Capítulo 2: dia difícil!

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Da uma estrelinha pra ajudar

Quinta,

Por Erick:

       Não importa se seus dia foi ok ou péssimo, todos a sua volta vão sempre estar bem e sorrindo. A dor é difícil de ser notada.

       - Hugo? - entrei no quarto do casal - posso falar com você?

       A Débora estava na cozinha com o Caleb e a Manu, aquele era o momento ideal.

       - Sim - ele sorriu - algum pesadelo?

       - Não, eu só queria te entregar isso – nunca tivemos uma conversa longa é estranho falar com ele - era da minha mãe, o advogado que entregou, não li, era o que ela queria, ele somente disse que só você podia ler - dei uma rápida explicação.

       - Uma carta? - ele ficou apreensivo, como se já soubesse o que estava escrito.

       - Algum problema? – ele ficou bem surpreso – qual segredo vocês escondem?

       - N...não, não é nada, deve ser alguma coisa pra Débora - ele inventou uma desculpa – nenhum segredo!

       - Hugo, eu não sou bobo, sei que há alguma coisa ai – deixei ele com sua expressão de desespero.

       - Fala sério mãe? - uma discussão se formava na cozinha - ele não tem responsabilidade nenhuma.

       - Também não é assim Manuela - Débora serviu os pãezinhos - o Victor amadureceu.

       - Mãe ele me ensinou a dar o dedo do meio e todos os palavrões possíveis - eles estavam em um momento em família descontraído.

       - Mas isso é útil - Caleb se referiu aos palavrões - mas mãe por que ele não vai morar com a vó e o vô?

       - Seus avos moram em Petrópolis e ele conseguiu um ótimo emprego aqui, mas já está decidido, meu irmão vai vir morar conosco!

       - Só manda ele colocar uma roupa antes de sair andando pela casa - Manu lembrou alguma história do tio.

       - Bom dia - forcei o riso

       Assim que entrei na cozinha os risos diminuíram, não entendi o porquê. Precisam acreditar que vai ficar tudo bem, assim como eu estou tentando. Nunca vi meu pai nem ao menos sei quem é, na maioria das vezes enfrentei tudo sozinho, assim como eu estou fazendo nesse momento, minha mãe me ensinou a ser forte, não podia desaponta-la.

       - Oi querido, senta aqui - Débora puxou a cadeira ao lado de Caleb

       Eles estavam em silêncio a procura de algum assunto que não machucasse o garoto solitário e na bad que agora é órfão, chamado Erick, ou seja, eu.

       - tem certeza que não quer esperar pra voltar as aulas na segunda junto com as crianças? - Débora foi gentil.

       - tenho, um dia já foi o suficiente – nem eu sei exatamente o que quero, faltei a aula ontem para não receber abraços e um “vai ficar tudo bem” ou “eu estou com você”.

       O café da manhã foi normal, uma família em um momento bom e feliz, não podia culpa-los. Você pode estar desabando, mas a vida continua, pessoas riem e choram, normal.

       Aquela cena era comum na minha vida, um típico adolescente indo para a escola, mochila bagunçada, chegando atrasado, amigos para rir de coisas bobas e aulas entediantes e monótonas.

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