Capítulo 3

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Eu não estava acreditando na imagem que meus olhos captavam e transmitiam para minha mente. Como que meu amigo de anos estava ali, se que eu me lembre, ele estava em outro país viajando com uns amigos fazendo mochilão.

"O que foi?" Perrie perguntou me olhando incrédula.

"Jack, não se lembra de mim?" pergunto para o homem a minha frente. Não era possível que ele havia esquecido de mim, foram muitos anos desde que nós falamos pela última vez, mas ainda assim eu poderia reconhece-lo em qualquer lugar.

Ele me analisou por uns instantes e abriu a boca, como se também não estivesse acreditando no que via, ele me reconheceu e isso era ótimo.

"Margo, meu Deus, você está diferente"

"Sim, eu sei. Estou mais linda, mas continuo a mesma." brinco e me inclino em cima do balcão para o abraçar. Como eu estava com saudades daquele cara. Éramos tão amigos antes dele decidir viajar pelo mundo, que depois disso nosso contato só foi diminuindo, e agora ele estava ali na minha frente, mais bonito que alguns anos atrás.

"Ah, não seja convencida." nos desvencilhamos e ele continuou com o sorriso no rosto. Meu Deus! Como ele realmente estava bonito.

"Oi" Perrie estendeu a mão para cumprimentar Jack. "Ela pode não ter me apresentado, mas faço isso. Sou Perrie, amiga da Margo."

"Perdão. Prazer, sou Jack." Ele estende sua mão pegando a da minha amiga e beijando, ela sorri.

"Não acredito que você voltou e não me procurou. Eu estava com saudades de você." faço uma voz de desapontada.

"Estou vendo que essa conversa vai render, vou ali dançar um pouco." Perrie levantou e seguiu para um grupo de pessoas que estava dançando.

"Eu voltei semana passada, mal cheguei e já sair para procurar emprego, foi aí que encontrei esse lugar." ele levanta a mão fazendo referência ao bar "Pensei em ligar para você, até tentei na verdade, mas só dava na caixa de mensagem."

"Eu tive que mudar de número. Depois do acidente alguns jornais começaram a me ligar, perguntando... a-ah, você sabe" forço um sorriso para ele. Tocar no assunto me incomodava, e me incomodou mais ainda quando as pessoas sem noção me ligavam querendo saber sobre o acidente, e eu estava tão abalada por perder os movimentos da perna que quebrei meu celular.

Jack estende sua mão tocando na minha para me confortar. Na verdade, era confortante ter ele por perto, ele sempre se preocupou comigo, mesmo a gente não estando perto sempre, ele me ligava querendo saber como eu estava e se eu precisava de ajuda. Desde criança nossas famílias eram próximas, e isso só ajudou para a gente virar grandes amigos e ter uma ligação de irmãos. Ele era o irmão mais velho que eu não tinha. E isso ainda se mantinha, eu podia sentir.

"Fico feliz que você tenha voltado, tenho tantas notícias para te falar." digo animada. 

Um homem baixo e com a aparência cansada se aproxima e sussurra no ouvido de Jack. Eu diria que talvez ele fosse chefe daquele lugar, ou um gerente, não sei, mas a careta que meu amigo fazia enquanto o homem falava dizia que ele não estava gostando do que ouvia. Quando o homem termina de falar e se afasta, Jack se debruça no balcão e sussurra para mim:

"Se eu não precisasse desse emprego, eu daria um belo soco na cara desse velho rabugento."

Eu ri. Jack era mesmo corajoso para fazer aquilo, mas se ele disse que precisava do emprego é porque ele precisava e não iria colocar a perder.

"Acho que sei o porquê ele veio falar com você." digo e ele balança a cabeça em concordância. Eu podia jurar que meu amigo lia mentes, ele quase sempre sabia o que as pessoas iam falar. "Vai atender outras pessoas, a gente se fala depois."

Me apaixonei, e agora?Onde histórias criam vida. Descubra agora