Church

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Quando chegaram ao apartamento de Cris tudo começou a esquentar consideravelmente, Ellie o mordia em quanto Cris a incendiava com suas mãos ágeis que passavam por todo o seu corpo,os beijos e os carinhos eram intensos e molhados os levando ao prazer intenso a cada toque. Logo Cris empurra Ellie contra a parede em quanto a mesma o abraçava com as pernas podendo o sentir,ela amava isso, era quase como uma sensação de poder, Só que infelizmente veio o enjoo.
- Espera,espera! Eu preciso ir ao banheiro.
- O que ?  Agora ??
Ellie o empurra e segue para o que parece ser o banheiro do pequeno,porém luxuoso apartamento.

Após a cena de que mesclava vomito,choro e sono Ellie não estava muito disposta a uma louca noite sexo e quando pediu para Cris pegar água e algum comprimido para ela, Ellie desmaia no sofá. Quando acorda está deitada ao lado do belo jovem e não consegue lembrar de nada que aconteceu,apenas lembrava que a situação estava "caliente" antes de apagar.

A visão que Ellie tinha era a melhor possível as costas de Cris expostas à luz,seu cabelo cor de mel que balançava na brisa da varanda aberta,em quanto a pequena tatuagem de uma árvore com vários ramos ficava em evidência na parte de exterior de seu braço forte e definido. Ele era muito bonito e Ellie se sentia orgulhosa da conquista, a jovem não estava sozinha por falta de opção,ela só era seletiva. E agora ao ver esse delicioso rapaz deitado ao seu lado se ressentia por não lembrar de nada.
- Bom dia.
- Bom dia, você dorme lindamente sabia ?
- É porque eu só consegui pegar no sono uma 7 horas da manhã, você estava roncando muito.
Cris rir e Ellie fica vermelha de tão envergonhada e começa a olhar pesarosos os lados menos pra seus olhos.
- Eu sinto muito, de verdade. Nossa eu estou tão envergonhada. Me diz que eu não fiz algo muito constrangedor ontem.
- Ah,você só vomitou no meu banheiro,chorou muito e depois desmaiou no sofá, aí eu te trouxe pra minha cama.
- Não fizemos nada ?
- Nadinha, infelizmente é claro.
- Eu te agradeço por ter cuidado de mim.
- Olha eu quero ficar com você, não com uma versão sua triste e bêbada.

Os dois se olharam bem forte já na intenção de terminar o que começaram no dia anterior.
-Eu só preciso ir no banheiro rapidinho.
-  A vontade, caso o seu gps de bêbada não esteja funcionando ele fica virando ali na esquerda.
Ellie seguiu e encontrou em escova no lacre e supôs que fosse para uma ocasião como aquela,"esperto",pensou.
Quando voltou olhou o despertador e viu que já beirava 12 horas e seu estômago estava quebrado.
- Eu tenho que ir pra casa.
- Antes almoça comigo.
- Acho que já passamos tempo de mais.
- E eu adorei cada segundo.
Cris deu um sorriso torto e a olhou de cima a baixo, foi quando Ellie notou que ela estava apenas com uma regata que era dele,logo notou que ele a trocou. Seu rosto acendeu como um vulcão.
- Já que insiste.
Quando já está em um restaurante próximo recebe uma ligação de sua mãe,mas não a atende, segue olhando para Cris e não entende como tudo foi tão rápido,apesar de Ellie ser uma liberal não costumava ser assim,tão fácil.
- Você Ainda pretende me ajudar ?
- Claro.
- Por que está fazendo isso ?
- Quando eu tinha 15 anos meu irmão mais novo desapareceu, ele tinha 6 e eu deixei a porta dos fundos aberta. Eu fui um idiota, sai e o deixei só,achei que iria dormir por mais algumas horas. Ele desceu para brincar com o cachorro, achamos o cachorro,mas não achamos o Danny.
- Eu sinto muito. Mas pra onde você havia saído ?
- Estava na casa da vizinha.
O rosto de Ellie novamente ficou vermelho,mas dessa vez não de excitação,mas de uma micro raiva.
- Eu sei o que deve está pensando,você é bem transparente e sim, eu me envergonho disso. Agora eu quero te ajudar não só para tentar amenizar meu sofrimento,mas porque realmente quero ver você bem.
- Obrigada.
Ellie ousou abrir a boca para falar algo,mas sempre que ocorria perdia a coragem,já não se sentia a vontade para conversar. Apesar de querer.
- Você vai chamar a polícia ?
- De hoje não passa.
- Como vai contar pra sua mãe ?
- Ainda não sei,ela vai ficar desesperada.
Terminado o almoço os dois seguiram para a casa de Ellie, a jovem suava frio,odiava decepcionar a mãe,odiava machuca la. Quando olhou para o céu Ellie viu uma fumaça forte e estranhou,pois a região onde morava não era costume queimar lixo ou algo parecido. A jovem morava em um bairro distante perto do mar e por esse motivo a fumaça já estava bastante espalhada e tomava conta de tudo,parecia que estava nevando ou que de alguma forma estavam jogando confete cinza em todo o lugar. Quando finalmente chegaram à frente da casa de Ellie a jovem se depara com uma casa em chamas e com a sua irmã sentada catatônica na escadaria, tudo que conseguiu fazer foi sair do carro correndo quase caindo a cada passo e abraçar Anna e gritar.
- Liga pra polícia, pros bombeiros pro caralho que for!
Quando Cris pega o celular e percebe o barulho dos bombeiros e da polícia segue para aparar Ellie que está aos prantos,em quanto Anna não diz nada,não faz nada. Cris percebe que há algo de muito estranho e logo vê que de fato ela era a moça da madrugada passada. A polícia chama Ellie e Anna,mas apenas Ellie responde e vai até o policial, Anna permanece no mesmo lugar até que os bombeiros a retiram como uma boneca das escadas da frente da casa. Ellie estava assustada e quando os bombeiros chegaram e avisaram que havia um corpo dentro da casa Ellie caiu de joelhos,tudo parecia em câmera lenta e nenhum lágrima caia,mas sua cabeça doía tudo que queria fazer era dormir para esquecer.

Tudo estava cinza e chovia brasas e Ellie não entendia nada mais uma vez e não estava gostando disso se tornar uma rotina. O que iria falar para o seu pai quando chegasse de viagem ? Ellie não conseguia pensar em nada.
- Qual o seu nome e parentesco com a senhora Morgan?-Perguntou o policial.
- Eleonor Sullivan Morgan.
- Nossa, a senhorita tem o nome de sua avó, ela foi minha professora na faculdade de psicologia forense. Eu a vi no caminho para cá, muito triste o que acaba de ocorrer. Sinto muito.
- TTudo bem, mas como...
- A senhorita chegou que horas ao local? - O policial interrompe.
- Não faz mais de 10 minutos.
- A mulher que estava dentro da casa era de fato senhora Morgan ?
- Creio que sim.
- A moça na frente da casa a senhorita conhece ?
- É minha irmã mais velha,Anna.
- Ela estava dentro da casa,você tinha conhecimento disso?
- Não,ela estava desaparecida eu passei esses dias procurando ela.
- A senhorita tem como comprovar ?
- Não.
- Nós vamos ter que leva la, ela não tem documentação e não fala conosco. Ela parece ter se jogado lá de cima.
- Não podem fazer isso! Ela claramente não está em posição de se defender, me deixe acompanha la ??
- A menos que seja formada em direito eu sinto muito,com licença.

Ellie foi até Cris e o abraçou,viu a polícia levar sua irmã, a jovem estava mais confusa do que quando havia chegado ali, o policial disse que viu a sua avó no caminho de sua casa,mas sua avó morreu alguns meses antes de Ellie nascer,por isso Ellie recebeu o nome da matriarca da família. Seria impossível isso acontecer. Foi quando Ellie avistou uma mulher muito elegante com conjunto azul claro e cinza saindo de um conversível muito jovem para a senhora que o conduzia, quando a idosa retirou os óculos escuros ela pode ver os olhos grandes e azuis que atravessaram gerações. O choque foi grande, Ellie a reconheceu de cara apesar de só ter visto fotos de quando ela era mais nova,a senhora não mudou quase nada continuava simples e elegante. Ellie foi se aproximando,sempre nutriu uma curiosidade muito grande sobre sua avó, todos sempre a elogiaram por sua beleza,astúcia e inteligência. Ellie queria ser lembrada assim também, amava sua mãe,mas como todos diziam ela era uma aventureira maleável. Tinha o desejo,mas sempre preferiu a segurança,já Ellie queria arriscar e ter força para concluir seus sonhos. Sua avó, foi uma professora de psicologia forense na universidade onde a mesma iria começar a estudar na próxima semana,a senhora criou seu pai sozinha após seu avô a abandonar por causa de outra mulher. Quando Ellie finalmente chegou ao carro, o que pareceu horas, a a abraçou tão forte era como se tivesse encontrado seu músico favorito.
- Querida eu sinto muito.
- EEu sei vovó... eles levaram a Anna...
- Ellie, Anna morreu a seis meses.Meu amor você está bem ?

O mundo novamente parou de girar.

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Chase Atlantic - Church

Estou prestes a levá-la de volta à Igreja
(De volta à Igreja, querida)
Bem, faça suas confissões, querida, qual é a pior, sim.

Anna Molly : AnnomallyOnde histórias criam vida. Descubra agora