O colar

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5 dias depois
Entrada na locadora de Elmore

Gumball ainda estava de suspensão, mas sua mãe tinha deixado que ele saisse de casa no seu tempo livre, nem parecia um castigo

Talvez o ocorrido tenha feito ela amolecer um pouco

Larry:ben vindo pequeno Gumball

Gumball:oi Larry...

Ele o comprimentou com um certo desânimo, mas tentou esconder o máximo que conseguia

Gumball:vim devolver uns filmes atrasados

Larry:claro

Gumball lhe entregou as fitas de DVD na qual o mesmo guardou nas prateleiras mais atrás

Quando Larry se virou de volta para o menino, percebeu que ele demonstrava um semblante de tristeza e decepção, enquanto bringava com os próprios dedos tocando na mesa

Por mais que fosse difícil de acreditar, Larry sabia o que era

Larry:Gumball...sinto muito pelo que houve com seus pais

Gumball:como você...

Antes de responder, o sininho da porta tocou demonstrando que alguém tinha entrado na loja

Ao olhar pra trás, Gumball sentiu ódio

Era Ricardo entrando na loja

Gumball:tchau Larry

Gumball andou com passos largos até a porta e passou por Ricardo sem nem encara-lo

E o mesmo não tentou impedi-lo

O mundo agora parecia menor

Casa dos Wattersons

A casa estava mais em silêncio como nunca tinha ficado

Gumball estava sentado no balcão da cozinha, ainda sem nada de seus irmãos voltarem da escola

E então um prato de arroz, feijão, ovo e peixe foi colocado em sua frente

Peixe, a comida preferida pra quem é meio-gato foi o que ele pensou

Nicolle:coma bem filho

Gumball:obrigado mãe

Nicolle tinha ganhado dias de folga do trabalho, o psicológico ruim de um empregado poderia ser um grande problema no serviço

Ela beijou o filho na testa e brincou por dois segundos com seu cabelo azul antes de entrar em seu quarto

Gumball tentou se concentrar só na comida, mas foi impossivel no momento em que suas orelhas pontudas ouviram um pequeno choro vindo do quarto de sua mãe

Tinha sido assim durante o resto dos 5 dias

Gumball preferiria voltar a ouvir as brigas de seus pais do que ter que saber que sua mãe chorara e ele não poderia fazer nada pra aliviar a dor

A fome passou, Gumball empurrou o prato pra longe do corpo

Em seguida estava ele despejando a comida na casinha da sua tartaruga mordedora de estimação

Ele sabia que aquele bicho poderia comer qualquer coisa, se vacilasse até os próprios donos

Depois de deixar o prato na pia, Gumball sentou-se no sofá, ele não tinha nada pra fazer, ele não queria assistir TV e muito menos jogar video-game

Olhou o celular, nenhuma mensagem, nem de ninguém da sua familia, e nem de Penny, aquilo era uma coisa que doia no coração

E então ele viu o número "Pai" entre os contatos

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