Capítulo II

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-Isabela- 

Prestei bem atenção no nome de seu estúdio. Dominik's tatoos and piercings. Que original.

-Seu nome é Dominik? -Ele me olhou e assentiu. -Bonito nome.

-Assim como o dono. -Ele sorri. Ele tem um sorriso super bonito... é quase hipnotizante. -Vai ter que me dizer o caminho, madame. -Falou abrindo a porta para eu entrar. Mesmo receosa, fiquei firme.

-Claro, senhor. -Entrei. O carro dele era um celta preto comum. Nunca havia entrado em um. -A propósito, me chamo Isabela.

-Eu sei. -Ele entrou também. -Isabela Monteiro.

-Como sabe? -Me preocupei.

-Você apareceu no jornal semana passada junto com o seu pai.

-Ah...-Pensei em diversas coisas. Seria tão mais fácil se aquele maldito jornal não fosse ao ar.

-Tem algum ponto de referência para me ajudar a chegar lá? -Como não sabe onde moro? Com esses jornais e entrevistas com isso a cada 10 segundos.

-Tem um mercado a alguns quarteirões de lá. Zaffari. (N/A: Zaffari é um mercado da minha cidade. Uso ela como referência a esse livro).

-Sabe quantos Zaffaris existem nessa cidade? O perto do posto ou algum dos outros?

-Do posto. -Respodi. Ele ligou o carro e começou a dirigir.

-Vou até lá, depois você vai ter que me dar mais instruções. -Dei de ombros e ele voltou a dirigir.

Eu não sei porque estou confiando tão fielmente nesse estranho, mesmo que algo me diga que devo, parte de mim está com medo.

**

Estacionou a poucos metros da minha casa.

-É ali? -Assenti. -Então é aqui que nos separamos, madame.

-Pensei que iria comigo.

-O que seu pai acharia? Está doida? -Ele novamente sorriu, eu continuei séria. Logo ele ficou sério também. -Acha que eu te ajudei porque queria seu dinheiro? Alguma recompensa? Sinto muito mas eu não sou assim. -Ele se esticou um pouco em cima de mim e abriu a minha porta.

-Eu não...

-Vocês são todos iguais. Movidos a dinheiro. -Ele voltou ao seu lugar. -Vá.

-E-eu não sa...

-Sabia? Uau, que dúvida. -Ele estava sério. O homem brincalhão havia desaparecido. -Vai lá, vai. -O obedeci. Quando fechei a porta do carro ele me olhou feio e logo começou a dar a ré.

Eu fiquei ali, parada. Não entendia o porquê do motivo.

-Senhorita Isabela! -Uma das empregadas largou suas milhões de sacolas e me abraçou. -Estávamos todos super preocupados com você!

-Eu estou bem, Cléo. -Sorri.

-O que houve com suas roupas? Sua calça está cheia de sangue e rasgada! Onde estava? Quem fez isso com você? Foi aquela pessoa no carro? Quem era? Denunciaremos agora mesmo!

-Calma, Cléo. -Sorri tentando reconforta-lá. -Aquela pessoa do carro me salvou e me ajudou muito. Não sei o que teria sido de mim sem ele.

-Vamos entrar, o senhor Antoine vai se tranquilizar ao vê-la sã e salva.

**

Tranquilizar? Ele nem notou que eu não estava em casa.

Eu estava no quarto, o ferimento doia um pouco, mas o enfermeiro já havia o visto, eu estava super bem, por mais incrível que possa parecer.

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⏰ Última atualização: Sep 03, 2018 ⏰

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