VOCÊ NÃO PODE FUGIR DE SI MESMO (PARTE 2)

1.7K 89 62
                                    


TAYLOR

Eu não conseguia dormir. Não conseguia esquecer. Tentava ignorar a maior ereção que já tive. Já tinha gozado duas vezes depois do jantar, mas meu pau não parecia se importar. Estava duro de novo. Cada vez ficava mais difícil. Eu sabia que ceder e me esfregar até um orgasmo não ia funcionar. Eu tinha que ignorar. Esquecer disso tudo. Mas não conseguia. As lembranças daquela noite não deixavam.

Doía me deitar de costas, doía me deitar de lado. E a culpa era toda dela. Eu tinha acabado de gozar na minha mão e meu corpo estava pulsando de desejo de trepar com ela de novo. Era patético. Um homem de 39 anos que não conseguia se controlar. O pior é que eu nem mesmo sabia o nome da garota. Não fazia ideia de como encontrá-la de novo.

Pensei em telefonar para a primeira mulher que aparecesse na minha lista de contatos, mas a verdade é que isso não resolveria o meu problema. Meu pau tinha vontade própria e sabia o que queria, ou melhor, quem queria.

Não era falta de sexo. Mesmo tendo me divorciado há menos de um ano, minha profissão me garantia uma lista extensa de mulheres "ao meu dispor". Era estranho pensar assim, mas também era real. Eu não precisava flertar, não precisava nem ao menos me esforçar para levá-las para cama. Não havia conquista. Não havia mistério. Mas com a garota do bar foi diferente.

Todo aquele jogo de sedução me deixou excitado demais. Ela me envolveu, flertou comigo, demonstrou abertamente seu interesse sem nem mesmo saber quem eu era. Aquilo foi bom pra caralho! Sentir o quanto ela me desejava apenas por mim e não por fazer parte de uma banda famosa, por estar constantemente na mídia. Eram simplesmente um homem e uma mulher que sentiram uma atração insana um pelo outro. E não apenas uma mulher que desejava dormir com o Taylor Hanson, como se eu fosse algum tipo de troféu.

As horas se arrastavam enquanto eu me revirava na cama. Quando os primeiros raios de sol invadiram a minha janela, eu desisti de tentar dormir. Esfreguei os olhos e me estiquei inteiro na cama, antes de finalmente levantar para tomar um banho e esfriar a cabeça.

Liguei para o celular da Natalie e ainda estava desligado. O voo não devia ter pousado. Ia ser bom matar a saudade dos meus filhos, passar uma semana perto da minha família como há muito não acontecia. Desde que finalizamos o divórcio, ela decidiu se mudar para Georgia levando as crianças também. Eu não podia culpá-la por querer ficar próxima da família e muito menos exigir que permanecesse em Tulsa já que eu estava constantemente viajando com meus irmãos em turnê e eventos relacionados à banda.

Fiquei aliviado quando recebi a ligação do meu filho mais velho. Nós havíamos discutido antes de ele se mudar para o Kansas. Nossa relação estava abalada desde quando sites sensacionalistas publicaram as fotos das minhas indiscrições no casamento. Foi a gota d'água. Meu casamento se desfez. Ezra nunca me perdoou por ter sido infiel à mãe dele.

Fiz rapidamente a mala, tomando cuidado para não amassar o terno que usaria no casamento da minha irmã. Depois, parti em direção ao aeroporto para buscar Natalie e as crianças.

A casa da família Hanson era gigantesca, uma verdadeira mansão. Quem via a propriedade de longe, podia pensar que era um exagero, mas meus pais tiveram sete filhos. E apenas eu tive mais cinco crianças. Entre filhos, primos e agregados éramos em mais 30. E todos nós ficaríamos hospedados ali durante a semana do casamento.

Até meu filho traria a namorada. Essa notícia me surpreendeu. Ele era tão tímido que pensei que isso jamais fosse acontecer. Estava ansioso para conhecer a menina que conseguiu ultrapassar as barreiras que ele criava pra se proteger. Sei que foi difícil pra ele crescer sendo meu filho.

Eu não me recordo de quanto tempo fiquei olhando pra ela. Meu coração estava batendo tão rápido que não conseguia pensar. Ela também olhou pra mim. Seus olhos me contaram toda a nossa história e foi esse olhar que trouxe um tsunami pra dentro de mim. Enquanto caminhava de mãos dadas com o meu filho, só o que eu enxergava era a garota do bar, nua, em cima daquelas botas, andando lentamente em minha direção.

ROLLERCOASTER LOVEOnde histórias criam vida. Descubra agora