Caramel Sucrê -Meanie-

Capítulo I

Oh, olá. Então, se interessou pelo que narrei no capítulo passado? Não perderei tempo então e irei continuar.

Logo que despertei, estranhei um pouco o local que não se parecia nem um pouco com meu antigo quarto e o mais estranho foi que eu não sentia o macio do colchão, e sim algo duro e gelado. Depois que organizei meus pensamentos e me localizei mentalmente, abri os olhos lentamente para não arderem mesmo que com a mínima claridade, olhando em volta, não encontrei vestígio de cobertores ou travesseiros algum. Demorei, mas me dei conta de que estava atirado no chão, é, fui mal acostumado a dormir em uma cama de casal e por causa desse mau costume devo ter me esquecido que minha atual cama é um tanto menor.

Com certa preguiça e dor, me sentei no chão- este que tinha me servido de cama- e ali por longos cinco minutos fiquei, olhando para o canto vazio do cômodo. Teria continuado assim por mais meia hora, mas algo levemente afiado e úmido estava tentando perfurar meu dedão do pé. De início, me assustei mas acalmei as batidas cardíacas ao ver que era apenas uma bola de pelos negra me mordendo, sorri puxando o pequenino para o meu colo e sussurrei palavras sem nexos para o mesmo que me encarava com o olhar divertido.

Me lembrei que tinha mais alguém no quarto, olhei para a cama ao lado que se encontrava com um peso coberto por lençóis cinzas, coincidentemente o rosto de MinGyu se encontrava virado em minha direção, mas não de olhos fechados e respiração calma, e sim com um sorriso pequeno e olhos atentos a qualquer movimento que eu ousava fazer. Alguns segundos depois que percebeu que meus movimentos tinham cessado, seu olhar negro como a pena de um corvo se encontra no meu, e admito, esse negro é curioso, como um poço fundo mas com um brilho dá mais brilhante estrela já vista por olhos humanos. Fui mantido em algum tipo de transe até esse ser quebrado por um simples “Bom dia hyung” que saiu de sua garganta num rouco até gostoso de se ouvir seguido de um: “Por que está no chão?”

-Uhn? Ah, é que a cama era tão macia que me sentia sendo engolido por ela, então optei por algo mais duro.- terminei a frase com um sorriso sarcástico.

-Não questionarei mais nada, ah, Banguela! Coisa fofa, vem cá!- com um sorriso no rosto, o moreno chamou o gatinho que me deu as costas e foi em direção para MinGyu. Me senti um tanto que traído.

De supetão, me levantei e caminhei até o banheiro do corredor, deixando o da suíte a mercê do moreno.

Decidi pular a parte do banho, seria um pouco constrangedor e desnecessário para alguém ler o que eu faço no banheiro, então, apenas irei descrever com um: após fazer minhas necessidades matinais.

Isso, então, após fazer  minhas necessidades matinais e me vestir decentemente, fui á cozinha onde encontrei a mesa com um cesto de frutas no centro do vidro, melhor olhando, vi que dois pratos de porcelana branca estavam postos, e com comida neles. Pelo menos, ele faz o café da manhã, coisa que iria se passar por despercebido por mim, já que eu e o fogão não nos damos tão bem.

Assim que MinGyu me viu, sorriu meigo e ofereceu uma das cadeiras para me sentar e desfrutar da melhor comida que já comi, isso foi dito por ele.  

Depois que terminei minha refeição, lavei minha louça suja e a pus sobre o escorredor. Olhei no relógio que ficava sobre o mármore e faltavam exatos vinte minutos para a primeira aula começar, fui me sentar no sofá e ali fiquei pensando, já que o moreno me ofereceu uma carona para a escola. Peguei me pensando em como até as reclamações das empregadas da antiga casa me traziam saudades, isso que nem se passaram exatas vinte e quatro horas desde que saí de lá.

Mas antes mesmo de continuar a pensar, uma mão quente pousou sobre meu ombro direito, apertando a carne levemente, o que me causou arrepios, estes que foram de susto. MinGyu disse que eu podia esperar na frente de seu carro, enquanto ele escovava os dentes.