CAPÍTULO 2

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_Ai! Me desculpe, eu estava destraída.- me desculpei e olhei para cima, vendo que a pessoa em que esbarrei foi um belo homem, de cabelos castanhos e olhos negros.

_Seria melhor se olhasse por onde anda. Acredito que essa seja a utilidade dos olhos quando se está andando.- disse frio, bruto e irônico.

Arqueei uma sobrancelha.

_Escute aqui, fui educada e pedi desculpas, então não custava nada você também ter sido educado.- falei.

Ouvi ele rosnar baixo, bravo.

_Quem você pensa que é para me dizer o que devo fazer?- perguntou, tentando conter a irritação, mas sem sucesso.

_Uma pessoa que não te deve explicações!- falei, também ficando irritada. Digamos que eu tenho um temperamento forte- Agora sai da minha frente, seu idiota.

Desviei dele para passar, mas ele rosnou alto e entrou na minha frente.

_Cuidado com o que fala.- disse, agora demonstrando abertamente sua irritação.

_Se não me engano, disse para você sair da minha frente! Agora para de me pertubar, tenho algo mais importante para fazer!- falei, irritada.

_O que é tão importante?- perguntou, entrando novamente na minha frente.

_Bom, falar com você, com certeza, não é.- respondi revirando os olhos, mais irritada.

Ele rosnou, com seus olhos ficando em um tom vermelho-sangue, e segurou meu braço direito com certa força. Meus olhos também ficaram lupinos e segurei seu pulso, com a mesma força que ele, e rosnei.

Agi por reflexo, instinto, porque racionalmente não paro de encarar os olhos lupinos dele. Eles fizeram minhas pernas tremerem e pelos arrepiarem. Esses olhos são idênticos aos que sonhei...

_Vou perguntar de novo: quem você pensa que é?- falou lentamente, com um tom de voz que transmite fúria.

_Sou eu quem pergunto: quem você pensa que é? Não ouse tocar nem um desses dedinhos nojentos em mim.- falei firme e dominante.

Ele rosnou extremamente alto e soltou sua mão bruscamente. Iria responder algo, mas foi interrompido quando uma garota da minha idade e um rapaz vieram correndo em nossa direção.

_NICK, RÁPIDO!- exclamou a garota, ofegante e urgente.

_Calma, Luara. O que aconteceu?- perguntou, mudando de bravo para preocupado, mas não obteve resposta da garota- O que aconteceu, David?- perguntou, agora se dirigindo ao rapaz.

_Uma das crianças, o Henry, desapareceu. Os pais, a Ellen e o Igor, estão desesperados.- respondeu o tal David.

Fiquei gélida e estática.

_Onde eles estão? Precisamos conversar com eles.- o troglodita, que parecia estar a ponto de berber meu sangue há segundos atrás, falou com preocupação na voz.

_Na praça central!- respondeu o rapaz.

_Muito bem, vamos!- falou rápido e eles se foram.

_Aury, sei que crianças são travessas (até porque já fui uma). Mas...- comecei a falar com minha loba.
_O que você está pensando, Aly?- questionou.
_Se esse sumiço estiver conectado com os responsáveis pelos assassinatos?
_Acho difícil. Os vampiros não seriam tolos a ponto de sequestrarem um lobisomem.
_Pode ser, mas minha intuição está me dizendo isso. E você sabe como ela é.- falei e a Aurora suspirou, concordando comigo.

FILHA DA LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora