KTH

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Taehyung's ON

O que dizer de mim mesmo? Atualmente estou em um consultório terapêutico e meu psicologo diz que devo me descrever. Não sou nada além de mais um filha da puta no mundo, será que isso basta? Sou um fardo, nojento, desumano e gosto disso. Dizem que psicopatas são gente louca e que não conseguem raciocinar direito, mas eu acredito que: psicopatas são seres tão inteligentes que acabam se sobrecarregando tanto com seus pensamentos ao ponto de enlouquecerem. Veja bem, somos tão extraordinariamente inteligentes que estamos sempre pensando em uma forma de melhorar o mundo, mas para que isso aconteça, seres humanos não podem existir, porque são eles que estragam o mínimo de alegria e esperança que se pode ter.

O homem a minha frente não parecia querer estar ali comigo, como se fosse obrigado, mas eu não me importava. O local estava tão vazio de palavras que alguém de fora poderia facilmente se perguntar se realmente tinha alguém ali dentro. Depois de muito tempo, eu disse em um tom neutro, com uma micro expressão de deboche.

- Sou Kim Taehyung. Isso já não é o suficiente?

O doutor me fulminou com seus olhos por um curto período de tempo, até pegar sua papelada e revirar seus olhos com desdém. Eu confesso, eu adorei ver a cena de alguém se doendo tanto por uma resposta.

- Senhor Taehyung. - O velho me olhou como se fosse superior, mas isso era apenas mais uma ilusão - Eu olhei seus exames médicos e dado os resultados, receio não poder te ajudar.

- O que? Por quê? - Me vitimizei

- Você é um psicopata! Eu não sou o doutor correto pra tratar de gente tão doente como você.

- Vê como uma doença? Eu vejo como um dom de ser tão frio ao ponto de conseguir não se importar com as pessoas a minha volta. Hoje em dia, o mundo é daqueles que ligam pra sobreviver, por isso estou aqui até hoje, porque dês de criança aprendi que gente boa em um mundo fodido automaticamente toma no cu.

Depois de encerrar minha fala, me levantei ajeitando minhas peças esfarrapadas de roupa e me dirigi a porta. Senti a pulsação do coração do doutor ficar mais leve, como se estivesse se livrando de um enorme fardo, naquele momento, eu só queria sumir.

Enquanto tentava achar a saída daquele enorme prédio, observava aquelas pessoas engomadinhas e com um sorriso falso estampado em seus rostos. Todos me soavam tão falsos, apenas um sorriso social que não demonstrava um pingo de felicidade verdadeira. Passei por um consultório, as janelas me permitiram ver um rapaz. Ele tinha um cabelo castanho e uma franja que não era cortada a meses. Usava roupas normais, tais como calças jeans e um moletom escrito "i'am unicorn", não parecia um doutor ou qualquer coisa do gênero. Na verdade, ele parecia mais louco que eu.

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