A limusina não demorou a chegar, eu e o Zayn apenas trocávamos olhares. Quando entrámos na limusina, o condutor perguntou-nos para onde queríamos ir:
- Para casa do Austin- respondi.
Ele acenou e voltou a fechar a divisória, nós começámos a beijar-nos desesperadamente:
- Eu não vou aguentar até chegarmos. Não faças isso.
- E quem disse que eu quero que tu aguentes?
Ele mordeu o lábio de uma forma extremamente sexy quando eu lhe comecei a desapertar a camisa. Sentei-me no colo dele e pus as pernas de cada um dos lados:
- Mal posso esperar para chegarmos a casa… Quero tanto provar-te- dei-lhe um beijo no pescoço, sabia que era o ponto fraco dele.
A limusina parou de repente e o condutor avisou-nos que já tínhamos chegado. Agradecemos e eu puxei o Zayn até á porta de casa, o Austin e o Telmo já estavam a dormir, nós subimos até ao quarto sem fazer barulho.
Não parámos de nos beijar, e quando senti a madeira da cama nas minhas pernas, empurrei o Zayn e ele caiu com estrondo. Vi a malícia nos olhos dele:
- Eu já venho, deixa-me ir pôr um pouco mais á vontade.
- Não! Anda cá, por favor!
Dei-lhe um beijinho rápido e entrei na casa de banho, fechando a porta atrás de mim.
Despi o vestido e vislumbrei o meu corpo no enorme espelho da casa de banho, tinha uma enorme cicatriz no ombro direito, de um tiro que tinha levado quando fazia um serviço, há três anos. O meu corpo estava cheio de recordações da vida que eu escolhi: tiros, facadas, tortura… Tinha um pouco de tudo.
Apaguei aquelas imagens da cabeça, retoquei a maquilhagem e voltei para junto do Zayn. Ele já estava só de calças e dava para ver as tatuagens dele:
- Juro que não sei como é que tu consegues pôr-me neste estado- notei uma certa “presença” debaixo da minha perna esquerda.
- Menos conversa e mais ação, está bem?
Voltámos a beijar-nos e a partir dali, a noite foi de puro êxtase e paixão. O desejo que tínhamos um pelo outro era infinito…
De manhã, acordei antes do sol nascer e vi o Zayn a dormir com um anjo. Fiquei a vê-lo dormir, enquanto distribuía beijos pelo maxilar dele, até que acordou:
- Bom dia, meu amor- deu-me um beijo na testa.
- Bom dia, príncipe. Dormiste bem?
- Sim. Nayalla…
Ele hesitou e vi que me queria dizer qualquer coisa. Desviou o olhar para a janela, que transmitia os primeiros raios de sol da manhã e sorriu:
- Tu queres dizer-me alguma coisa, não queres, Malik?
- Nós… Bem, nós… Tu queres namorar comigo?- disse, finalmente.
- Para que é que perguntas, se já sabes a resposta? É tudo o que eu mais quero.
Era a maior das verdades. Eu amava o Zayn, ele era a razão da minha vida, eu queria estar com ele, mas sabia que não duraria muito. Eu ia morrer. Ia morrer para proteger o rapaz que amo… A vida chega a ser cruel.
Ele sorriu daquela maneira que eu tanto amava, com a língua entre os dentes e beijou-me. Fomos tomar banho e depois descemos para tomar o pequeno-almoço. O Austin já estava na cozinha e o Telmo ainda estava a dormir.
Ele olhou para nós e deu uma gargalhada marota:
- Deixem-me adivinhar… Vocês finalmente perceberam que gostam um do outro e são namorados!
- Como é que sabes? Íamos contar-te agora!
- Desculpem, mas os gemidos, ontem á noite, não enganaram ninguém.
Eu corei e escondi a cara no peito do Zayn, ele deu-me um beijo. A mesa já estava posta e fomos comer. O Telmo já tinha acordado, mas ainda estava bastante ensonado, pelo que não falou. Foi o Austin que criou assunto:
- Já vi que a operação correu bastante bem. Nas notícias, não param de festejar a morte do homem.
- Isso é bom. Espero eu.