A Love By Accident. (Imagine Min Yoongi)

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— Onde você esteve nesse tempo todo, meu anjinho? Me diga o que aconteceu?

— T-tem como você me encontrar em algum lugar e me levar pra longe de Chung, eu te imploro. Eu... preciso de ajuda!

Eu sempre pude contar com Hyolyn, desde quando a conheci. Ela sempre me dizia para não acreditar em meninos bonzinhos, pois eles podem ter um lado obscuro. Eu sempre ria, mas só depois do que Chung fez que eu fui a entender.

Ela estava desesperada durante a ligação e eu impossibilitada de falar pelo choro. O rapaz ao meu lado me olhava sem entender nada e preocupado, iria continuar sem entender.

Marcamos de nós encontrar no parque de Seul amanhã, pois ela estava nos Estados Unidos e voltaria amanhã para me ajudar. Ela disse que iria me hospedar em seu apartamento.

Depois de alguns longos minutos conversando, ela desliga e eu entro novamente em um choro pesado. Ele continuava me olhando de lado, agora com a cabeça baixa, provavelmente pensando em o que dizer ou fazer.

— Eu vou pegar água pra você. — ele se levanta e vai até a cozinha depois volta com o copo em mãos. Ele me entrega e eu bebo tudo colocando o copo no centro da sala. — É... se você quiser, pode ficar aqui até amanhã quando for ver sua amiga. — ele se senta ao meu lado e levanta a mão na intenção de acariciar meu cabelo mas logo abaixa.

— Obrigada por ter me abrigado aqui. Eu espero poder retribuir esse favor algum dia. — digo parando de chorar. O olho e seu olhar havia ficado triste.

— Você quer me dizer o que aconteceu pra você fugir ontem? — ele se levanta e volta a agir rude. Nego com a cabeça suspirando. — Então tá. — ele sobe.

Abraço meus joelhos no sofá e começo a repensar sobre minha vida e os últimos dois dias.

Minha vida deu uma reviravolta um tanto louca. Eu tomei coragem de sair daquela casa, eu finalmente me livrei de Chung, aquele monstro. Eu consegui conversar com a minha melhor amiga depois de dois anos, eu consegui... mas isso não era a parte maia feliz da história. Eu conheci sete pessoas que cuidaram de mim, uma em especial, e não queria me afastar delas, afinal, precisava retribuir. Mas não as conheço.

A porta é aberta revelando os seis garotos. Eles me cumprimentam e se sentam nos sofás.

Eles iniciam um assunto mas logo param percebendo que a casa deles já não estava um caos, estava organizada.

— Foi você? — um rapaz de sorriso quadrado pergunta. Concordo com a cabeça e eles logo começam a agradecer e observar a arrumação que a casa precisava.

Todos pareciam cansados e famintos, então me encarreguei de fazer a janta deles.

Já se passavam das onze da noite quando eles terminaram de comer. Já havíamos nos familiarizados e falado sobre várias coisas. O tal Yoongi, como os meninos o chamam, não desceu para comer nem para saber se os meninos estavam em casa.

— E o rapaz lá em cima? Ele é assim mesmo? — pergunto dando um gole no café.

— Ele é assim. Mas ele é bem legal. Agora deve estar trabalhando em alguma música, ou até mesmo dormindo. — diz RM. ㅡ Ele já foi mais festivo, mas depois ele ficou assim, há uma longa história por trás, melhor nem comentar.

— Entendi... ele não costuma demonstrar carinho?

— Raramente, mas sim. Geralmente, é a gente quem lhe dá carinho, mas demora pra ser retribuído. — diz Jhope.

O papo ficava mais interessante e eu estava me apegando tanto a eles. Faz tempo que eu não converso assim com alguém.

— O que vocês fazem? Digo, com o que trabalham? — pergunto.

— Nós somos cantores de um grupo de kpop, BTS! — Jimin disse sorrindo. — E S/N, o que faz?

Eu não sei o que responder. Nunca fiz nada da vida além do ensino fundamental e médio.

— Eu... eu nunca fiz nada.

— Todos nós contamos sobre nossas vidas pra você. Conte sobre a sua para nós! — disse Jin me fazendo suspirar.

Eu inventei uma história muito diferente a eles, que os fizeram acreditar em cada palavra que saia de minha boca.

— Woow! Você é mesmo uma guerreira! — Jimin disse fazendo todos aplaudirem.

— Parece que temos um observador entre nós. — Tae disse olhando para a escada, a figura ali nos olha e revira os olhos.

— Só estou aqui porque... porque eu terminei de escrever a música, só isso! — ele levanta e vai até a cozinha. Volta para sala e se apoia na parede. — Tentei dormir, mas vocês estavam fazendo escândalo. — ele diz sério olhando para seu celular.

— Meninos, vão dormir. Vocês parecem exaustos. — digo e eles se levantam. Eles dão boa noite e sobem, mas ele ainda permanece. — Não vai dormir?

— Não, eu to sem sono. Quer assistir algum filme?

— Quero, também estou sem sono. — ele sobe e volta com um cobertor. Liga em algum filme e se deita no outro sofá. A chuva caia lá fora e o frio invadia a grande sala.

O olho e ele revira os olhos se levantando se sentando ao meu lado. Ele enrola nossos corpos e abraça seus joelhos.

Depois de um tempo, sua cabeça cai em meu ombro mostrando a figura adormecida, num sono profundo.

Que folgado!

Bufo me levantando e o ajeito no sofá. Logo depois me deito com a cabeça em suas coxas. Nos enrolo e pego no sono