— Camila, você é muito nova para se tornar mãe! Pelo amor de Deus, você nem terminou os estudos ainda. — Dinah falava mostrando o quão irritada estava. Ela poderia ser facilmente considerada a minha mãe, porque apesar de estar sempre comigo, não ficava passando a mão em minha cabeça o tempo todo.
— Calma, amor — Normani disse enquanto Dinah andava de um lado para o outro.
— Dinah, ninguém disse que ela está grávida. Para com as paranoias! — Eu disse.
— Se ela não está grávida, por que desmaiou então? Me poupe, Camila. Eu te conheço o suficiente para saber que você esqueceria a camisinha fácil.
— Já deixei de usar sim, mas não era período fértil, e a única vez que era, ela tomou a pílula. Então me poupe desse sermão desnecessário.
— Desnecessário? — Ela negou com a cabeça — Se aquele médico sair daquele quarto falando que ela está grávida, eu te mato, Camila!
— Tá bom, mamãe. Agora sossega. — Revirei os olhos.
Eu estava tentando me manter calma, mas só de pensar na possibilidade de Lauren estar grávida, já sentia um nó se formar em minha garganta.
Um filho é sempre bom, mas não agora. Ainda não estava tudo bem entre nós e meu pai, nós não estávamos estabilizadas. E ainda éramos novas para ter um filho.
Eu balançava as pernas desesperadamente, rezando para que aquele médico saísse do quarto dizendo que estava tudo bem, e que não tinha um bebê.
Alguns minutos de tortura depois, ele finalmente saiu e eu me levantei rapidamente indo até ele.
— Ela está bem. O desmaio foi causado pela falta de alimento, hoje ela não se alimentou nada? — Ele perguntou.
— Não, doutor. — Olhei para Normani que também negou com a cabeça.
Nós havíamos transado até a hora que ela saiu com a Normani, ela disse que comeria no shopping, mas pelo jeito não comeu. Por que?
— Ela não pode deixar de comer. Nós precisamos nos alimentar bem, todos os dias.
— Eu sei disso doutor, ela disse que comeria no shopping com a Normani, mas pelo jeito não comeu. E os vômitos?
— Foi por causa da mistura de álcool.
— Então ela não está grávida? — Perguntei.
— Não. Sinto muito.
— Tudo bem — Sorri.
— Você poderá ir vê-la agora se quiser. — Eu assenti com a cabeça — Me acompanhem, por favor.
Nós o seguimos até o quarto onde Lauren estava, quando entramos ela estava encostada na cabeceira da cama. Quando me viu ela deu um pequeno sorriso e eu neguei com a cabeça.
— Nunca mais me assuste assim, viu? — Eu disse enquanto me aproximava dela.
— Farei o possível — Ela falava baixinho — Minha cabeça tá doendo, amor. — Ela fez careta.
— Também, né. Para que misturar, Lo? — Beijei o topo de sua cabeça.
— Ah, amor. Eu já misturei antes e isso nunca aconteceu.
— Mas hoje você exagerou, Lauren — Normani falou.
— Vocês duas me assustaram — Dinah disse.
— Por que? — Lauren a olhou confusa e eu revirei os olhos.
— Pensei que você estava grávida.
— Ouvi um puta sermão por causa disso — Resmunguei.
— Dinah, eu entendo sua preocupação, mas não precisa de tanto. Não somos crianças — Lauren disse enquanto massageava sua têmpora.
— Bem, nós vamos embora agora porque daqui há três horas eu preciso ir conversar com o meu advogado sobre meus pais — Normani fez careta.
— Boa sorte — Eu e Lauren dissemos juntas.
Normani sorriu e foi até Lauren e deu um beijo em sua testa, Dinah apenas acenou antes de abrir a porta e elas saíram.
— Você ficou medo de eu estar grávida? — Lauren perguntou assim que Dinah fechou a porta, ela foi para o lado da cama deixando um espaço para que eu deitasse ao seu lado e assim eu fiz.
— Não posso negar que o cu deu aquela trancada — Fiz careta e ela gargalhou.
— Mas você sabia que não tinha como eu estar.
— Ah, amor. Nunca se sabe, né. Porém, você me assustou.
— Desculpe, eu não imaginava que iria passar tão mal.
— Contanto que você não me dê esse susto de novo, está tudo bem.
— Prometo — Ela sorriu e selou nossos lábios.
— Agora descansa, vem cá. — Ela deitou em meu peito e eu fiquei acariciando seu cabelo até ela adormecer.
*****
— Eu só preciso tomar um banho e cair na cama, estou exausta. — Lauren disse assim que saímos do carro.
— Isso porque você dormiu.
— Não dormi tão bem, eu acordava o tempo todo. Já você, até roncou. — Ela riu e eu revirei os olhos.
— Eu não ronco! — Bufei.
— Ronca sim! É que você não vê, obviamente — Ela sorriu e me deu um selinho enquanto eu procurava a chave da porta. Assim que abri, nós entramos e ela subiu rapidamente para o andar de cima.
Fui até a cozinha para fazer algo que Lauren pudesse comer, peguei a sanduicheira e preparei um misto quente para Lauren e suco de laranja — seu preferido. Enquanto eu colocava um pouco de suco no copo, alguém bateu na porta.
Corri até a porta e a abri, me surpreendendo.
— Dona Clara, Michael e Taylor? — Arregalei os olhos.
— Olá, Camila! — Clara disse sorrindo e me abraçou.
— Oi! — Sorri. Rezando para que Lauren aparecesse decente.
Eles não sabiam ainda que nós estávamos juntas, e muito menos que ela e meu pai tinham terminado, e eles não precisavam saber de surpresa. Era bem melhor sentarmos e conversarmos.
Cumprimentei Michael rapidamente e Taylor pulou em meu colo me abraçando forte, nós tínhamos criado uma amizade quando ela veio para cá, em pouco tempo eu percebi que eu podia confiar nela para tudo. Até mesmo para o meu segredo mais obscuro na época, que era Lauren.
— Saudades de você, Mila! — Taylor disse e eu sorri.
— Eu também estava com saudades TayTay. Que surpresa boa!
— Nós viemos fazer uma supresa um pouco atrasada, mas o que vale é a intenção — Clara disse sorrindo e eu assenti.
Taylor foi até o sofá e colocou sua bolsa lá e eu fechei a porta, me preparando para pedir licença e avisar Lauren.
— Camz, meu amor, eu estou morrendo de fome. — Lauren gritou e logo pude ouvir ela descendo as escadas.
Merda. Tarde demais, Camila.
— Ai meu Deus! — Ela gritou assim que viu os pais dela. Lauren me olhou assustada e eu respirei fundo. Sentindo que a merda já tinha sido jogada no ventilador.
— Com assim meu amor? — Clara perguntou séria e ficou olhando para nós.
Encarei Taylor que observava tudo assustada e sussurrando vários "fodeu".
Sim, Taylor, fodeu!
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Minha Querida Madrasta
RomanceEu sempre apoiei meu pai para que ele encontrasse alguém que pudesse fazê-lo se sentir feliz novamente, como era com minha mãe. O que eu não esperava era que minha querida madrasta fosse gostosa, linda e tão irresistível. (Camila G!P)