Honor Matters [abo.soonhoon]

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olares a todos, como passam? espero que bem
eu fiquei muito feliz com o feedback das pessoas que leram e aaaa, vocês são tdxs nenéns ♡
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o que vocês acharam da unit booseoksoon sweeties?
eu sei que demorei, mil perdões ~

Residência Lee, 04 de Março

Acontece que não era mera implicância sua de ter se trancado no quarto, e fatidicamente ter entrado no cio naquele justo momento.

A culpa era toda de Kwon SoonYoung

JiHoon estava muito feliz, jogado no sofá da sua sala, com seu amigo Mingyu lhe fazendo carinho nos fios loiros desbotados, enquanto cantarolava uma música qualquer. Estava quase feliz. Foi quando ouviu o som da campainha soando pela sala espaçosa, e foi obrigado pelo chinês a se levantar; saiu arrastando os pés até onde ficava a porta de entrada, e logo que chegou lá, seu nariz entortou, e os olhos brilharam.

Antes de ver ele, JiHoon sentiu-o. E era fodidamente bom aquele cheiro que pareceu querer grudar em si.

Quando abriu a porta, o cheiro pareceu intensificar em duas vezes, e Lee pôde até mesmo sentir os pelinhos da nuca se arrepiando, quando seus olhos cruzaram com aquele castanho de brilho âmbar de um garoto alto, moreno e de sorriso fixado no rosto, tão brilhante que quase cegou o baixinho, que mesmo estreitou os olhos para focar no rosto dele. O cheiro dele era forte, os olhos brilhantes, o sorriso encantador, e ainda era bonito. Que beleza para Lee JiHoon atender alguém daquele tipo logo na porta da sua casa. O garoto de cabelos loiros já estava se preparando para abrir a boca e dar as coordenadas certas para o homem, já tendo a certeza de que haviam batido na casa errada; foi quando o garoto baixou os olhos e analisou-o de cima a baixo, parecendo sorrir mais abertamente ainda, fazendo com que os olhos fechassem-se em duas meias-luas adoráveis.

— Lee... JiHoon? — O garoto perguntou, e o baixinho assentiu. Tentou sorrir para ele, mas seus olhos correram por todo o corpo do garoto e rosto, até que parassem num símbolo em verde claro na frente da luva do garoto, e todo aquele indício de sorriso que tinha no rosto, sumiu. — Eu sou Kwon SoonYoung.

A primeira reação que o corpo de JiHoon teve, foi respirar fundo e soltar uma risadinha soprada meio falha. A segunda foi fechar a porta na cara dele e correr de volta para dentro.

Assim que Mingyu percebeu a volta apressada do amigo, que começou a andar de um lado para o outro na sala de estar, levantou de onde estava sentado e seguiu até ele, segurando o pequeno pelos ombros e sacudindo levemente. Logo que JiHoon parou, sua boca abriu minimamente, e ao encarar as expressões confusas do seu amigo, os olhos dobraram de tamanho, e um barulho sôfrego escapou pela boca. Abraçou Mingyu sem mais nem menos.

— Ele está aqui...

— Quem, JiHoonie? — O Kim perguntou baixinho, ouvindo mais uma batida na porta da casa, e um fungar discreto do amigo. Ah, eram os hormônios de ômega dele. Lee enxugou uma lagrimas com o polegar e negou com a cabeça rente ao peito do garoto. Poxa, estava sensível, merecia um desconto.

— O Kwon, Gyu-ah — Balbuciou, desgrudando do peito do amigo e levantando a cabeça para olhar para o beta, com os olhos brilhando em lágrimas. — E ele veio me buscar.

(...)

Queria esganar alguém. Recusava-se a olhar seus pais, e a ultima coisa que havia deixado para seu irmão, fora uma carta escondida, já que o mesmo estava viajando para a casa de praia do namorado; queria realmente tirar a pele de alguém com os dentes, e arrancar certos olhos brilhantes com as próprias unhas. Não era só a situação que o irritava já, os cheiros lhe irritavam, o balançar do veiculo o irritava, o barulho das rodas o irritava, e Kwon SoonYoung o irritava.

O moreno não fazia questão de puxar assunto, tentar ser agradável ou deixar JiHoon confortável. Todos seus sorrisos haviam ido embora e agora só sobravam caretas e arqueares de sobrancelha na direção do loirinho irritado; já havia gastado todas as suas gentilezas com o mesmo e já se cansava de levar patada atrás de patada, por isso preferia ficar calado e esperar que JiHoon se redimisse pela falta de educação. SoonYoung mal acreditava que seus pais haviam o prometido para ele, pensava que eles lhe amassem, oras.

— Que horas chegamos? — JiHoon perguntou, cruzando os braços e olhando pela janela. Paisagens que não reconhecia, e cheiros que não reconhecia. Urgh, não acreditava que estava mesmo saindo sem prévio preparo da cidade onde foi nascido e criado por um...Por um...Alfa.

SoonYoung nem lhe olhou os olhos — Não falta muito.

O garoto Lee tombou a cabeça para o lado, com a boca entreaberta em surpresa. Por que ele havia sido tão ríspido, e por que não o olhou nos olhos? Aquilo era tudo desdém? Os lábios finos curvaram-se num sorriso sarcástico, enquanto repetia na sua cabeça um deboche para o alfa manipulável rolando os olhos. Odiava quando eles lhe tratavam daquele jeito, como se fosse menos merecedor que eles, apenas por ser um ômega.

— JiSoo hyung, falta muito para chegarmos? — Repetiu a pergunta para o beta do seu lado, com um sorriso completamente dócil no rosto, olhando de fato para o beta apenas quando lhe dirigiu a pergunta, já que todo o resto do tempo queimava o olhar sobre Kwon.

O alfa presente desviou o sigilo da paisagem que parecia muito interessante para o ômega bem a sua frente, de sobrancelhas juntas e totalmente desacreditado naquela palhaçada. Era consigo com quem iria casar! Por que diabos, só com ele o garoto não era gentil? Sua desaprovação era nítida, e aquele amargo que sentiu na boca fez sua presença de alfa inflar, fazendo JiHoon se encolher — mesmo que inconscientemente — no banco, e JiSoo lhe olhar confuso.

— Você deveria calar a boca. — SoonYoung disse, de repente. Não olhava para o ômega, mas era a ele quem se dirigia, claramente. JiSoo olhou de um para outro, e deu um sorrisinho discreto, entendendo a situação. — Sua voz me irrita.

— Estoure os ouvidos. — JiHoon retrucou mal-humorado, cruzando os braços e inflando as bochechas.

— Eu disse calado.

JiSoo sufocou uma risada, olhando para o outro lado. Deuses, parecia que iriam ter um longo trabalho preparando os dois para terem um relacionamento.