Fernanda.

    Naquela noite, os bombeiros tentariam mais uma busca no edíficio destruído. Perfurariam e tirariam todos que estivessem vivos lá dentro.
    Todos no edíficio escutam barulhos e enxergam luzes vindas de longe.

-Que barulho é esse? Pergunta seu Marcos.

-São vozes! Responde Rafael.

-Tem alguém aí? Pergunta uma voz.

    Todos dão sinal de vida e são resgatados.

-Mas perai, cadê o Bruno a Fernanda e a Gabriela? Pergunta seu Marcos.

-Eu vi o Felipe e o Bruno indo ali! Responde Lucas indo até o cômodo onde os três estavam.

    Todos chegam no cômodo e presenciam a cena: Felipe estava com uma faca apontada para Bruno.

-O que você tá fazendo? Pergunta seu Marcos.

-Eu vou acabar com ele! Responde Felipe.

    Policiais são chamados e tentam parar Felipe, que coloca Bruno entre a vida e a morte. De repente, um policial solta o gatilho da arma e um tiro é ouvido...

                    CONTINUA...

15 Dias e uma amizade coloridaOnde histórias criam vida. Descubra agora