Amy

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As vezes me sinto uma  verdadeira estranha como a maioria das garotas de minha idade. Por que quando se tem vinte e cinco anos muito provável que a lista de ex- namorados aumente ao passar do  longo tempo. No meu caso a minha atual lista permanece a mesma, sem mudanças e muito menos cheia de novidades. Talvez por que eu esteja há muito tempo vivendo o meu próprio conto de fadas, no qual uma linda donzela está dançando em um grande salão luxuoso, sob um teto azul cor do  céu cheio de estrelas reluzentes piscando aleatoriamente sem parar, sendo observada por inúmeras pessoas ricas e bem vestidas, cercada dos melhores serviçais a espera de socorrer o casal mais badalado da festa de galã. E além disso estou segurando na mão de um belo príncipe.  E eu estou olhando seus incríveis olhos verdes que me faz lembrar-me das águas do Caribe, e me contendo-se para continuar a beijar seus lábios perfeito. Alto e forte como um atleta bem treinado, elegante demais para suas roupas finas, e o cabelo cor de bronze  bem cuidado parece ter sido banhando pela própria luz do sol. Neste lindo sonho somos só nós dois eu e Tristram, esse é seu nome recém renomeado por que amanhã eu poderia nomeá-los para Frederic, Masson ou quem sabe Gayllon, estamos felizes tão felizes que eu nunca quisera acordar desde sonho. Mas sempre há os estraga prazeres, alguém está batendo na minha porta então meu sonho se quebra como um vidro em meio aos estilhaços.  Eu abri a porta. Olho incrédula e furiosa para o responsável ladrãozinho destruidor de sonhos, é o Matt meu primo rebelde  que foi posto aos meus cuidados pela minha tia Clarice. Um  menino louro com bochechas rosadas misturado com sardas, um pequeno anjo transformado em um terrível diabo. O que não fazemos pelo dinheiro afinal?
Eu devolvo uma careta amarga pro Matt, monstrandoo-o meu desdém e isso o provoca de forma miserável.

- Você é feia quando acorda. Ele diz com uma risada torta.

- Você estará de castigo e sem vídeo game está noite. Eu retruco e Matt desaparece como uma mosca que se dissipa no ar.

Eu arrumo meu quarto, e tomo um banho e quando termino, eu fito minha imagem no espelho enevoado pelas nuvens quente, e limpo-o para que possa admirar o reflexo que está diante de mim. O tempo é cruel com muitas pessoas, mas parece que hoje não é  o meu caso. Ainda continuo interessante, as maçãs do rosto se mantém firme alinhadas deixando-me mais bela e atraente, há uma certa mudança em meus olhos, agora aparenta  se der um azul tormenta. E os lábios tão vermelho como de uma maçã. Eu aproveito para fazer um rabo de cavalo, no entanto sou vencida a deixar meus cabelos louros solto, e visto-me  de forma adequada uma camiseta branca com uma legue preta. E despeço-me de mim mesma e desço  as escadas pra cumprir meus afazeres.

Os raios de luzes do sol atravessam a janela da cozinha como uma intrusa, dou comida pro Bob, meu gato gorducho o maior matador de ratos que eu  já tivera testemunhado. Ele pode ser gordo mas quando se trata de caçar ele é tão rápido quanto um tiro de um revolve calibre, ao contrário de Matt, que sempre procura alguma coisa pra mostrar a si mesmo que é digno de ser meu rival à altura. Às vezes acho que ele pode estar certo, por que se não fosse pelos duzentos dólares  pago por semana, eu o teria feito engolir aquela tigela  de cereal em sua garganta.  Estou lendo um jornal a procura de emprego, estou me afundando em uma maré  de dívidas  no qual, se eu não souber como  lidar com este problema de uma vez por todas, é muito provável que eu seja arrastada em meio às rochas. Minha mãe está com câncer mortal, sua vida se esvai  num piscar de olhos, e meu atual namorado trabalha em dois empregos, Nick é um bom homem e gentil, no entanto homens bons não garante futuros melhores pra suas donzelas. A prova disso são as pilhas  de  de contas atrasadas do tratamento de minha mãe, como se todos aqueles papéis estivessem prestes a me estrangular a qualquer momento, e se eu não tomar uma atitude logo, serei uma sem-teto.

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