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IVAN
Já era sexta de natal, uma e cinquenta e oito da madrugada, eu estava muito preocupado com Luke e a Celina desesperada, ela queria ligar para ele mas meu pai disse que achava melhor ela não ligar e esperar ele voltar, porque o Luke não ia gostar e não ia voltar tão cedo se ela ligasse, a Celina estava muito preocupada com aquele garoto desmiolado eu podia ver no olhar dela. O meu pai e a Celina deram uma volta pelas ruas para ver se achavam o Luke, eu fiquei sozinho em casa, fui para o meu quarto de repente alguém bateu na porta só pode ser o Luke fui correndo abrir
— O que tu quer aqui? — falei assim que eu abrir a porta e vi o Diego.
Ele estava bêbado e entrou dizendo:
— Vim te ver, você não me atende.
Ele só pode tá de brincadeira, de vir aqui em casa, sorte minha que o meu pai saiu com a Celina, eu então falei:
— Diego vai embora, meu pai e a Celina saíram, mas já vão voltar, vai embora...
— Eu não vou pra lugar nenhum, só se você me perdoar e voltar comigo eu te amo Ivan me desculpa se eu ameaçava você eu não sabia como chegar em você, eu nunca falei pra você mas eu só fiquei sabendo que você namorava o William porque ele mesmo me contou. — disse Diego me abraçando.
Fiquei paralisado, como o William contou para ele e não falou nada pra mim.
— O William te contou? — perguntei.
O Diego balançou a cabeça confirmando e me beijou, eu empurrei ele falando:
— Eu te perdou mas não quero voltar contigo.
— Não Ivan, fica comigo eu sei que você também me ama eu sei eu sei. — disse o Diego.
Eu balançando minha cabeça negativamente falei:
— Diego quando amanhecer e quando tu estiver sóbrio a gente conversa, agora vai pra tua casa vê se dormi e assim que tu tiver bem a gente conversa.
No bolso dele o celular não parava de tocar eu peguei e era o pai dele ligando eu claro atende:
— Diego volta pra casa agora, eu não vou ficar rodando atrás de ti não, seu moleque.
Disse o seu Carlos.
— Tenente Carlos é o Ivan que tá falando amigo do Diego, ele tá aqui em casa tem como o senhor vim buscar ele aqui, ele tá completamente bêbado.
— Eu vou matar esse moleque, eu estou indo Ivan segura ele aí, porque ele tá embriagado.
Eu concordei com o pai do Diego e arrastei ele para a calçada que chorava me pedido perdão, tava igual um pé inchado, deve ter passado a noite toda bebendo. O pai dele logo chegou e levou aquele maluco dando uma branca nele. O William me contou que todo natal o Diego fica assim bebe e faz várias coisas erradas, apronta, porque foi no natal que a mãe dele e o pai dele se separaram a mãe dele tinha um amante, acho que o Diego é desse jeito que é por causa disso.
Como o William deve está nesse momento, passou o natal longe de mim e ainda por cima com raiva de mim, será que eu ligo pra ele, acho melhor não. Meu pai voltou com Celina e nada do Luke, a Celina que estava quase chorando disse:
— O que eu vou falar pro Ethan, onde esse menino se meteu, Fábio é melhor ligar pra polícia logo.
O meu pai:
— Não, Celina, quando o dia clarear se ele não aparecer até o meio dia a gente avisa a polícia.
A Celina abraçou meu pai. Eu liguei para ele mais de cinco vezes e ele não atendeu. Por isso eu estava preocupado, será que ele tá com o celular dele, fui até o quarto procurei e não achei o celular dele, liguei mais uma vez e nada apenas chama, chama e vai para caixa postal, aonde ele se enfiou.
O sono não vinha, eu estava deitado na minha cama pensando no William e preocupado com Luke que até agora não apareceu, a Celina estava na sala com meu pai, ela tá chorando muito esperando o Luke. Rolava na minha cama de um lado para o outro, quando alguns trovões se aproximavam não demorou muito para chover, uma chuva forte e o vento com toda força, agora que Luke não volta mesmo, o bom foi que ele não saiu de moto, assim a gente sabe que não aconteceu nenhum acidente com ele, porque nem todo mundo tem o conhecimento que álcool e carro ou moto não combinam algumas pessoas andam na rua embriagadas e não estão nem aí, arriscando a própria vida e a vida das outras pessoas que estão nas ruas. E é natal né, as pessoas aproveitam para fazer o que querem, só que eles não sabem o valor da vida, pensando e peguei no sono.(...)
— Igor o que tu tá fazendo aqui?
Meu irmão estava chorando e segurando um boneco que ele brincava quando a gente era criança, ele chorando muito me olhou e disse:
— Acabou Ivan, a minha vida acabou.
Era como se ele estivesse do outro lado do espelho e olhando para mim do outro lado chorando, foi quando o espelho quebrou jogando todos os cacos de vidro em cima de mim.
Acordei assustado, tudo não passava de um sonho ruim, faz muito tempo que eu não vejo o meu irmão e faz mais tempo ainda que eu não vejo ele chorar, mas foi só um sonho ruim, ainda bem. Ainda estava cedo, acho que eram umas sete horas da manhã, a Celina não dormiu a noite toda, o meu pai fez o café, assim que eu sai do banheiro o Luke entrou pela porta da frente, ele me olhou e sorriu como se não houvesse acontecido nada, como se estivesse tudo normal, eu fui até ele e perguntei:
— Cara, onde tu se meteu, a Celina não dormiu te esperando preocupada, tá tudo bem contigo?
O Luke me olhou e indo para o quarto respondeu:
— Ah Ivan nãun fala o nome dessa mulher, por favor.
— Essa mulher é tua mãe, que tava desesperada esperando você, sabia que ela rodou o bairro todo te procurando?
O Luke apenas resmungou algo que eu não entende e nem estava dando atenção para o que eu estava falando, a minha vontade era de encher a cara dele de porrada para ele aprender.
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G
Lex Wdg
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OS GÊMEOS E EU
RomanceLuke um garoto mimado e rebelde, terá seu mundinho totalmente destruído. Sendo filho de Celina que mora no Brasil Luke é obrigado pelo pai a morar com a mãe depois de vários anos, mal sabe ele que sua vida mudará completamente ao conhecer Ivan, um g...