1°- CAPÍTULO

362 31 4
                                    

- Que lugar é esse? - pergunto para mim mesma, enquanto seguro com firmeza no volante do carro. Olho através da janela tentando enxergar alguma coisa além da noite escura do lado de fora.

- Nós estamos perdidas? - Ally pergunta do bando do passageiro, e me olha um pouco exasperada.

- Isso é meio óbvio. - respondo debochadamente.

- Então liga essa porcaria de GPS logo, Camila. - Ally mudou drasticamente sua voz, e agora parece um pouco irritada.

Eu não culpo ela, já faz mais de uma hora que estamos rodando em uma estrada qualquer sem ter a menor ideia de onde estávamos. E como se não fosse ruim o suficiente, agora estava extremamente escuro e não passava uma alma viva ou um carro sequer para que pudêssemos pedir alguma informação.

- Ele parou de funcionar assim que entramos nesse lugar. - explico, olhando para o lado e vendo nada além de mato e terra.

- Que ótimo. - ela bufa ainda mais irritada ao meu lado - Nossos celulares continuam sem sinal, o que vamos fazer? - ela volta a me olhar mas eu tento focar minha atenção na estrada escura a minha frente, na esperança de achar alguma coisa.

- Eu não sei, a gasolina logo vai acabar. - suspiro - Mas não tem nada nesse lugar, nenhum posto, hotel e nem pessoas. - tenho que dar o máximo de mim para não surtar, já que eu realmente não sei o que vamos fazer.

O silêncio se instala no carro e logo em seguida, cada uma em seu próprio mundo, talvez tentando achar uma solução para o nosso problema, bom, pelo menos eu estava. Mas para minha surpresa o silêncio não dura muito, já que o rádio do carro liga sozinho, trocando de uma estação para outra sem parar.

- Desliga isso. - falo para Ally assim que o volume do carro aumenta.

- Estou tentando, mas essa porcaria não abaixa. - ela fala irritada, enquanto aperta todos os botões do rádio.

- Mas que merda é essa? - pergunto igualmente irritada e olho rapidamente para estrada antes de tirar uma mão do volante na intenção de tentar ajudar minha amiga, mas não obtemos nenhum resultado.

Perdida no meio do nada e irritada, eu acabo agarrando a extensão do rádio e o puxando para fora, sem me importar se ele poderia quebrar, o jogando no banco de trás depois. E quando volto minha atenção para estrada sou surpreendida por um vulto se jogando na frente do meu carro, o que me faz frear bruscamente jogando meu corpo e de Ally para frente em um baque violento.

- O-Oque foi isso?! - Ally me pergunta assustada, e eu seguro o volante com mais força, tentando me recuperar do susto que tomei.

- Você está bem? - ignoro sua pergunta e tento ver se ela não tem nenhum machucado, mas ela me acalma dizendo que estava bem.

- Camila, a sua testa. - os olhos de minha amiga se arregalam e ela aponta para meu rosto, o que me faz levar uma mão até o local e sentir um líquido quente ali, quando afasto minha mão vejo que se trata de sangue.

Rapidamente eu olho no retrovisor e vejo que havia um pequeno corte na lateral de minha testa onde escorria uma quantidade considerável de sangue mesmo que o corte seja quase ininterceptável. Em seguida olho para o volante vendo que havia uma pequena mancha de sangue ali também, onde provavelmente eu bati minha cabeça na hora do impacto.

- SOCORRO! POR FAVOR, ME DEIXEM ENTRAR! - pulo para o lado assim que uma figura negra, mas no momento pálida e assustada de uma garota começa a bater contra o vidro do carro.

Ela estava batendo no vidro ao meu lado, enquanto ficava com uma expressão aterrorizada no rosto e olhava freneticamente para a estrada como se estivesse esperando por alguém.

BRIDE OF THE MOON [SHORTFIC] CAMRENOnde histórias criam vida. Descubra agora