Dia nublado...

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CAPÍTULO III


Era uma manhã de terça-feira, o céu estava nublado, com o sol tentando passar pelas nuvens brancas, que deixavam uma leve garoa sobre a cidade. Mesmo com as finas gotas o clima continuava quente e agora abafado. Como se esperado de um dia de verão.

O quarto de Dipper estava mais bagunçado do que nunca, o garoto havia descontado sua raiva em todos seus moveis, livros e cadernos, largados pelo chão. Dipper dormia em sua cama bagunçada, havia apagado há pouco tempo, sua exaustão foi o que o levou a quase desmaiar, dormindo feito uma pedra, até que o despertador começa a tocar, o acordando. Com gemidos cansados ele levanta sua mão e descendo com peso de cima para baixo no botão para desliga-lo.

Ele respira profundamente, como se o ar estivesse pesado em seus pulmões. Torcendo para que lembranças da noite anterior, não passassem de um terrível pesadelo, talvez o pior deles, mas ao abrir seus olhos vagarosamente, vê seu quarto completamente bagunçado. Roupas, livros, objetos de decoração, tudo que estava em suas prateleiras, agora estava no chão, sua cadeira estava de pernas para o ar e suas roupas jogadas pelo chão. Tudo aquilo para descontar sua raiva, raiva essa que não pertencia toda a sua irmã. Na verdade a maior parte ele sentia de si mesmo, da maneira como falou com ela, de como agiu e de como á fez chorar.

Sentando-se de cabeça baixa, levando suas mãos até seus cabelos, estressado por tudo que o afligia, toda vez que ele se lembrava da noite passada, só escutava sua própria voz, dizendo palavras que ele jamais desejaria ter dito. Tais palavras que não deveriam ter saído de sua cabeça, que levaram á pior das visões, de sua irmã chorando por sua culpa.

Ele sempre desejou o melhor para ela, sempre quis fazê-la sorrir, não importa o que acontecesse, ele sempre presou por ela e jamais pensou nele mesmo á frente. Bom, talvez até noite anterior, e ele sabia disso. Com ódio de si mesmo por isso, por deixar sua fúria, sua angustia de emoções presas á tanto tempo. Levando sua mão ao seu peito, ele sentia dor, peso, como se seu peito fosse explodir. Sua respiração saia pesada e cansada, mesmo acabando de acordar, seu olhar ainda não estava plenamente focado em algo especifico.

O seu ódio por si mesmo aumentava a cada segundo, escutando e vendo sua irmã chorar em sua mente, mesmo ele tendo uma boa razão, mesmo ele querendo tirar ela das garras de um cara que não dava valor á ela, mesmo com toda esse nobre objetivo de cavalheiro, ele estragou tudo e uma das coisas que o mais doía, era de sua irmã nem ao menos ter confiado nele. Dipper tinha certeza que suas palavras foram erradas, mas sabia que sua intenção era boa, mesmo assim ela não lhe deu ouvidos e isso doía em seu peito.

Fechando sua mão com força, arranhando a si mesmo, quase arrancando os poucos pelos de seu peito, para tentar aliviar se peso, não sabia como arcar com tal sensação angustiante, sua maior vontade era de correr até o quarto em frente ao seu e gritar todas as palavras que deveriam ter sido ditas, pedir todos os perdões que ele poderia pronunciar, em todas as línguas até nas que apenas golfinhos conhecem, dizer... O que realmente estava preso em sue peito, mas... Sua vontade era fraca e ele apenas se levanta com dificuldades.

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