5. O Pacto Quebrado

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Ela o acertou com violência, usando o lado da espada que não possuía corte. Ele tombou para o lado, desacordado pela força do impacto e Menna fugiu, incapaz de mata-lo.

Mais uma vez, passou o dia em uma árvore, agarrada à espada de lâmina negra, não sabendo o que pensar a respeito de si mesma.

Só se atreveu a descer até o chão novamente quando já era noite. Tinha sede e desejava buscar água novamente no rio para saciar-se. Caminhou até o lago, carregando consigo a espada da fada. Sua barriga doía de fome, e sua língua estava tão seca como uma lixa.

Aproximou-se da margem e buscou a água com as mãos em concha, estava pronta para beber quando alguém agarrou seu cabelo com força.

— Vossa alteza tem sede? — sussurrou a fada em seu ouvido.

Sua cabeça foi enfiada dentro da água. Menna se debateu, tentando se livrar dela, mas a fada continuava segurando seus cabelos com firmeza, mantendo seu rosto debaixo d’água.

Pensou que morreria naquele momento, mas foi puxada de volta e jogada no chão. Tossiu violentamente, engasgada com a água, porém mal teve tempo de se recuperar. A fada a chutou nas costelas, e a dor fez com que as lágrimas escorressem pelo seu rosto.

— Tínhamos um pacto! — a fada gritou em frente ao seu rosto. Seu hálito era podre e nauseante.

Um soco acertou seu queixo, que estalou com o impacto. Iria, morrer, tinha certeza disso.

— Você só precisava matar aquele maldito príncipe! — ela continuava berrando e lhe batendo raivosamente.

Em um último momento, Menna olhou para céu, e as estrelas brilharam vivamente antes que o mundo inteiro se apagasse.

Nem todas as fadas são boas. E nem todo conto de fadas tem final feliz.

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