Operation Colifer

Capítulo 1

Ficamos pouquíssimos meses em Nova York. Apesar de termos um apartamento confortável na cidade mamãe amava a casa de Los Angeles, e assim que terminou seus compromissos nos mudamos para a casa a maior.

Pedir minha transferência de uma país para o outro não era nada fácil, eu precisava de uma transferência de universidade urgente ou perderia todo o semestre.

Era óbvio que mamãe se preocupava comigo, mas eu também sabia dos seus inúmeros trabalhos e do quanto ela vivia ocupada, eu era maior de idade e poderia cuidar de toda a burocracia sozinha.

Todos esses compromissos, dificultavam na nossa operação. Parecia quase impossível arrastar mamãe até Vancouver, e muito mais impossível ainda retirar o papai daquela prisão e trazê-lo até Los Angeles.

Parecia.

Até porque eu sabia que as gêmeas em Vancouver causariam um "Deus nos acuda" depois do nosso pacto de irmandade.

E repensando, tirar o papai de lá talvez não fosse tão difícil como eu estava pensando.

- Mãe - Chamei quando eu ouvi a porta da sala de estar se abrir naquela noite de terça-feira.

- Oi amor - Mamãe deixou a bolsa e casaco sobre o móvel próximo da porta - Como estão suas irmãs? Conseguiu falar com as gêmeas e com a Nanda? - Perguntou depois de depositar um beijo em minha testa [Mano eu tô muito fodida, é só a Jennifer Morrison me chamando de "amor"].

- Bom, mãe você sabe como elas são... - Disse franzindo o rosto.

- Como assim Luana? - O tom chateado em sua voz era evidente, e eu poderia começar a correr a qualquer momento.

- Eu só consegui falar com a Nanda e ela estava no shopping então não nos falamos muito. Nada de diferente.

- Com o Jesse, não é?

-Na verdade ela estava sozinha.

-Sozinha? Ela nem conhece a cidade direito!

- Ela me disse que precisava comprar algumas coisas e Jesse estava ocupado. – Expliquei melhor.

- Ah, claro. Eu chamaria de irresponsabilidade. Sabe se ela já voltou pra casa?

- Não, mas se quiser eu ligo novamente - Disse enquanto voltava a digitar algumas coisas no notebook quente sobre o meu colo.

- Da próxima vez peça para ela me ligar antes, mesmo que ela esteja longe quero saber por onde anda. Meu Deus - Mamãe bufou.

- Mãe deixa disso! Ela está crescendo e além do mais ela disse que Jesse a levou e ia buscar, ela também estava com uma outra amiga.

- Eu sei, mas ela ainda tem só 11 anos! Eu não quero dar motivos para o seu pai dizer mil coisas sobre a maneira que eu cuido de vocês.

- O pai nem liga para isso mãe, ele não se importa porque sabe que você é uma boa mãe, e você sabe disso, você sabe que a criou muito bem mesmo que agora ela esteja um tempo com Jesse.

- Ele pode até não ligar, mas sob influências não vou dizer de quem, é ele quem liga me infernizando depois. Então por favor, diga a Nanda para não sair sozinha, e muito menos a noite. Posso contar com isso?

- Está bem mãe.

Minha mãe tinha razão, era difícil lidar com o fato de Helen entrar na mente do meu pai por qualquer coisa que acontecia.

Igual quando a Nanda teve uma crise alérgica em um dos seus voos de férias, ela estava vindo da casa da mamãe até a casa do papai, passar o final das férias. Nanda teve que pegar o voo sozinha devido um evento que mamãe precisava participar que havia sido adiado.