Capítulo - 3

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"Somos estrelas do nosso próprio universo."

Ele costuma motivar ela com essas palavras, mas isso começou a ser assim por um momento de aproximação deles. Tudo aconteceu em uma quinta feira, dia com chuva garoada. Ele não dormira direito pois estava ansioso para passar o dia com ela, eles combinaram as 6:00 na estação de ônibus. Ás 5:00 ele já estava pronto para ela. Saiu de casa um pouco tarde pois sua mãe achava perigoso sair tão cedo, mas foi. Encontrou com sua amada e os abraços foram bem apertados e confortáveis, o frio deixa as pessoas mais próximas. Eles tomaram o ônibus que os levava ao centro da cidade e andaram juntos por lá ao chegar. Caminharam em busca de um lugar para ser chamado de seu. Andaram por avenidas de mãos dadas e contando suas histórias de amor um ao outro. A chuva começou a ficar um pouco pesada por volta das 10 horas e lá estavam aquele belo casal procurando algum lugar para se esconderem da chuva. E foi de frente a uma universidade, embaixo de uma marquise que eles deram seu beijo mais intenso. Que se tocaram a primeira vez, e se sentiram confiantes ao fazê-lo. Ambos ficaram extasiados pelo prazer e durante a intensidade do toque e beijos, ele pensava na poesia perfeita para ocasião.

"Sabe esse nosso beijo embaixo da marquise? Neste momento eu senti o que eu jamais senti. Nós juntos, lado a lado, somos felizes e únicos.'

Ela se arrepiou com essas palavras e sentiu o mesmo pelo jovem. Ambos com seus 20 e 21 anos, jamais pensaram que amariam que nem adolescentes um ao outro, e só naquele momento a palavra "amor" começou a fazer sentido a eles. O dicionário deles agora possuía as palavras: amor, reciprocidade e intensidade. A mistura de palavras que traziam na bagagem o sabor, o cheiro, o sentimento e a unicidade do amor puro um ao outro. Eles sabiam que naquele momento um pertencia ao outro de corpo, alma e espirito. Seus sentidos já não eram os mesmos, a voz deles havia ficado suave, seus olhares viraram suplicas ao o que o corpo necessitava. E seus paladares agora só se saciavam quando encontravam. O pobre garoto já não se sentia confortável a roupas perto dela. A garota sentia um calor imensurável quando estava junto a ele.  Queriam um ao outro, e queriam o mais rápido possível pois seus corpos já precisavam um do outro e essa ligação era mais do que carnal, era algo que ele e ela sentiram desde sempre. Algo que sempre esteve ali, mas só o tempo despertou na hora certa, e se o tempo fez isso ninguém poderia impedir.

Depois daquela quinta-feira chuvosa, eles encontraram sua paz em uma noite de sábado. Tudo começou naquele sofá meio apertado, eles estavam abraçados apenas esperando quem iria dar o primeiro passo. Quando o rapaz começou os beijos, a moça já havia entendido. Em poucos minutos ela já estava por cima dele o dominando até que desceram os dois para o colchão que estava espalhado ao chão da sala. Beijos, jogos de cintura, chupões... intensidade. Era o que os definia naquele momento. Nunca uma palavra fizera tanto sentido quanto essa. Ele era um turbilhão de sentimentos, ela tinha a paz que ele precisava. Ambos em questão de uma simples troca de olhares estavam ambos nus. Apenas vestindo o amor, e cara, o amor deles era intenso. Reciprocidade era quando ele chupava os seios dela, enquanto a mesma chupava o pescoço do rapaz. E foi naquela noite que suas almas se juntaram em total sintonia.

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