I love you too.

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Já passou uma semana desde a festa, eu e Justin estamos próximos novamente, trocamos mensagens o tempo todo e é bom saber que nossa amizade voltou ao normal.

Depois de ter passado a noite estudando, eu resolvi dormir aqui com ele, nós sempre dormimos juntos quando éramos mais novos. Depois de muito enrolar para não levantar, eu levanto da sua cama, e encontro um papel na mesinha do lado da cama.

Fui correr com o Andrew. Beijos, Justin.

É incrível como a sua letra é bem mais bonita que a minha. Eu amasso o papel formando uma bolinha e em seguida jogo no lixo próximo a cama dele.


Depois do banho, visto um moletom do Justin e fico sem calcinha. Eu saio do seu quarto quando a fome se torna insuportável, desço as escadas rapidamente e assim que chego lá embaixo, caminho até a cozinha. Abro os armários e encontro cereal, pego uma tigela e despejo o cereal dentro dela, em seguida caminho até a geladeira, pego o leite e coloco em meu cereal.

Minha fome é tanta que eu como ali mesmo em pé.

Depois de algum tempo mastigando, sinto alguém me abraçar por trás e viro dando de cara com Julian.

— Oi. — Ele fala e sorri em seguida. — A gente não teve chance de conversar depois do que aconteceu.

Eu reviro os olhos, pois Julian me encontrou diversas vezes, se ele quisesse falar comigo sobre isso, ele teria falo. Até porque não tem motivo para conversarmos, nós transamos e pronto, foi só isso. Mas nesse momento, eu sei o porquê dele vim conversar, ele não quer conversar, ele apenas quer de novo e não sabe como falar.

— Julian, conversar sobre o quê? A gente transou, tá ok, foi bom, ótimo. A gente não tem mais o que conversar. Até porque eu sei que você não quer conversar, você apenas quer de novo.

— Fico feliz em que não ter que mentir para você. Eu não quero que você pense que eu sou um babaca, mas...

— Tarde demais, já estou pensando. — Eu falo o interrompendo. — Quem sabe aconteça outro dia, mas hoje não. — Eu escuto a porta fechando e em seguida as risadas de Justin e Andrew. — Preciso ir, o Justin chegou. Tchau.

Quando eu passo por ele, ele segura meu braço, eu paro de andar e olho para ele, meus olhos percorrem todo o seu rosto até chegar a sua boca, ele morde o lábio inferior e em seguida ele desce as mãos para minha cintura e me vira de frente para ele, nós nos encaramos e ele chega perto de mim, mas somos interrompidos por uma voz.

— Louise? — Eu me viro e vejo Andrew na porta da cozinha, rapidamente eu me afasto do Julian, ele revira os olhos e saí da cozinha.

— Eu não estava fazendo nada.

— Sorte que Justin não viu isso, ele já ficou puto de ter acontecido uma vez.

— Qual problema, Andrew? Eu sou solteira, fico com quem quiser. — Eu falo irritada e ele levanta as mãos.

— Calma garota. Ele não ficaria puto com você por fazer o que quer com o seu corpo, e sim com o Julian. — Ele sorri e se aproxima de mim. — É que o Julian é um tremendo filha da puta, ele pega várias garotas e...

— E? Todos vocês pegam várias garotas aqui.

— Você pode me deixar terminar? — Eu dou risada e balanço a cabeça assentindo. — Ele tem namorada, Louise. A garota mora em outra cidade. Eu não sei por que ele faz isso, mas ele a traí sem dó alguma. É por isso que Justin não gostou, ele sabe que você vai odiar saber disso.

— Você tá brincando né? — Ele balança a cabeça negativamente. — Eu vou matar aquele garoto!

Eu desço da ilha, saio da cozinha e caminho em direção as escadas, eu subo de dois em dois degraus e quando chego ao segundo andar, ando até o quarto do Julian, bato na porta e quando escuto ele gritar um "entra", eu abro a porta e caminho até ele, ele se vira para mim com um sorrisinho, e em seguida minha mão está em sua bochecha, ele coloca a mão no rosto e me olha com uma expressão confusa.

— Por que fez isso?

— Você é um filho da puta! — Eu começo a encher ele de tapas, e de repente sou tirada de perto dele por alguém que me puxa pela cintura, eu olho e vejo Justin. — Como você pode fazer isso, Julian? Eu não acredito que você tem uma namorada!

— Me desculpa, eu posso explicar...

— Me solta, Justin! — Eu começo me balançar para me soltar dos braços dele, mas não consigo e em seguida, estou sendo carregada por ele em seus ombros.

Eu grito várias vezes pedindo que Justin me deixe no chão, mas ele obviamente não me escuta, ele me leva até seu quarto, fecha a porta e anda até a cama, em seguida ele me joga em cima dela.

— Por que você fez isso? — Eu exclamo irritada e me sento na cama. — Por que você não me contou?

— Louise, não sou eu quem tem que te falar essas coisas, ele que tem, ele que namora, se ele é um babaca, o problema é dele. — Ele fala calmamente, o que me deixa mais irritada ainda. Como pode ser tão calmo? — Você mesma que diz para eu não te proteger, então eu não o fiz, deixei você quebrar a cara.

— Você é um idiota! — Eu me levanto da cama dele e começo a caminhar para sair dali, ele segura o meu braço e eu olho para ele. — Me solta, Justin.

— Não. Você não é uma criança, Louise. Pare de agir como uma. — Ele fala olhando em meus olhos. — Você tem todo o direito de ficar com raiva do Julian, mas de mim não.

— Mas você deveria ter me dito... — Eu falo um pouco mais calma, ele franze a sobrancelha quando vê meus olhos enchendo de lágrimas e me puxa para um abraço.

— Não chora. — Ele beija meus cabelos. — Me desculpa por não falar, só não senti que eu deveria.

— Eu sei. — Eu me afasto dele e olho em seus olhos. — Me desculpa também. — Eu limpo as lágrimas e faço uma careta. — Ser sentimental às vezes é uma merda.

— Eu te amo e você sabe disso né?

Eu dou um sorriso por ser à primeira vez que ele fala isso desde que nos encontramos de novo.

— Eu também amo você, Justin Bieber.

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