O vôo

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Entrei no avião com  uma sensação estranha todos ficam encarando um ao outro porque não se conhecem olho meu número de poltrona e era o dezessete  ao lado de um idoso  que estava dormindo  depois de organizar os meus pertences no devido lugar sento ao lado dele e pegando um livro pra mim ler quando alguém  me cutuca: — Oi senhorita! Posso ajuda-la? Era a aero moça  com uma bandeja de bebida.
— Não  obrigada. Ela se retira, olho para o lado sem nada para fazer, tinha um garoto de cabelos longos até a altura dos ombros, olhos castanhos bem claros, alto  e forte estava lendo um livro que pela capa parecia ser de terror. Então ele nota que eu estava o observando droga! Ele esta olhando pra mim! Simples viro para o lado do idoso e finjo estar lendo meu livro  percebo que o idoso esta acordado então ele  começa a falar com migo: — nossa uma jovemzinha! Meu nome é Frederick. Rio sem graça.
— Meu nome é...
— Bem, eu vou te contar minha história de quando eu era jovem que nem você quando eu era jovem...
Vai por mim não era uma história era uma tortura que não acabava nunca  fingia que escutava, mexia a cabeça acenando e os famosos " né" "pois é" "nossa"  e o garoto do lado começou a rir  olhando pra minha cara nessa altura do campeonato Frederick já estava  dormindo e babando novamente quando estava concentrada lendo meu livro do nada o garoto do lado começou a falar comigo:
— Que história interessante não?
Fiquei embasbacada com a voz dele simplesmente linda grave e com aquele tom de ironia
— É... muito. Digo meio sem jeito.
— Ata pensa que me engana, você estava entediada nem prestando atenção você estava
— E pelo jeito você estava prestando atenção até demais né! Respondo já irritada.
— É.. pois é  pode ser.
Me viro  finjo que  to vendo alguma coisa interessante na janela, mesmo que eu só veja nuvens e mais nuvens  ele ri e continua lendo.
Já  de tarde percebo que não comi nada e estava com frio e a aero moça tinha esquecido de me dar um cobertor me levanto tremendo de frio e vou ate a porta  onde fica os cobertores e comida porem estava trancada  tento abrir mais sem resultado  a porta nem se move quando eu escuro uma voz: — nossa bem comovente não?
Pronto era o que faltava nem precisei olhar para trás para saber quem era, era o garoto do lado pensando bem esse é um ótimo apelido pra ele "garoto do lado" ou o " garoto  lindointrometido  do lado" então respondo:
— Digo o mesmo
—Diz? Ele ri.
—Sim e pelo jeito já ta querendo se intrometer na vida alheia estou certa?
Ele ri  sarcasticamente e cochicha:
— há é?
Me viro fingindo que tudo isso não estar acontecendo mais meu coração batendo forte diz o oposto  nem percebo que estou batendo a porta  até que ele fala: — Ei? Calma! Vai acordar todo mundo bom pelo menos os que estão dormindo como o Frederick lembra?
Totalmente envergonhada falo: — Eu... ( prendo a respiração) estou calma ( respiro novamente ) !
Ele simplesmente ri  um riso muito cincero e  lindo enfim não há o que fazer então me sento no chão encostando as costa na parede e abraço a mim mesma, na tentativa inútil de me aquecer quando o suposto " garoto lindointrometidosorridente " nossa acrescentei  diz:
— Sai da frente, vou te ajudar  a propósito tem um grampo ai?
Tiro um grampo do meu cabelo e entrego para ele  ele me levanta educadamente e espero pra ver o que ele vai fazer.
Ele pega o grampo,  dobra ele  praticamente torce ele todo e coloca na fechadura e consegue abrir então pergunta: — Então  o que você quer lá dentro?
Entro na minuscula sala, tinha uma geladeira  com vários tipos de comida e um armário com os cobertores e travesseiros  ao lado Tonha uma mini pia com gavetas que continham os talheres e pratos  pego um cobertor e travesseiro  abro a geladeira e começo a comer que nem uma louca nem percebo que o garoto lindointrometido/ sorridente  esta na porta ainda me observando: — Uau! Ele diz rindo como sempre.
Finjo não escutar e continuo comendo " garoto lindointrometido  e chato"  ele continua:
— Sabe agora entendo porque quis abrir a porta você esta a  quanto tempo com fome?
Respondi na hora já irritada:
— E você? Está a quanto tempo vigiando a vida dos outros?
Ele responde meio desapontado com a minha grosseria:
— Calma! Não falei isso por mal sério. Disse cruzando os dedos como se fosse uma promessa fico rindo com a atitude dele no fundo ele deve ser legal penso. Ele pisca o olho e senta  ao meu lado  e continuo comendo quando ele me olha e diz:
— Sabe ficar aqui com você estar sendo muito legal das últimas vezes que eu viajei não tinha pessoas como você
— E? Respondo com uma pergunta por que tava. Curiosa pra saber o que ele ia falar mais
— É sim e a propósito meu nome é Bryan  e o seu?
Pois é nos tínhamos conversado e eu só inventei uns apelidinhos bobos então respondi :
— Luana, normal né muito normal. Ele me olhou tentando entender o que eu estava dizendo então depois de uns minutos disse: — Ao contrario seu nome ser simples é  o que eu considero perfeito é único seu nome e lindo.
— Seus pais também te deram um nome lindo. Disse um pouco com vergonha
—  Sim, quando nasci eles já eram divorciados.
Fico sem  palavras, não nada pra falar.
— E você o que conta sobre seus pais? Ele me pergunta me tirando dos meus devaneios.
— Bom o que dizer, não conheço muito minha mãe na verdade nem a conheço direito fui  criada com meu pai que é super legal comigo é isso  e estou indo passar um tempo com ela e minha " familia" e você?
Ele me olha meio sem jeito e diz só to voltando pra casa uma das pra dizer a verdade.
— Então foi muito legal da sua parte ter me ajudado valeu mesmo mais acho que precisamos sair daqui antes que alguém venha né. Disse um pouco nervosa então voltamos pros acentos  e vi  que meu lugar estava ocupado por outro idoso que estava sentado ao lado de Bryan então sentamos juntos e conversamos durantes as ultimas horas de vôo e  antes de descer as escadas nos despedimos talvez para sempre quem sabe quando  nos veríamos de novo.!
— Então Luana até espero que  possamos  nos ver novamente mais por hoje é adeus né
— Pois é Bryan por hoje é só como dizem espero te ver novamente também adeus
Então sai do destino incerto para realidade e agora ou nunca desço as escadas...   

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